O SR. IRAJÁ  (PSD - TO. Para discursar.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, principalmente os milhares de palmenses que nos acompanham neste momento pela TV Senado e pela Rádio Senado, o espírito que moveu, Presidente Davi, e que permitiu que você chegasse até a Presidência do Senado Federal, um fato inédito, é o mesmo espírito que move todos nós, palmenses: a obstinação, a coragem e principalmente o sonho, o sonho de construir uma capital no meio do Cerrado, em meio ao nada. E nós chegamos até aqui, depois de 30 anos.

    Por isso, é com grande alegria e, para mim, um orgulho poder estar aqui hoje representando a minha capital, Palmas, representando o meu Estado, o Tocantins, e ter esta oportunidade de estar aqui celebrando, ao lado de vocês, este momento histórico que são os 30 anos, em comemoração na última segunda-feira, dia 20 de maio, da nossa capital.

    Quero saudar o meu amigo Eduardo Gomes, que foi o autor do requerimento para a realização desta sessão solene, com muito merecimento. É claro que a sua trajetória política é uma relação íntima com a nossa capital Palmas. Ele, que foi Vereador e já presidiu a Câmara, foi Deputado Federal por vários mandados e chegou até aqui. Evidentemente, Palmas tem uma participação fundamental na sua trajetória, dando-lhe tantas oportunidades, como deu a todos nós que exercemos um cargo eletivo.

    Quero agradecer a presença de todos os Senadores que nos prestigiaram – Senador Jayme Campos, Senador Rogério Carvalho, Senador Eduardo Girão, Senador Izalci, Senador Jorge Kajuru, Senador Major Olímpio, Senador Wellington Fagundes, Senador Weverton Rocha e também o Senador Marcio Bittar. Muito obrigado por estarem aqui nos prestigiando e nos honrando com as suas presenças.

    Saúdo também os nossos Deputados Federais – Deputado Osires Damaso, Deputado Célio Moura, minha amiga Deputada Dorinha, com quem eu tive a alegria de estar no Congresso, na Câmara dos Deputados, por dois mandatos; Deputado Tiago Dimas e também o Deputado Eli Borges – e os Deputados Estaduais que vieram também nos honrar com as suas presenças – o Deputado Toinho Andrade, Deputado Ricardo Ayres, Deputado Issam, Deputado Ivory, Deputado Cleiton Cardoso, Deputada Claudia Lelis, Deputado Jair Farias, Deputado Leo Barbosa, Valdemar Júnior, Olyntho Neto, e a todos que estão aqui também engrandecendo este momento tão especial que são as comemorações do aniversário de Palmas.

    Saúdo os nossos ex-Prefeitos – Profa. Nilmar, por quem tenho um profundo respeito e admiração pelo trabalho. Eu tive a oportunidade de assistir à sua gestão, uma gestão que deixou importantes marcas na administração de Palmas e um legado muito importante para que os seus sucessores pudessem dar seguimento ao seu trabalho; o Prefeito Carlos Amastha, pelo trabalho e pela contribuição que também fez à capital, onde fez um grande trabalho. Todos os ex-Prefeitos conseguiram contribuir, ajudando a nossa capital a chegar a esse estágio importante.

    À Prefeita Cinthia Ribeiro desejo muita sorte na condução da sua administração. Que Deus possa te dar muita sabedoria durante o seu mandato!

    Quero também cumprimentar o nosso Vereador Tiago Dimas. Em nome do Tiago, quero respeitosamente cumprimentar todos os Vereadores de Palmas; em nome dele todos os nossos Vereadores do Estado do Tocantins e todas as autoridades aqui presentes, que nos honram.

    Palmas está em festa. A capital do Tocantins comemorou, na última segunda-feira, dia 20 de maio, 30 anos do lançamento da pedra fundamental da cidade. E não faltam motivos para celebrar: Palmas acolhe hoje quase 300 mil habitantes e é a maior cidade do Estado. A população aumenta à razão de dez mil pessoas por ano, uma taxa de crescimento muito acima da média nacional, e é uma das evidências do acerto da decisão de fazer ancorar nas margens do Lago de Palmas a capital do Tocantins.

    Quem conhece Palmas sabe por que tanta gente vem decidindo morar ali. Não falo aqui das avenidas largas, das ruas arborizadas, das grandes quadras, da organização urbana de uma cidade planejada e que se nutriu, em muitos sentidos, no exemplo aqui da nossa Capital Federal, Brasília. Também não falo das belezas que a natureza, combinada aos urbanistas, souberam produzir: a Praia da Graciosa, a Praia do Prata, a Ilha do Canela, a Ilha das Cobras, a Praça dos Girassóis e também o Palácio Araguaia. E seria desnecessário citar também tantas opções de lazer e turismo ecológico que há Palmas: o Parque Cesamar, o Parque dos Povos Indígenas – a que eu tenho o privilégio, com a Nilmar, e com o Deputado Damaso, de morar de frente; uma obra da gestão do ex-Prefeito Carlos Amastha –, a Serra do Carmo e do Lajeado e também o distrito de Taquaruçu.

    Todos sabemos que Palmas não é apenas o Centro Geodésico do Brasil, porta de entrada do Jalapão, mas a expressão, no Cerrado, de sua paisagem exuberante de cachoeiras, rios e fervedouros que fascinam o mundo inteiro. Mas eu queria me concentrar, senhoras e senhores, no que Palmas, a mais jovem capital brasileira, tem proporcionado aos palmenses – e Palmas tem oferecido muito: oferece, em primeiro lugar, educação de qualidade. A cidade recebeu o selo de Município Livre do Analfabetismo, concedido pelo Ministério da Educação, e integra a relação dos poucos mais de 200 Municípios brasileiros, dos quase 5.500 que temos no País, em que mais de 96% da população adulta é alfabetizada.

    Soma-se a isso o fato de Palmas ter sido a segunda capital brasileira mais bem colocada nos resultados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) publicados no ano passado. Os dados revelam que a rede municipal de educação de Palmas é a melhor de toda a Região Norte do País. E não é apenas na área da educação que Palmas merece o nosso reconhecimento: o IDH passou de 0,43, no período da sua fundação, há 30 anos, para 0,78, um incremento de 80% do IDH, o mais alto da Região Norte. A mortalidade infantil, que era, em 1991, de 45 óbitos a cada mil nascimentos, caiu para 9,5 em 2014, um salto extraordinário. A expectativa de vida, que antes, 30 anos atrás, era de 64 anos, hoje é de 72,5 anos.

    E não sem razão, senhoras e senhores, Palmas é considerada hoje a capital mais saudável do Brasil, com as menores taxas de obesidade e hipertensão, segundo os dados do próprio Ministério da Saúde. A oferta de equipamentos públicos – as Academias da Saúde conhecidas – para a prática de atividades físicas faz com que mais da metade dos palmenses esteja hoje livre do sedentarismo. E Palmas é sobretudo uma cidade jovem: mais de 40% dos moradores têm de 15 a 39 anos; são quase 120 mil jovens, adolescentes e adultos que cresceram com a capital do Tocantins e que veem um berço de oportunidades. Não bastasse tudo isso, Palmas é símbolo de um Brasil que é capaz de integrar povos indígenas, quilombolas e pessoas de todos os 27 Estados brasileiros.

    A capital de Tocantins é hoje ponto de convergência de várias etnias do Estado, entre as quais apinajé, krahô, guarani, javaé e xerente. O campus da Universidade Federal do Tocantins, em Palmas, se tornou uma referência nacional na política de ações afirmativas que beneficiam as comunidades tradicionais e também oferece cursos de qualidade que são reconhecidos em todo o Brasil, a exemplo da Engenharia Florestal, que é conceito A do MEC.

    A cidade também oferece grandes centros universitários – a Ulbra, a Católica, a Unip, a Unitins e FTO, entre outros –, que permitem que os nossos jovens possam fazer o seu curso superior na nossa cidade, capacitando-se e qualificando-se para o mercado de trabalho.

    Não é por isso, sem orgulho, que volto hoje meus olhos para Palmas, símbolo do muito do que podemos fazer neste País. Quando o Brasil inteiro parece sofrer um pouco de desalento, quando muitos parecem mesmo duvidar de nossa capacidade, quando, enfim parecemos nos perder diante de muitas dificuldades do presente, Palmas está aí aos 30 anos a nos provar que, sim, o futuro é aqui. Tenho muito orgulho da minha cidade de coração, em que moro há 25 anos. Foi em Palmas que eu tive a oportunidade, como muitos de vocês, de ter o primeiro emprego, aos 14 anos, como menor aprendiz, de ser emancipado aos 16 anos, de ter me tornado pai aos 19 – minha filha nasceu em Palmas, a Maria Eduarda –, e foi graças a Palmas e ao Tocantins que eu cheguei até aqui.

    Por isso, meu sentimento é de muita gratidão, gratidão por tudo que Palmas tem feito por mim, gratidão às oportunidades que Palmas me ofereceu, e é claro que eu quero, com muita humildade, poder retribuir por tudo que Palmas fez por mim com muita dedicação, com muito trabalho e, principalmente, com muita responsabilidade.

    Palmas nasceu para escrever e fazer uma história grande, e essas são as minhas homenagens à minha capital, Palmas.

    Parabéns a todos!

    Obrigado. (Palmas.)