O SR. EDUARDO GOMES (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - TO. Para discursar.) – Sr. Presidente, querido Senador Davi Alcolumbre, com quem tenho, na minha trajetória de vida, a feliz coincidência de termos uma origem muito parecida. V. Exa., vereador na cidade de Macapá, um sonhador, um brasileiro do Norte com três mandatos de Deputado Federal, quando tive a honra de ser seu colega, e, no Senado, brilha ainda no seu primeiro mandato, tornando-se o mais novo Presidente do Congresso Nacional da história do Brasil e o primeiro brasileiro Senador eleito Presidente desta Casa no primeiro mandato, conduzindo as convergências, respeitando as diferenças e fazendo uma grande gestão.

    Então, me honra muito ser 2º Secretário da Mesa, participar com V. Exa. deste momento importante que o País vive e me honra mais ainda ter a sorte de ter V. Exa. agora nesta sessão solene dos 30 anos de Palmas, conduzindo o encerramento desta sessão, com nossos Deputados Federais, aqui já nomeados, os nossos Deputados Estaduais, que tive o prazer de cumprimentar quando na Presidência da Mesa, os nossos Vereadores, o nosso colega, Presidente Davi, Senador Ogari Pacheco, nosso suplente, que terá nesta Casa também um papel fundamental, e um membro desta Casa que está acompanhando pela televisão e que tem tudo a ver com esta sessão. Primeiro, porque a cidade de Palmas, assim como o Estado de Tocantins, filho da Constituinte, nasceu na Assembleia Nacional Constituinte, em 1988, o Estado de Tocantins, conduzido pelo então Deputado Federal Siqueira Campos. Fruto também dessa Constituinte, uma Constituinte ainda municipal na cidade de Taquaruçu do Porto, chefiada, naquele momento, pelo nosso Prefeito Fenelon Barbosa, a Câmara Municipal Constituinte cria a cidade de Palmas.

    E, 30 anos depois, estou eu aqui com os meus colegas, com os meus amigos, com tocantinenses, observando a criação da nossa capital, vindo de Araguaína, do Prefeito Ronaldo Dimas, vindo do norte, ainda um pouco zangado com a polêmica da escolha da capital entre Porto Nacional, Gurupi e Araguaína, todos ainda entendendo o que vislumbrava, naquele momento, o Governador Siqueira Campos. E, 30 anos depois, Senador Jorge Kajuru, temos aqui a sessão de 30 anos da criação de Palmas, com o Sr. Siqueira Campos como primeiro suplente de Senador, e, em breve, Senador da República aqui no Congresso Nacional. (Palmas.)

    É uma emoção muito grande, porque é aquilo que faz valer a pena: o sonho da política, Dr. Omar, meus ex-Prefeitos queridos Nilmar Ruiz e Carlos Amastha e nossa Prefeita da capital, Cinthia Ribeiro. É essa vontade que tornou difícil o meu diálogo com a assessoria, porque nem me atrevi a pedir um discurso escrito para uma história como essa. A nossa história de vida a gente não consegue escrever; a gente a vive. E, vivendo essa história, este momento nos remete a uma Palmas, Senador Irajá, de Siqueira Campos Congressista, Constituinte, Deputado Federal, e a uma Palmas de Siqueira Campos Senador.

    Portanto, pensando naqueles que realmente devem ser homenageados neste momento, nessa querida Palmas, cidade em que as minhas filhas nasceram, cidade em que foram criadas – cresceram em Palmas as minhas filhas, e nasceu em Palmas o meu filho Carlos Eduardo... É uma cidade que me deu, junto com os meus amigos Vereadores, o mandato de Vereador, de Presidente da Câmara, junto ali com o Ivory, com o Eli e com tantos outros. Fui Deputado Federal por três mandatos.

    Esta cidade continua sinalizando, meus ex-Prefeitos, Prefeita e líderes do nosso Estado, meu querido Presidente da Assembleia, Toninho Andrade, Palmas continua sinalizando que nós só temos um caminho: a união pelo desenvolvimento, pela qualidade de vida do nosso povo. (Palmas.)

    Palmas é a capital da tolerância. Palmas é a capital da convivência. Palmas é a capital, Senador Weverton, dos maranhenses, representando todos os povos brasileiros que fizeram daquela cidade uma supercapital. Palmas é a capital, Senador Reguffe, daqueles que se espelham nas ruas, nas avenidas e na grandeza de Brasília.

    Palmas, Pr. Suelismar, da Igreja Assembleia de Deus Missão – representando todas as congregações, a Igreja Católica, toda fé –, é a capital da tolerância, da convivência. Palmas foi a primeira capital para muita coisa neste País, Presidente Davi: fibra ótica; orelhão a cartão, na época; presença de Presidentes; qualidade de vida; um lago maravilhoso. Foi a primeira capital brasileira a eleger um Prefeito de duas nacionalidades queridas, o Prefeito Amastha; uma cidade que, com 30 anos, já tem na sua história duas gestões de mulheres brasileiras que se apresentaram para gerir o destino dessa cidade.

    Portanto, já que todos os pronunciamentos deixaram registrados aqui as vontades, as amizades, aquilo que nos une, que é o desenvolvimento da nossa capital e do nosso Estado, eu quero deixar este sentimento, o sentimento dos 30 anos de união, porque, daqui a 30 anos, outros serão homenageados; daqui a 30 anos, pelo menos mais cinco ou seis ex-Prefeitos; daqui a 30 anos, um ex-Presidente do Congresso Nacional – quem sabe, Presidente da República ou, de novo, Presidente do Congresso Nacional; daqui a 30 anos, nós não seremos os mesmos, mas a necessidade de unir Palmas será a mesma e, cada vez, mais forte. (Palmas.)

    Por isso, eu faço aqui referência e um agradecimento especial por tudo que tem feito também o Governador do Estado, Mauro Carlesse, que participou das sessões de homenagem na Assembleia Legislativa, que participou das festividades, que tem nas mãos dele a responsabilidade, com a sua equipe, da volta forte da política de parceria do Governo do Estado com a Prefeitura. Isso é necessário.

    Esta sessão é uma homenagem a todos os pioneiros, é uma homenagem à coragem do Governador Siqueira Campos. Brincava eu com o Governador Siqueira Campos, esses dias, dizendo: Governador Siqueira Campos, o Ratinho quer falar com o senhor, porque saiu o DNA e o senhor é o pai de Palmas. Foi da sua mão o decreto. E o trabalho junto com a Câmara de Taquaruçu fez de Palmas uma realidade.

    Para encerrar, de novo dizendo da necessidade da união dos tocantinenses, da união dos palmenses, eu vou parafrasear o companheiro da Dona Gilda, da minha mãe, o poeta que leva o nome, para a nossa honra, do nosso espaço cultural, José Gomes Sobrinho. Vou tentar, como todo bom filho tenta fazer um dia, carregar o legado do pai. O meu pai disse, há 30 anos, e dizia isso a Siqueira Campos; da fazenda que virou obra, da obra que virou cidade, o Zé Gomes falou desta forma: "Ontem pasto, hoje pó, amanhã Palmas." (Palmas.)

    Políticos do Tocantins, políticos de todo o Estado, população do Estado do Tocantins, hoje, Presidente Davi, foi um dia histórico para todos nós porque hoje nós, que somos de Palmas, saímos do pó para o Plenário.

    Muito obrigado, Presidente. (Palmas.)