Discurso durante a 101ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Manifestação contrária à paralisação definitiva das atividades do projeto Onça Puma, da mineradora Vale, em municípios do Pará.

Comemoração dos 108 anos da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, completados no último dia 18, e registro das convenções existentes pelo País.

Autor
Zequinha Marinho (PSC - Partido Social Cristão/PA)
Nome completo: José da Cruz Marinho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
MINAS E ENERGIA:
  • Manifestação contrária à paralisação definitiva das atividades do projeto Onça Puma, da mineradora Vale, em municípios do Pará.
HOMENAGEM:
  • Comemoração dos 108 anos da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, completados no último dia 18, e registro das convenções existentes pelo País.
Publicação
Publicação no DSF de 25/06/2019 - Página 39
Assuntos
Outros > MINAS E ENERGIA
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • CRITICA, PARALISAÇÃO, ATIVIDADE, TRABALHO, PROJETO, MINERAÇÃO, MUNICIPIO, ESTADO DO PARA (PA).
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, IGREJA EVANGELICA, REGISTRO, CONVENÇÃO, BRASIL.

    O SR. ZEQUINHA MARINHO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PSC - PA. Para discursar.) – Sr. Presidente, Srs. Senadores, venho à tribuna nesta tarde para fazer alguns registros, e o primeiro diz respeito a um grande prejuízo que estamos vivenciando na região sul do Estado do Pará, Município de Ourilândia do Norte.

    Temos ali projeto de níquel em plena exploração, que se chama Onça Puma – projeto da Vale, grande mineradora do Brasil –, e, lamentavelmente, há uns que trabalham a favor e outros, contra. Algumas organizações não governamentais começaram a criar uma situação dizendo que resíduos químicos do projeto estariam trazendo problema de doença, problemas de, digamos assim, má formação congênita em índios e em algumas pessoas dali, coisa que nunca aconteceu, de que não se tem registro e nunca se viu. Mas colocaram na Justiça uma ação contando uma história inexistente. E o resultado de tudo isso é que a Justiça está dando sempre pareceres a favor. E é um projeto da maior importância para aquela região, um projeto que emprega centenas de pessoas e que movimenta a economia, a que a gente chama de PA-279, que são aqueles Municípios ao longo de Xinguara, Água Azul, Ourilândia, Tucumã e São Félix do Xingu.

    É praticamente inacreditável se ver uma situação daquela. É um investimento enorme, novo, recente, funcionando já, e a Justiça dá ganho de causa a uma situação que não merece a menor atenção, quanto mais a credibilidade de um parecer que mande encerrar as atividades de uma indústria em pleno funcionamento. Eu fico estarrecido. É lamentável.

    Eu quero aqui me congratular com toda aquela população de Ourilândia, Tucumã, com toda a PA-279, por tudo que está acontecendo. Isso está rolando aqui na Justiça e estamos pedindo, mais uma vez, uma audiência com o Presidente do STF, Ministro Dias Toffoli, para nos receber, juntamente com o Prefeito de Ourilândia e a representação da Bancada Federal do Pará, para que a gente possa continuar um diálogo no sentido de tentar fazer com que isso não avance mais, porque a empresa já jogou a toalha, tamanha é a luta judicial.

    Agora, pense bem. Em cima de uma inverdade, se causa um prejuízo não só à Vale, por tudo que investiu para a construção do projeto, mas também e principalmente à economia da região e, de uma forma direta e específica, dos Municípios de Ourilândia e de Tucumã.

    Era esse o primeiro registro, Presidente.

    Segundo, eu gostaria de aqui cumprimentar alguns amigos que visitam, neste momento, o Congresso Nacional. São empresários de Minas Gerais que estão prospectando negócios lá no Estado do Pará. É o empresário Paulo Cayres, o empresário Alexandre Torres. Também cumprimento o empresário Samuel, que já está ali no Pará por algum tempo, e o grande amigo, o grande irmão, ex-Deputado Estadual Cláudio Almeida. Eles estão conosco, nesses dias aqui, trabalhando hoje e amanhã uma legislação para o setor mineral de forma – digamos assim – mais prática, porque a gente convive, neste momento, com muita dificuldade.

    Presidente, no dia 18 de junho, quarta-feira passada, não houve sessão aqui, no Plenário, em função da vinda do Ministro Sergio Moro à Comissão de Constituição e Justiça. Para lá se moveram todos os Senadores e não houve sessão plenária na Casa, naquela data.

    Mas o dia 18 de junho para nós, do Estado do Pará, principalmente cristãos assembleianos, é uma data muito interessante. Naquela data completamos ali e festejamos os 108 anos da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, Senador Paulo Rocha, que V. Exa. conhece muito bem.

    Foi uma grande festa, inclusive com a presença do Presidente da República, com a presença de boa parte da bancada evangélica aqui do Congresso Nacional, em seguida com a presença do Deputado Rodrigo Maia, Presidente da Câmara. Enfim, foi uma semana muito movimentada.

    A Assembleia de Deus nasceu ali em Belém do Pará. Em 1910, chegaram os nossos missionários suecos, com muita dificuldade, com muita luta. Hoje é um grande trabalho, mas já passamos por difíceis momentos. Momentos de perseguição, momentos de todo tipo de luta, mas a semente que Deus abençoa e faz plantar ninguém segura. Hoje é uma grande obra, espalhada pelo Brasil e pelo mundo. Graças a Deus.

    Só ali no Estado do Pará – e eu tive um tempinho de pedir a minha assessoria para me ajudar aqui –, nós temos muitos ministérios das Assembleias de Deus ali instalados. A convenção mais antiga, a primeira convenção regional do Brasil, que é a Comieadepa, tem aí quase cem anos de existência. Atualmente, comandada pelo nosso querido Pr. Gilberto Marques de Souza. Essa é a maior e a principal convenção regional ligada à CGADB.

    Depois, nós temos a convenção da igreja mãe, a CIMADB, comandada pelo Pr. Eurípedes, lá da capital. Temos também duas convenções do ministério de Madureira, muito conhecido Brasil afora, da Região Sul e Sudeste, comandada pelo Pr. Ibanês; da Região Norte, comandada pelo Pr. Viana, que formam ali um grande grupo, e a gente tem o maior carinho por todos eles.

    De igual forma, o ministério de Anápolis, com sede nacional aqui em Anápolis, mas nos Estados com as suas convenções regionais – uma no Sul e Sudeste, porque o Pará é muito grande, é um território gigantesco, e outra convenção na Região Norte. Na Região Norte, é comandada pelo Pr. Manoel Jerônimo Filho, um grande líder; na Região Sul, é comandada pelo Pr. Elizeu Andrade.

    Nós temos outra grande convenção também, que se firmou e cresce por todo o Estado do Pará, que é a Convenção do Seta, Serviço de Evangelização dos Rios Tocantins e Araguaia, fundada ainda na década de 70, para atender a região do sul do Pará, sul do Tocantins e Estado de Goiás naquela época. Hoje é uma convenção eminentemente paraense e é chamada Convenção Interestadual do Seta, Ciadseta, comandada pelo nosso grande e antigo líder, Pr. Possidônio Martins Reis.

    Além dessas, podemos também aqui registrar outras mais, como a Assembleia de Deus do Brasil, uma outra convenção que tem sede nacional, mas está lá no Estado do Pará, também crescendo bastante; e registrar também a presença da convenção daqui de Brasília, da Igreja Assembleia de Deus Missão, Pr. Orcival, que lá no Estado do Pará é comandada pelo Pastor Tugval Farias Gomes, grande líder, que ali trabalha muito também.

    Uma outra convenção é Cadeeso, que é a Convenção da Assembleia de Deus no Estado do Espírito Santo, que também abriu um grande trabalho lá e é comandada pelo Pr. Dagoberto Araújo Dias; a Ceadema, que também está lá, é uma convenção aqui do Estado do Maranhão ou do sul do Maranhão, é comandada lá no Pará pelo Pr. Djane Bezerra.

    As outras convenções, como, por exemplo, temos aqui a Cimadmube, que é comandada pelo Pr. João Alves Filho, é a convenção de igrejas e ministros da Assembleia de Deus do Utinga – Utinga é um bairro de Belém –, convenção nova, mas que está se firmando; então, tornou-se uma igreja, uma grande árvore, com muitos ramos, uma árvore frondosa.

    Saudamos não só nossa liderança no Estado ali, todo mundo trabalhando, e trabalhando muito. A igreja não é financiada por ninguém. A igreja é financiada pelos seus próprios membros, através das suas contribuições, e ali começa-se um trabalho e coloca-se empenho, coração, alma, e ali vai, e Deus tem abençoado, e o Pará hoje passa dos 3 milhões de evangélicos, naquele Estado; numa população de 8,5 milhões, 3 milhões, pelo IBGE, já são evangélicos no Estado do Pará. Estamos crescendo.

    Minha saudação por esses 108 anos a cada um – não só às grandes lideranças, mas àqueles que lutam lá embaixo, abrindo trabalhos, se dedicando, passando necessidades, vivendo pela fé, como diz a própria Palavra de Deus. Então, nossa saudação.

    Terminando o nosso registro, Presidente, eu gostaria de mencionar duas dessas convenções. A do Seta, do Sul e Sudeste do Pará e Norte do Mato Grosso, que avança muito naquela direção, estará em assembleia-geral agora nos dias 27 a 30, na cidade de Redenção, no Sul do Pará. Teremos ali a presença de lideranças de todo o Estado do Pará, como também o pessoal que vem do Norte do Mato Grosso; nos dias 27 a 30 em Redenção, comandados e coordenados pelo nosso querido líder, o Pr. Joás Possidônio, e toda a diretoria do Seta.

    Na mesma data do mesmo período, nós teremos na Comieadepa, comandados pelo Pr. Gilberto Marques, na cidade de Marabá. Serão ali recepcionados pelo nosso querido líder Pr. Sales Batista – grande cidade de Marabá, um grande trabalho. Então, teremos neste fim de semana, numa região bem próxima, dois grandes eventos ligados à Assembleia de Deus, e lembrando todo mundo de 108 anos atrás, com tanta dificuldade, com tanta luta – nossos fundadores, Missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren –, que aqui chegaram, para semear a semente mais preciosa, a semente do Evangelho, que, graças a Deus, tem prosperado não só no Estado do Pará, mas no Brasil e no mundo.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/06/2019 - Página 39