Discurso durante a Sessão Conjunta, no Congresso Nacional

Relato sobre o ataque hacker sofrido pelo Ministro da Justiça, Sergio Moro.

Autor
Luis Carlos Heinze (PP - Progressistas/RS)
Nome completo: Luis Carlos Heinze
Casa
Congresso Nacional
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Relato sobre o ataque hacker sofrido pelo Ministro da Justiça, Sergio Moro.
Publicação
Publicação no DCN de 12/06/2019 - Página 49
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • REGISTRO, ATENTADO, INTERNET, VITIMA, SERGIO MORO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA JUSTIÇA (MJ), DIVULGAÇÃO, DIALOGO, SITE, COMENTARIO, TENTATIVA, CESSAÇÃO, OPERAÇÃO LAVA JATO.

  CÂMARA DOS DEPUTADOS CN -  
DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO - DETAQ
  CN (7ª Sessão Plenária, Sessão Legislativa Ordinária do Congresso Nacional) 11/06/2019

    O SR. LUIS CARLOS HEINZE (PP - RS. Para uma breve comunicação. Sem revisão do orador.) - Sras. Senadoras, Srs. Senadores, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, neste começo de semana, nós fomos surpreendidos pela ação de uma quadrilha que tenta, a todo custo, desmantelar a maior operação contra a corrupção jamais vista neste País.

    O Ministro da Justiça Sergio Moro sofreu um ataque hacker na semana passada, que culminou na divulgação de mensagens privadas pelo site de esquerda The Intercept Brasil. O tal site não procurou o Ministro Sergio Moro e muito menos divulgou a fonte criminosa responsável pelo vazamento dessas conversas.

    O que, supostamente, teríamos por ali? São diálogos e acusações que ratificam o trabalho honesto e imparcial dos que têm a lei a seu lado, mas não o que realmente está exposto. É o contra-ataque de uma máfia que não conhece a palavra escrúpulo. As supostas mensagens entre Sergio Moro e o Procurador do Ministério Público Deltan Dallagnol reforçam minha admiração por aqueles que baniram a corrupção das entranhas do poder.

    Senhoras e senhores, a Operação Lava-Jato sai fortalecida pelo julgamento popular. O povo não cai mais em discursos fáceis e factoides que tentam macular a todo custo a honra de quem conhece o caminho da moral e retidão. Este vazamento não vai interferir em nada na condenação dessa épica operação.

    Foram 2.476 procedimentos instaurados, 1.237 mandados de busca e apreensões, 227 mandados de conduções coercitivas, 160 mandados de prisões preventivas, 155 prisões temporárias e 6 prisões em flagrante. Até o momento, foram 244 condenações contra 159 pessoas, contabilizando 2.249 anos, 4 meses e 25 anos de cadeia. Temos na Lava-Jato a volta da esperança em uma política ética e que realmente esteja focada em transformar a vida das pessoas para melhor.

    Parafraseando um grande líder brasileiro, jamais na história deste País algo foi feito nessa magnitude. Por isso, nós temos que aplaudir o Ministro Sergio Moro, sim, pelo trabalho que fez. Presidentes da República, Governadores de Estado, Deputados, Senadores e megaempresários foram presos. Quando se viu isso na história deste País, Deputado Bibo Nunes? Jamais! Portanto, temos que seguir.

    O que tivemos nesta falácia apresentada aos brasileiros? Uma manobra que utilizou os mesmos princípios pelos quais o próprio Lula não foi preso, nem a Dilma processada por obstruir a Justiça no episódio do vazamento das conversas telefônicas grampeadas a mando do Juiz Sergio Moro. Na época, as provas foram invalidadas por serem consideradas ilegais. Tratava-se de um vazamento. E agora? Agora quem ataca é a Oposição, que voltou a fazer a única coisa que sabe fazer: oposição e obstrução.

    Sim, este episódio é uma tentativa de tirar o foco das reformas e das mudanças de que o Brasil precisa; tenta-se, mas não se consegue enfraquecer o combate a corrupção; e, por fim, insiste-se em destruir a reputação de homens que mudaram o destino do nosso País -- e o mudaram para melhor.

    Senhoras e senhores, eu os convido para voltarmos a um debate de um novo Brasil, com foco nas reformas de que tanto precisamos. Que os tolos sigam gritando ao vento, apoiando ditaduras vizinhas, como a de Maduro. São mentiras que convencem massas de manobra com inverdades que só tentam desmanchar o que é sólido: a vontade popular.

    Sigamos engajados neste projeto de mudança!

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DCN de 12/06/2019 - Página 49