Fala da Presidência durante a 115ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem póstuma e encaminhamento de voto de pesar pelo falecimento do cantor e compositor João Gilberto.

Registro de voto de aplauso à Seleção Brasileira de Futebol pela conquista da Copa América 2019.

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Homenagem póstuma e encaminhamento de voto de pesar pelo falecimento do cantor e compositor João Gilberto.
HOMENAGEM:
  • Registro de voto de aplauso à Seleção Brasileira de Futebol pela conquista da Copa América 2019.
Publicação
Publicação no DSF de 09/07/2019 - Página 19
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, ENCAMINHAMENTO, VOTO DE PESAR, MORTE, CANTOR, COMPOSITOR, JOÃO GILBERTO.
  • REGISTRO, VOTO DE APLAUSO, SELEÇÃO, FUTEBOL, MOTIVO, VITORIA, COMPETIÇÃO, AMERICA.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Declaro aberta a sessão.

    Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

    A Presidência comunica ao Plenário que há expediente sobre a mesa, que, nos termos do art. 241 do Regimento Interno, vai à publicação no Diário do Senado Federal.

    Sou o primeiro orador inscrito, mas vou fazer uma permuta com o Senador Kajuru. Assim mesmo, Senador Kajuru, permita-me que eu leia um voto de pesar enquanto V. Exa. vai à tribuna.

    Requerimento.

    Sr. Presidente, requeiro, nos termos do art. 221, I, do Regimento Interno do Senado Federal, a inserção, em ata, de voto de pesar pelo falecimento de João Gilberto Prado Pereira de Oliveira, bem como a apresentação de condolências aos familiares e amigos.

    Nascido em 10 de junho de 1931, no Município de Juazeiro, no Estado da Bahia, o cantor, violonista e compositor João Gilberto é considerado um artista genial. Revolucionou a música brasileira ao criar uma nova batida de violão, com influências do jazz, para tocar samba, a famosa bossa nova. O jeito suave de cantar também foi visto como inovador.

    Em 1961, concluiu a trilogia de álbuns fundamentais que apresentaram a bossa nova ao mundo. Títulos: Chega de Saudade, de 1959; O Amor, o Sorriso e a Flor, de 1960; João Gilberto, de 1961. Desde o lançamento do compacto que tinha Chega de Saudade e Bim Bom, munido apenas da voz e do violão, começou uma revolução na música mundial. Dono de uma sonoridade original e moderna, João Gilberto levou a música brasileira ao mundo, principalmente aos Estados Unidos, Europa e Japão.

    Tido com um dos músicos mais influentes do jazz americano do século XX, ganhou prêmios importantes nos Estados Unidos e na Europa, como o Grammy, em meio à chamada Beatlemania. Depois da consagração, lançou criações próprias e seguiu com shows e discos que se tornaram obras de arte, como é o caso de Amoroso, álbum gravado nos Estados Unidos entre 1976 e 1977. João Gilberto deixa um grande legado para o Brasil e para o mundo. Conhecido como o pai da bossa nova, influenciou a sua e as próximas gerações.

    João Gilberto morreu em casa, neste sábado, aos 88 anos, causando comoção no Brasil e internacionalmente. O corpo do cantor está sendo velado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em cerimônia aberta ao público. O enterro acontecerá às 16h, em Niterói.

    João Gilberto era daqueles homens que dedicaram a sua vida ao amor e às causas da nossa gente. É bom saber, João Gilberto, você que estará no alto, que no mundo existem mais pessoas iguais a você. Numa época em que se fala tanto em ódio, você pregava o amor.

    Permita-me, ainda, Senador Kajuru, porque é um voto de pesar e um voto de aplauso.

    O voto de aplauso é à seleção brasileira.

    Cumprimento a Seleção Brasileira de Futebol pela conquista da Copa América 2019. Quero saudar o grande treinador gaúcho, sem nenhum bairrismo, mas que ele é do Rio Grande do Sul é, e eu tenho o maior carinho por ele.

    Sabem que, no momento em que fui a Porto Alegre comprar uma camisa do time – e eu sou do Caxias, do interior – de coração do meu filho, que é o Inter, o Tite estava lá. Então, eu pedi a ele, que, com a maior gentileza, abraçou, tirou fotos e autografou a camiseta. Esse é o Tite.

    Eu cumprimento Adenor Leonardo Bachi, o Tite, e, na figura dele, pelo comando, pela clareza e inteligência, com carinho e respeito, toda a comissão técnica, todos os jogadores, os que jogaram e os que não jogaram. Eu não sou daqueles que dizem, por exemplo, que o Neymar não é importante. O Neymar é importante, sim. Ele não jogou, mas estava lá prestigiando os seus colegas. Com certeza, ele compõe essa geração de jovens que ainda há de dar muitas e muitas vitórias ao futebol brasileiro.

    Eles foram fantásticos – técnica, suor, raça e lágrimas. Mesmo quando estavam com 10 homens em campo contra os 11 guerreiros também do Peru, eles foram à luta e fizeram o tão importante terceiro gol. Provaram que, com união, se vai ao longe. O infinito e o horizonte tornam-se muito perto, estão logo ali. Basta querer, querer e querer.

    Ganhar uma competição como essa não é nada fácil. Há de se ter muita dedicação, perseverança e foco.

    Parabéns também a todas as equipes que participaram e, claro, por que não, lembro também aquela que foi vice-campeã, a seleção peruana. Assim, eu abraço a todos.

    Estão feitos os dois votos: o primeiro, lamentavelmente, de pesar e o segundo de aplauso.

    A palavra é sua, Senador Kajuru, por permuta com este Senador.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/07/2019 - Página 19