Pela ordem durante a 110ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem ao jornalista João Cláudio Netto Estrelas, falecido no dia 29 de junho de 2019, e leitura de mensagem do jornalista Marcos Losekann.

Autor
Randolfe Rodrigues (REDE - Rede Sustentabilidade/AP)
Nome completo: Randolph Frederich Rodrigues Alves
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Homenagem ao jornalista João Cláudio Netto Estrelas, falecido no dia 29 de junho de 2019, e leitura de mensagem do jornalista Marcos Losekann.
Publicação
Publicação no DSF de 03/07/2019 - Página 41
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, JORNALISTA, REDE GLOBO, ATUAÇÃO, AREA, POLITICA, CONGRESSO NACIONAL, LEITURA, TEXTO, HOMENAGEM.

    O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Parlamentar Senado Independente/REDE - AP. Pela ordem.) – Presidente, sobre o mesmo tema, sobre a perda inesperada e tão rápida do nosso querido João, era assim tratado por todos nós, quem aqui esteve no Senado, na legislatura anterior, assessores, Senadoras, Senadores, colegas de imprensa, tinham na ternura e na doçura de João aqui e, ao mesmo tempo, na postura firme e independente uma referência.

    Então, permita-me, Presidente, me associar à Senadora Simone Tebet e a V. Exa. nas manifestações de pesar à família de João e a todos os seus colegas de trabalho da Rede Globo.

    E me permita me associar, fazendo a leitura aqui de uma mensagem do jornalista Marcos Losekann, colega de João, que, no meu entender, sintetiza bem o que João Cláudio representava para todos nós aqui.

    Diz a mensagem:

Era uma vez um certo João, não um João qualquer. Esse tinha o dom de rir com a alma, do tipo que observa quase sem ser notado, que percebe praticamente sem ser percebido. Esse era o João, o jornalista por essência, que fuça sem atacar, que cobra respostas sem parecer agressivo, um investigador nato, sem disso jamais se vangloriar.

O João era tão elegantemente discreto que era impossível não percebê-lo – nada mais paradoxal. No Senado Federal, seu reduto profissional, ter o João na retaguarda era a garantia de repórter bem informado na linha de frente da hora do vai.

Sim, o João também era generoso, colhia e distribuía os seus frutos com seus colegas sem se preocupar com sua autoria da colheita. Para ele, o importante era botar no ar, divulgar, tudo muito bem apurado, tudo muito bem detalhado, tudo muito confiável, tudo impecável.

Produtor de mão cheia, jornalista de primeira, o João andava nas sombras do Legislativo com a intimidade de um felino que enxergava no escuro. E como ele enxergava! O João via notícia onde outros só identificavam fofocas virtuais.

Na vida pessoal, resignação, sobrinho amoroso, companheiro fiel e leal. Era aquele, por assim dizer, bom menino. Esse era o nosso João.

Pois esse cara bacana, tão discreto e tão eficiente, decidiu sair de cena à francesa, bem do jeito que era de se esperar dele. Foi sem alardear, foi sem anunciar, foi. O problema maior não é ele ter ido, mas ter nos deixado órfãos dele. Onde já se viu, João, ter ido tão cedo? Se era sua hora de ir, saiba que não era a nossa hora de te ver partir. Você deixou uma cratera que jamais será preenchida.

Sabemos que vai brilhar no céu, onde é o seu lugar, afinal, na vida e no sobrenome, você é, e sempre será, uma estrela. Com saudades...

(Soa a campainha.)

    O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Parlamentar Senado Independente/REDE - AP) – É subscrito pelo jornalista Marcos Losekann, mas, sem dúvida, Presidente, deverá ser subscrito por todos nós, colegas Senadores, que convivemos com o jornalista João Cláudio Estrella, com todas essas qualidades muito bem especificadas neste texto, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/07/2019 - Página 41