Pela ordem durante a 117ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentário sobre o desenvolvimento de tecnologia pelo País, especialmente no Estado do Rio Grande do Sul.

Autor
Luis Carlos Heinze (PP - Progressistas/RS)
Nome completo: Luis Carlos Heinze
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
CIENCIA E TECNOLOGIA:
  • Comentário sobre o desenvolvimento de tecnologia pelo País, especialmente no Estado do Rio Grande do Sul.
Publicação
Publicação no DSF de 11/07/2019 - Página 81
Assunto
Outros > CIENCIA E TECNOLOGIA
Indexação
  • COMENTARIO, DESENVOLVIMENTO, TECNOLOGIA, BRASIL, ENFASE, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), TRABALHO, INSTITUTO DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE).

    O SR. LUIS CARLOS HEINZE (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/PP - RS. Pela ordem.) – Sr. Presidente, colegas Senadoras e Senadores, é com orgulho que venho falar em tecnologias desenvolvidas pelo nosso País, em especial pelo meu Estado, o Rio Grande do Sul.

    Por meio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil estabeleceu em 2014 um acordo com o Centro Nacional de Ciência Espacial da China para a instalação de equipamentos no Centro Regional Sul, em Santa Maria, cidade em que me formei em Agronomia, e na sede do instituto, em São José dos Campos, São Paulo. A parceria também resultou no Laboratório Sino-Brasileiro para Clima Espacial, que realiza suas atividades na sede do Inpe.

    É importante destacar que a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e o Inpe...

(Soa a campainha.)

    O SR. LUIS CARLOS HEINZE (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/PP - RS) – ... têm colaborado por mais de três décadas. Em consonância com essa iniciativa, um grupo de pesquisadores gaúchos que atuam na Divisão de Geofísica Espacial do Inpe está propondo o desenvolvimento de uma missão espacial de grande porte para realizar observações do sol. Trata-se da missão Telescópio Espacial Solar Galileu, uma missão que está dentro do esforço internacional para a compreensão da evolução da heliosfera, o ambiente espacial governado pelo sol, onde a Terra e os planetas do Sistema Solar se encontram.

    Além de obter dados complementares aos dados gerados pelas agências espaciais americana, europeia e japonesa, a missão colocará o Brasil em lugar de protagonismo no mundo, dando soberania sobre as informações necessárias para a geração de boletins que servirão de base para alertas das condições do espaço no entorno da Terra.

    Podemos evoluir em diversas áreas de abrangência por meio desse trabalho. Até mesmo pela minha formação, sou altamente envolvido com tudo o que está ligado ao campo. É notório que o Rio Grande do Sul é reconhecido como a grande força da agropecuária, que tem avançado significativamente na utilização de sistemas tecnológicos para avaliar e acompanhar, de maneira precisa, as condições das áreas de atividades agropecuárias e as condições ambientais, incluindo previsões de curto e de longo prazo do clima.

    Grande parte dessa tecnologia utiliza sistemas baseados em satélites, tais como sistemas de posicionamento (GPS), sensoriamento remoto e comunicações. No entanto, essa tecnologia é fortemente dependente das condições hostis onde operam os satélites, que resultam da grande variabilidade da nossa estrela vizinha, o Sol. Projetos como a missão Galileo são ferramentas formidáveis para alavancar o desenvolvimento científico e tecnológico que resultam em avanços sociais e econômicos significativos.

    No Brasil, o monitoramento das condições do espaço vizinho ao nosso Planeta é realizado em tempo real pelo Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (Embrace), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), utilizando informações coletadas por instrumentos instalados no solo e por satélites desenvolvidos pela Nasa e ESA.

    A missão Galileo é atualmente liderada por três pesquisadores da Divisão de Geofísica Espacial, os Drs. Luís Eduardo Antunes Vieira, Alisson Dal Lago e Marlos Rockenbach da Silva. Os três são egressos do curso de Física da Universidade Federal de Santa Maria e tiveram o primeiro contato com pesquisas espaciais através da cooperação entre a UFSM e o Inpe, idealizada e liderada pelo Dr. Nelson Jorge Schuch, que resultou na formação de centenas de profissionais de alto nível que atuam tanto na área acadêmica quanto na indústria, no Brasil e no exterior.

    Uma iniciativa desafiadora em termos tecnológicos. Dela, serão abertas novas oportunidades para a pesquisa espacial e para a indústria espacial, proporcionando aprendizado e novas capacidades tecnológicas. O Brasil dará um grande passo, de ausente em atividades espaciais nesta área, a líder mundial. Será, juntamente com a missão Hinode do Japão, o maior telescópio solar no espaço. Temos também um grande esforço do Governo brasileiro, que se beneficiará do desenvolvimento da missão Galileo, uma vez que um intenso programa de divulgação científica pode ser implementado, incentivando a pesquisa em todo o País.

    Senadoras e Senadores, orgulho do Rio Grande e do Brasil. Sucesso à missão Telescópio Espacial Solar Galileo.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/07/2019 - Página 81