Comunicação inadiável durante a 128ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Apoio ao manifesto do Movimento Ética e Democracia, que visa combater interesses pessoais, ideológicos e partidários da gestão do Poder Executivo.

Autor
Jarbas Vasconcelos (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/PE)
Nome completo: Jarbas de Andrade Vasconcelos
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
PODER EXECUTIVO:
  • Apoio ao manifesto do Movimento Ética e Democracia, que visa combater interesses pessoais, ideológicos e partidários da gestão do Poder Executivo.
Publicação
Publicação no DSF de 08/08/2019 - Página 32
Assunto
Outros > PODER EXECUTIVO
Indexação
  • APOIO, MANIFESTAÇÃO, DEMOCRACIA, OBJETIVO, COMBATE, ATUAÇÃO, BENEFICIO, INTERESSE PARTICULAR, IDEOLOGIA, PARTIDO POLITICO, REFERENCIA, GESTÃO, PODER, EXECUTIVO.

    O SR. JARBAS VASCONCELOS (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PE. Para comunicação inadiável.) – Meu caro Presidente e amigo Senador Anastasia, preocupados com a situação política econômica e social do nosso País, um grupo de professores, sociólogos, políticos, intelectuais, economistas, advogados, empresários e profissionais liberais se reuniram em Pernambuco para fundar o Movimento Ética e Democracia.

    Fiz parte dessa iniciativa, que saiu do papel em meados de 2016. De lá para cá, Sr. Presidente Anastasia, foram inúmeros encontros, discussões, análises e mobilizações, sempre buscando iniciativas e saídas para a crise instalada no Brasil, sempre tendo como base princípios éticos e mecanismos institucionais e democráticos.

    A superação das dificuldades que o País atravessa requer reflexão, união e mobilização de todos. Com base nisso e também em função das recentes declarações do Presidente da República, o Movimento Ética e Democracia lançou, nessa semana, um manifesto com importantes e justas preocupações.

    O documento mostra que, em sete meses da atual gestão do Executivo, temos motivos para nos preocupar e para cobrar responsabilidades. Não podemos assistir passivamente a demonstrações de despreparo ou desrespeito por quem ocupa o mais alto cargo do nosso País. O manifesto condena com veemência as falas do Presidente que demonstraram, recentemente, um profundo preconceito com o povo nordestino e, num caso ainda mais grave, tripudiaram sobre um filho que perdeu o seu pai durante o regime militar. Tal declaração, mais do que lamentável, é inaceitável sob todos os aspectos.

    Além disso, Sr. Presidente, o manifesto reivindica, primeiro, uma política educacional capaz de construir um pacto nacional pelo desenvolvimento das capacidades humanas; rejeita o desmonte da política ambiental brasileira e defende que o Brasil cumpra suas metas no Acordo do Clima; defende o respeito à carreira diplomática e a impessoalidade na indicação dos representantes do País nas embaixadas nacionais; quarto, condena a ocupação das terras indígenas com atividade de garimpo; quinto, rejeita a flexibilização da posse e do porte de armas em um País já marcado pela violência; sexto, por fim, reitera a reprovação às declarações do Presidente da República que afrontam os direitos humanos e as instituições democráticas.

    Precisamos, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, deixar de lado interesses pessoais, ideológicos e partidários que alimentam esse ambiente confuso que estamos vivendo. A energia de todos nós, a começar pelo próprio Presidente da República, deve ser voltada para a construção de consensos mínimos, da governabilidade e da harmonia do ambiente produtivo. O País e nosso povo não aguentam mais esperar.

    Era isso, Sr. Presidente, que tinha a dizer, nesta tarde, aqui no Senado Federal.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/08/2019 - Página 32