O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSDB - DF) – Eu quero dizer da minha alegria. É uma honra muito grande presidir uma sessão em homenagem ao Senac, uma instituição que é referência na qualificação profissional. Nós temos lutado muito aqui na Casa, no Congresso, para exatamente melhorar e dar oportunidade aos jovens na capacitação profissional.

    Eu tive o privilégio de relatar e aprovar o Pronatec. Fui agora o Presidente da Comissão que aprovou a reforma do ensino médio, pela qual, a partir do ano que vem, todas as escolas, públicas e privadas, mas em especial as escolas públicas estarão ofertando um itinerário profissional para todos os alunos que queiram fazer a educação profissional. Eu não tenho nenhuma dúvida da importância... Como foi dito aqui pelo Antonio, entre os países desenvolvidos, dificilmente você vai encontrar um país que tem menos de 50% de jovens fazendo curso técnico e, no Brasil, não conseguimos chegar ainda nos 10%. Avançamos um pouco, voltamos atrás, mas existe ainda muito o que fazer. Mas tenho certeza de que, a partir do ano que vem, com a implementação do itinerário de educação profissional, nós vamos ter muitos alunos, muitos jovens tendo essa oportunidade.

    Hoje vivemos um momento difícil, em que a geração nem-nem, nem estuda, nem trabalha exatamente por falta de oportunidade.

    Ontem, aliás hoje de manhã, eu fiz um discurso, em uma formatura de que participei, sobre o empreendedorismo nas escolas. Eu vi quatro escolas que participaram de um projeto que já existe em Brasília há 15 anos, o JA (Junior Achievement), no qual 80 alunos fizeram, durante 15 semanas, um curso de empreendedorismo na escola, tendo a oportunidade de criar a sua empresa, eleger seu presidente, seus diretores, definir o produto a ser feito, o marketing do produto, a venda do produto – foram vender no shopping. Então, tornaram-se empresários já no 2º ano do ensino médio.

    E é esse o grande desafio que temos na educação. Nós precisamos criar a cultura do empreendedorismo nas escolas. Os nossos jovens não querem mais ser empregados. Nossos jovens querem empreender. Aprovamos aqui, semana passada, e estamos aguardando sua sanção, a Lei da Liberdade Econômica. Eu, como contador que sou também, sofri muito: neste País ainda existe a cultura de criminalizar o setor empresarial, de criminalizar os empresários. Nossos jovens não têm a cultura da poupança, não conhecem a questão financeira, não conhecem o mundo real. Então, nós temos esse grande desafio, e o Senac é uma referência para nós na formação profissional.

    Portanto, há uma perspectiva muito grande, e eu espero que a gente consiga... Estamos avançando um pouquinho na melhoria da qualidade da educação. Nada acontece que não seja através da educação. Portanto, essa é a nossa grande luta aqui nesta Casa. Por isso eu tenho o Senac, como também outros do Sistema S, o Senai, o Senat, como referência na educação profissional. Não podemos admitir nenhuma interferência política naquilo que está dando certo. E o Sistema S, em especial o Senac, Senai, Senat, dá um orgulho muito grande para nós na formação profissional. Contem conosco. (Palmas.)

    Podem ter certeza: nós não vamos deixar destruir aquilo que funciona no nosso País.

    Eu ainda quero aqui registrar e agradecer a presença de outras pessoas, em especial nosso Conselheiro da Fecomércio, Antônio Fernandes Sousa Filho; o Conselheiro do Senac e Diretor da Fecomércio, Francisco Messias Vasconcelos; os nossos Conselheiros do Conselho do Senac, a Diretora Presidente da Federação dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade do Distrito Federal, Sra. Vera Lêda Ferreira de Morais, o Sr. Amadeu Siciliano e o Sr. Fernando Bezerra da Silva; o Presidente em exercício da Fape-DF (Federação da Agricultura e Pecuária do DF), Sr. Fernando Cezar Ribeiro; o Diretor Regional do Sesc-DF, Sr. Marco Tulio Chaparro Rodrigues Rocha; representando aqui o Presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista) e Diretora Administrativa, nossa Bernardeth Martins, e também a presença do meu querido amigo Athayde, da Fecomércio, que eu conheci no Ponto Frio Bonzão, quando trabalhei no Banco Mineiro do Oeste, em 1970, aqui no Distrito Federal.

    Agradeço muito a presença de todos, a todos os convidados, de forma especial aos nossos alunos do Senac, aos jovens aprendizes, também aos servidores e educadores do Senac, porque sem eles nada disso estaria acontecendo, e declaro encerrada a nossa sessão solene.

    Obrigado pela presença. (Palmas.)

(Levanta-se a sessão às 15 horas e 28 minutos.)