Discurso durante a 156ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão Especial destinada a comemorar o aniversário da independência do Brasil, nos termos do Requerimento nº 679/2019, do Senador Randolfe Rodrigues e outros Senadores.

Autor
Rodrigo Cunha (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AL)
Nome completo: Rodrigo Santos Cunha
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão Especial destinada a comemorar o aniversário da independência do Brasil, nos termos do Requerimento nº 679/2019, do Senador Randolfe Rodrigues e outros Senadores.
Publicação
Publicação no DSF de 06/09/2019 - Página 11
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, DESTINAÇÃO, COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO, INDEPENDENCIA, BRASIL.

    O SR. RODRIGO CUNHA (Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSDB - AL. Para discursar.) – Bom dia a todas e a todos.

    Quero cumprimentar o Presidente desta sessão em comemoração ao aniversário da Independência do Brasil. Comemorar algo que deve ser sempre lembrado em um momento como este, dentro desta Casa, não poderia ter outra origem senão o Senador requerente desta sessão e também da criação desta Comissão, Senador Randolfe Rodrigues.

    Senador Randolfe Rodrigues, confesso a V. Exa. que eu tinha certeza absoluta de que a minha entrada aqui no Senado, particularmente para mim, seria um engrandecimento pessoal enorme pelas experiências que nós temos em tratar de todos os assuntos que se referem ao País. Verificar a história sendo feita na minha frente, saber que nossas decisões aqui mudam o destino do País e da vida das pessoas é algo importantíssimo, é algo realmente para eu parar no tempo, celebrar e me dedicar cada vez mais.

    Confesso que estar ao lado de V. Exa., que, além de ser um historiador, faz história neste País... V. Exa. tem uma atuação marcante em defesa da independência deste Poder, como poucos aqui têm. A envergadura que V. Exa. tem quando abraça uma causa é algo admirável, independentemente se alguém concorda ou não concorda. V. Exa. sempre tem uma base, um conteúdo e tem suas convicções. Então, repito, V. Exa., como historiador, como Senador, faz história neste País.

    Foi dito aqui pelo nosso colega Rodrigo Pacheco algo muito semelhante que é reconhecido por todos – quem veste vermelho, quem veste azul, amarelo, quem veste verde, não interessa –: V. Exa. é uma referência neste Senado e na política brasileira. Digo isso porque, quando eu ando no meu interior, em Arapiraca, as pessoas perguntam se eu o conheço e mandam um abraço para V. Exa. Se eu ando em Maragogi, se eu ando em Delmiro Gouveia, da mesma forma. V. Exa. hoje é uma personalidade nacional.

    Então, faço questão de deixar esse registro, até em forma de agradecimento por indicar o meu nome para uma Comissão tão importante como essa, ao lado também de pessoas formidáveis. Com certeza, durante esse período de interação, irei aprender muito também, mas irão contar com o meu empenho e minha dedicação, sem dúvida nenhuma.

    Aqui eu menciono especialmente o jornalista e professor Eduardo Bueno, que aqui está. Eu também acompanho um pouco do seu trabalho, principalmente tentando demonstrar que nem sempre o Brasil foi pacífico, tentando demonstrar e trazer as verdades históricas, que são difíceis, como se fez através do seriado que está hoje na Netflix, Guerras do Brasil, um seriado que indico a todos para que conheçam também outras formas de identificar o que se passou na história deste País.

    Então, V. Exa. pode ter certeza que tem aqui também um admirador, e está sentado ao seu lado e é motivo de orgulho para mim também.

    Desta forma, eu cumprimento todos que estão aqui na Mesa e gostaria de fazer um registro: esta presente sessão – que inaugura a abertura dos trabalhos desta Comissão Curadora, que comemorará os 200 anos de Independência do Brasil e o papel do Senado Federal – é de extrema importância.

    Eu agradeço, mais uma vez, a indicação do Senador Randolfe, como disse que, além de ser um dos Parlamentares mais atuantes que este Senado já teve, é, sim, um historiador que faz história. E nós vivemos um momento em que a crise se instala nas instituições democráticas e a possibilidade de comemorarmos os 200 anos da Independência do Brasil reforça a importância de reavaliarmos o papel de cada instrumento da sociedade brasileira.

    Nesta última Legislatura, nós tivemos uma significativa renovação aqui no Senado: de cada quatro Senadores que aqui estavam, que tentaram retornar, três não retornaram. O que isso demonstra? Isso demonstra que a sociedade brasileira quer revisar o papel de cada instituição, que vem resistindo, com certeza, às tradições impostas há tantos anos.

    O Senado Federal tem hoje a missão de equilibrar os discursos, as ponderações e o dever de colocar em pauta assuntos de grande relevância. Esta semana é uma semana extremamente marcante: estamos tratando, ao mesmo tempo, a reforma da previdência, a reforma tributária e várias revisões de marcos legais dos setores regulados, assim como também temos que ter sempre em mente o nosso dever de fiscalizar a aplicação das políticas públicas.

    Aqui, mais uma vez, remeto-me ao Senador Randolfe Rodrigues, porque esta área da fiscalização, do acompanhamento das políticas públicas e de fiscalizar, que é a nossa função, por essência e por prerrogativa, como legislador também, fiscalizar a atuação do Poder Executivo, é algo que tem que ser acompanhado de perto – e não se trata nem de ser oposição ou de ser situação, mas, sim, de ser atribuição de um Senador da República.

    Se, num primeiro momento histórico, o Senado fora formado por uma elite, não só política, como também do clero e da magistratura, hoje sentimos muito mais a presença da grande massa da classe média, que Darcy Ribeiro também analisou. Espero que possamos, nesta Comissão, recordar os importantes marcos históricos que o Senado contribuiu para a sociedade brasileira em seus 200 anos de história e que possamos, ao fim, e consigamos também vislumbrar os meios para alcançar a esperança que a mudança desejada pelo povo brasileiro, nos últimos anos, de fato, possa se concretizar.

    Então, senhores, dessa forma, demonstro minha gratidão, humildemente me colocarei à disposição dando aquilo que nós temos de mais precioso, que é o nosso tempo, para contribuir para que essas histórias, verdadeiras histórias do Brasil, sejam contadas, de fato, para o povo brasileiro.

    Sei que teremos, ao seu comando, Presidente, várias formas de se chegar às pessoas, seja através de vídeos, de livros, palestras, debates, reuniões como esta, mas o recado será dado e a história será fortalecida.

    Então, muito obrigado. Mais uma vez, obrigado a todos. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/09/2019 - Página 11