O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSDB - DF) – Quero registrar também a presença do Prefeito Municipal de Rio Verde, Mato Grosso, Mário Alberto Kruger.

    Quero cumprimentar aqui o Presidente do Conselho Federal de Administração, Sr. Mauro Kreuz; a Presidente do Conselho Regional do Amapá, Herlígenas Corrêa de Oliveira; nosso Presidente do Conselho Regional do Distrito Federal, meu querido Udenir de Oliveira Silva; nosso Conselheiro Federal do Conselho Federal de Administração do DF também, Carlos Alberto Ferreira Junior; a Conselheira Federal do Conselho Federal de Administração do Estado de Goiás, Ivany Rosa de Oliveira; a Conselheira Federal do Conselho Federal de Administração do Mato Grosso do Sul, Gracita Hortência dos Santos Barbosa. Quero cumprimentar os demais conselheiros, presidentes dos conselhos regionais e cumprimentar todos os nossos administradores, nossas administradoras, convidados, senhoras e senhores.

    Hoje celebramos uma data especial e tenho a honra de fazer essa comemoração no Senado da República. Senhoras e senhores, é muito inspiradora a iniciativa que concretizou no calendário brasileiro o Dia Nacional do Administrador, em função do qual celebramos anualmente esse profissional competente e indispensável que ele ou ela representa para a modernidade nacional. Em 9 de setembro, cabe-lhe a justa homenagem, por ser a data da assinatura da Lei 4.769, de 9 de setembro de 1965, que criou a profissão de administrador.

    Cumpre ressaltar que o Dia do Administrador foi instituído pela Resolução 6.568, do Conselho Federal de Administração (CFA), em 9 de dezembro de 1968. Com todo o cuidado para não cair no óbvio, o administrador é o profissional capaz de sistematizar práticas para gerir uma instituição. Em rigor, é o responsável por planejar estratégias, acompanhar o desempenho das atividades, gerenciar os recursos humanos, materiais e financeiros de uma instituição. De não menor relevância é função do profissional, ainda, desenvolver estratégias de mercado em nível de concorrência.

    Por outro lado, senhoras e senhores, Senadores e Senadoras, a profissão pode ser exercida em diferentes formas de atuação. Desse modo, ela se projeta, por exemplo, no exercício do profissional liberal, do perito judicial e do assessor ou consultor. Na prática, trata-se de um profissional apto para resolver questões de logística, de marketing e de sistemas de informação, além de abordagens em grupo que exijam um apurado senso de liderança. Para tanto, são-lhe requeridas as habilidades associadas ao dinamismo, à criatividade, à capacidade de trabalhar em grupo, à resiliência para superar as diversidades encontradas em empresas privadas ou instituições públicas.

    No Brasil, a atividade de um profissional de Administração é regulamentada pela Lei 4.769, de 1965, que exige a prerrogativa de bacharel e o registro junto a um conselho. Aliás, graças à lei de 1968, a comemoração do Dia do Administrador serve igualmente a prestar tributo a todos os cidadãos que, no sentido largo do conceito, dedicam-se a bem administrar o seu dia a dia. Afinal de contas, a boa gerência do tempo e do espaço, respeitando os compromissos, cumprindo horários, valorizando ambientes, colaborando com o trabalho dos colegas, também envolve, direta ou indiretamente, virtudes indiscutivelmente essenciais à boa administração.

    Historicamente, senhoras e senhores, em meados do século XVII, já era possível entrever a presença de profissionais que exerciam a função de administrador, como gerentes das companhias de navegação inglesas. Em solo brasileiro, o primeiro curso de graduação em Administração começou a ser oferecido em 1941, no Estado de São Paulo. No ano de 2010, segundo o Conselho Federal de Administração, o curso já era oferecido por mais de 1.800 instituições de ensino superior.

    Todavia, há quem critique o pouco caso com que determinados profissionais exercem seu ofício. Por vezes, em nossa cultura política, o simbólico parece prevalecer sobre a prática do real. Na verdade, a simples instituição da lei ainda não foi suficiente para valorizar, de fato, essa honrosa profissão. Em outras palavras, quantos "supostos gestores", na figura de administradores do negócio, descumprem leis, regras, enganam seus clientes, aproveitam-se de oportunismos baratos, competem de maneira desleal no mercado, estimulam as diferenças salariais por critérios de gênero, pagam propinas, vendem produtos roubados, corrompem políticos e órgãos públicos, sonegam impostos e todas as outras práticas sujas que podemos imaginar?

    Na outra ponta, quantos funcionários também contratados como gestores, na figura dos administradores gerenciais, roubam de seus patrões, enganam clientes, alteram relatórios, simulam resultados, cumprem ordens sem atender os princípios da qualidade e dedicação, geram prejuízos para seus negócios, roubam coisas da empresa, usam os equipamentos da organização para fins próprios, fraudam os mais variados documentos e controles de recursos humanos, culpam os outros e não assumem as suas responsabilidades?

    Diante de tantas indagações acima expostas, vale a pena acentuarmos que o administrador, além dos preceitos éticos inerentes à sua carreira, carrega, no seu diploma, o compromisso ético e moral de bem contribuir para a mudança do nosso País. Para tanto, compete ao administrador, entre outros deveres, cumprir as leis, cumprir os procedimentos sem recorrer a plágios ou subterfúgios legais, procurando ser um cidadão melhor.

    Nesse contexto, o Conselho Regional de Administração do Distrito Federal (CRA/DF) acerta quando declara que seu zelo pelo exercício profissional não se limita apenas à fiscalização. Estende-se, sim, à difusão da ciência da Administração, à contribuição para a formação de profissionais cada vez mais qualificados. Igualmente, presta-se ao fortalecimento da categoria e à valorização da carreira frente à sociedade e ao mercado de trabalho. Em suma, sua luta corporativa se ocupa, portanto, de oferecer suporte de maneira exemplar ao administrador nas mais diferentes esferas. Dessa forma, compromete-se a garantir espaço e direitos a esses profissionais, que ajudam a traçar o futuro da nossa Nação.

    E, para encerrar, senhoras e senhores, nada mais oportuno do que saudar todos os profissionais brasileiros que se enquadram no ofício da Administração, seja ela pública, seja ela privada. No Brasil moderno, não sobram mais espaços para amadorismo organizacional, sob pena de o País sair de vez dos trilhos do desenvolvimento.

    Enfim, cabe hoje ao administrador assumir o seu insubstituível papel de propulsor de uma nação rica e bem gerenciada. Como bem disse o escritor russo Isaac Asimov: "Se o conhecimento pode criar problemas, não é através da ignorância que podemos solucioná-los".

    Parabéns, administrador! Parabéns a todos os profissionais!

    Era o que eu tinha a dizer.

    Muito obrigado a todos vocês. (Palmas.)

    Já registro e convido imediatamente o meu querido colega, grande Senador, representante de Tocantins, meu amigo Eduardo Gomes, do MDB, de Tocantins.