Discurso durante a 162ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão Especial destinada a celebrar os 76 anos da criação do Território Federal do Amapá.

Autor
Sérgio Petecão (PSD - Partido Social Democrático/AC)
Nome completo: Sérgio de Oliveira Cunha
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão Especial destinada a celebrar os 76 anos da criação do Território Federal do Amapá.
Publicação
Publicação no DSF de 12/09/2019 - Página 25
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, HOMENAGEM, ANIVERSARIO, CRIAÇÃO, TERRITORIO FEDERAL DO AMAPA.

    O SR. SÉRGIO PETECÃO (PSD - AC. Para discursar.) – Presidente Davi, também na mesma linha dos colegas que fizeram uso da palavra, eu gostaria muito de prestar a minha singela homenagem a todo o povo amapaense, ao nosso ilustre prefeito aqui, e, na pessoa dele, saudar todas as autoridades presentes no Plenário desta Casa, e fazer uma saudação especial ao meu amigo Lucas Barreto, um Senador que ganhou todo mundo aqui pela barriga, porque ele... (Risos.)

    O SR. PRESIDENTE (Davi Alcolumbre. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - AP) – Sem confidências.

    O SR. SÉRGIO PETECÃO (PSD - AC) – É um amigo e uma pessoa pela qual eu tenho uma consideração muito grande.

    O nosso querido Senador Randolfe, que virou uma personalidade desta Casa, que nos orgulha e nos representa muito bem, no seu estilo agressivo, mas... E o Davi, que é um parceiro. Eu tive o prazer de ser Deputado Federal com o Davi, e, aqui, na luta pela Presidência do Senado, dei a minha humilde contribuição ao companheiro Davi.

    Eu ouvi aqui atentamente... Não vou fazer o discurso do colega aqui... O Cid falou agora que o Telmário caprichou, o nosso Golias...

    Eu penso que o Amapá não é diferente do Acre nas dificuldades, só que nós estamos nas cabeceiras dos rios, lá pertinho das Cordilheiras. Vocês estão aqui...

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. SÉRGIO PETECÃO (PSD - AC) – Eles estão aqui na foz do Rio Amazonas, que recebe todas as águas que vêm do Acre. Mas não é diferente. A Amazônia é tão grande que, às vezes, o cara diz: "Estou no Amapá, pertinho do Acre". Não tem nem noção. São três horas de voo.

    Há 15 dias, eu estava no Jordão, um Município muito pequeno do Acre, que tem uma população indígena muito grande – índios verdadeiros, e não esses índios daqui de Brasília, que ficam tomando cerveja ali no Armazém do Ferreira e se dizem índios. Lá no Acre, nós temos uma população indígena, índios que não tiveram nem contato com o branco ainda –, e havia uns gringos visitando as aldeias: uma suíça, uma francesa, e uma jornalista de Santa Catarina.

    Esse debate que está na ordem do dia, da devastação, da destruição da Amazônia, eu, a cada dia, procuro entender mais. E me infiltrei aonde não vai ninguém, lá no Novo Porto. Do Jordão para lá, ainda dão 53 quilômetros a pé. Encontrei as turistas no Jordão e me apresentaram a elas, dizendo que eu era Senador... Elas: "Vocês estão destruindo a Amazônia. Vocês não estão vendo? Passamos agora no rio e há muita floresta no chão." Eu digo: não, o nome daquilo é roçado. É que as pessoas que moram aqui não comem vento, não, eles precisam comer, precisam plantar o milho, plantar o feijão, plantar as coisas para sobreviver. "Ah, o rio está assoreado, está seco!" Eu digo: não, isso é o verão: se a senhora vier daqui a dois dias, esses rios vão estar todos cheios, transbordando aqui.

    São pessoas que não conhecem a nossa região e se sentem no direito de dar palpite, tentar, mas isso faz parte, não é de hoje, não é de ontem, isso vem ao longo dos anos que a gente vem participando desse debate. Alguns se excedem, outros com menos agressões, mas sempre as pessoas querendo dar palpite na região, mas aqui nós estamos diante de três autoridades: Davi, Randolfe e Lucas, pessoas que conhecem a Amazônia, que nasceram e se criaram. A Amazônia do pé rachado, nós chamamos lá no Acre assim, não sei se vocês chamam assim.

    Lá no Acre também não é diferente, estamos nessa luta. Eu acho que hoje o papel que o Davi cumpre aqui no Senado, como Presidente da Casa, é de fundamental importância, para que nós possamos levar para o Brasil, para o mundo, a nossa verdadeira realidade dos amazônidas, que nasceram e se criaram ali e que sabem o que realmente queremos para a nossa Amazônia.

    Então, parabéns, Lucas, por esta festa maravilhosa que vocês nos proporcionaram aqui. Parabéns ao Randolfe, parabéns ao nosso Presidente Davi e parabéns a todo o povo amapaense.

    Obrigado, Davi. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/09/2019 - Página 25