Pela Liderança durante a 163ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas à presença constante do ex-Senador Romero Jucá em reuniões do Senado Federal.

Preocupação com a crescente violência no Estado de Roraima.

Insatisfação com a atuação da Prefeitura de Boa Vista em relação à crise imigratória de venezuelanos.

Apelo ao Presidente da República para maior atenção aos graves problemas enfrentados por Roraima

Autor
Telmário Mota (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/RR)
Nome completo: Telmário Mota de Oliveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
ATIVIDADE POLITICA:
  • Críticas à presença constante do ex-Senador Romero Jucá em reuniões do Senado Federal.
SEGURANÇA PUBLICA:
  • Preocupação com a crescente violência no Estado de Roraima.
SEGURANÇA PUBLICA:
  • Insatisfação com a atuação da Prefeitura de Boa Vista em relação à crise imigratória de venezuelanos.
GOVERNO ESTADUAL:
  • Apelo ao Presidente da República para maior atenção aos graves problemas enfrentados por Roraima
Publicação
Publicação no DSF de 12/09/2019 - Página 57
Assuntos
Outros > ATIVIDADE POLITICA
Outros > SEGURANÇA PUBLICA
Outros > GOVERNO ESTADUAL
Indexação
  • CRITICA, PRESENÇA, EX SENADOR, ROMERO JUCA, REUNIÃO, SENADO.
  • PREOCUPAÇÃO, AUMENTO, VIOLENCIA, ESTADO DE RORAIMA (RR).
  • CRITICA, ATUAÇÃO, PREFEITURA, BOA VISTA (RR), RELAÇÃO, IMIGRAÇÃO, PESSOAS, PAIS ESTRANGEIRO, VENEZUELA.
  • COMENTARIO, PEDIDO, APOIO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, AUXILIO, ESTADO DE RORAIMA (RR).

    O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RR. Pela Liderança.) – Sr. Presidente, Srs. Senadores, Sras. Senadoras, telespectadores e telespectadoras da TV Senado, ouvintes da Rádio Senado. Sr. Presidente, tradicionalmente esta Casa reserva o espaço, regimentalmente, aos ex-Senadores, tanto aqui no Plenário quanto nas Comissões. No entanto, Sr. Presidente, lamentavelmente, há ex-Senadores, e aqui eu vou até declinar o nome, o ex-Senador Romero Jucá, do PMDB, ele se autointitulou como lobista e agora ele quer participar das reuniões de Líderes, quer participar das Comissões, quer participar do Plenário, e, isso está, de qualquer forma, criando um grande constrangimento a alguns Senadores, principalmente a mim, porque o meu Estado excluiu esse indivíduo da política, e ele senta aqui e fica posando de Senador.

    Como passou 24 anos ocupando os principais cargos aqui, de qualquer forma cria constrangimento perante o quadro de servidores desta Casa. E, ontem, na Comissão de Relações Exteriores, ele sentou nas primeiras cadeiras, como lobista, para ocupar o espaço dos Senadores que de fato estariam ali sabatinando os candidatos a embaixadores em outros países.

    Eu me retirei. Houve, de qualquer forma, uma troca de diálogo forte entre mim e esse indivíduo, e eu quero aqui agradecer a manifestação, a grande manifestação que eu recebi de todo o Brasil e de diversos Senadores.

    Então, eu quero dizer aqui muito obrigado por esse apoio que nós estamos recebendo diariamente nas redes sociais.

    Por outro lado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, em estudo recente divulgado pelo Portal G1, as mortes violentas no País tiveram uma queda de 22%. Temos que comemorar e trabalhar com mais afinco. Foram 21.289 assassinatos nos primeiros seis meses deste ano, contra 27.371 no mesmo período de 2018. Ainda é alto, é verdade.

    O Nordeste foi a região com maior redução desses números. No entanto, Sr. Presidente, o Estado de Roraima, que, no estudo do ano passado, já apresentava o pior índice do País, nesse estudo parcial, infelizmente, ainda figura como o Estado com maior violência no Brasil.

    Somente este ano, já foram 140 homicídios no Estado. Isso dá uma média absurda de 66,6 mortes para cada 100 mil habitantes, sendo a média nacional de 27,5.

(Soa a campainha.)

    O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RR) – Dê-me mais um minutinho, Sr. Presidente.

    Para a ONU, acima de dez assassinatos por 100 mil habitantes já são valores alarmantes, ou seja, Roraima está mais de seis vezes pior que o limite determinado pela Organização das Nações Unidas.

    Vivemos uma verdadeira guerra em nosso Estado, sobretudo em nossa capital. A grande maioria destes assassinatos ocorre em nossa capital, a florida cidade de Boa Vista.

    Enquanto um rio de dinheiro é gasto com paisagismo e flores em pontos turísticos da cidade, na periferia ocorre um verdadeiro bangue-bangue em plena luz do dia, envermelhando as ruas da capital com o sangue dos nossos pais de família e jovens roraimenses.

    Ao meu entender, Sr. Presidente, o ser humano está acima de tudo, enquanto a Prefeita do meu Estado, do MDB, prefere o paisagismo e a violência.

(Soa a campainha.)

    O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RR) – Já concluindo.

    Além de a Prefeitura ter oferecido ajuda de custo de até R$1,2 mil para cada família venezuelana que atravessasse a fronteira, o que mudou a rota dos refugiados em direção à Colômbia para o Brasil, e consequentemente Roraima, a Prefeita não se movimenta para equacionar a questão da segurança pública da nossa capital.

    Por isso, Sr. Presidente, tendo em vista a negligência do Poder Executivo estadual, e sobretudo o municipal de nossa capital, Boa Vista, apelo para o nosso Presidente da República para pôr um basta nisso em definitivo.

    Já se foram cinco anos em que o Estado sofre com a crise humanitária dos venezuelanos. E há dois anos estamos sofrendo com a escalada da violência da antiga pacata cidade de Boa Vista. Algo precisa ser feito e está bem claro que, se depender do nosso Governo e da nossa Prefeitura...

(Soa a campainha.)

    O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RR) – ... isso não vai acontecer.

    Sr. Presidente, já concluindo.

    Portanto, Senhor Presidente Jair Bolsonaro, honre o compromisso que o senhor fez com a população de Roraima. Presidente Jair Bolsonaro, Roraima foi o Estado que lhe deu a segunda maior votação. Honre esses votos! Olhe o quanto antes para a nossa população, que está chorando as vidas sendo ceifadas todos os dias.

    Senhor Presidente da República, eu faço um apelo, concluindo, Sr. Presidente: Roraima ainda não tem uma energia sólida para que haja algum investimento em geração de renda e emprego. Roraima ainda não é dono de suas terras. Roraima ainda precisa fazer um pacto na sua dívida, como foi feito com o Rio de Janeiro. Roraima precisa também equacionar a situação energética.

    Por isso, eu faço um apelo aqui ao Presidente da República: Roraima precisa de um olhar diferente, neste momento, que banca pelo Brasil toda a crise migratória da Venezuela.

    Era o que tinha para falar, Sr. Presidente. Muito obrigado pela atenção.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/09/2019 - Página 57