Comunicação inadiável durante a 177ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Crítica à autorização pelo Governo Federal da importação de etanol, sem taxação, para a Região Nordeste.

Preocupação com os efeitos da medida para o desenvolvimento da indústria de cana-de-açúcar na região.

Autor
Jarbas Vasconcelos (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/PE)
Nome completo: Jarbas de Andrade Vasconcelos
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
MINAS E ENERGIA:
  • Crítica à autorização pelo Governo Federal da importação de etanol, sem taxação, para a Região Nordeste.
MINAS E ENERGIA:
  • Preocupação com os efeitos da medida para o desenvolvimento da indústria de cana-de-açúcar na região.
Publicação
Publicação no DSF de 26/09/2019 - Página 19
Assunto
Outros > MINAS E ENERGIA
Indexação
  • CRITICA, GOVERNO FEDERAL, IMPORTAÇÃO, COMBUSTIVEL, ETANOL, REGIÃO NORDESTE, DECRETO EXECUTIVO, AUSENCIA, TARIFAS.
  • APREENSÃO, PREJUIZO, DESENVOLVIMENTO, INDUSTRIA, USINA, CANA DE AÇUCAR.

    O SR. JARBAS VASCONCELOS (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PE. Para comunicação inadiável.) – Presidente desta sessão, eu venho aqui ao Plenário do Senado Federal em nome do meu Estado de Pernambuco e de todo o povo do Nordeste, uma região marcada pela desigualdade em relação às outras do País.

    O Governo Federal, numa atitude de insensibilidade e irresponsabilidade com a economia dos nove Estados nordestinos, autorizou a importação, sem nenhuma taxação, de 750 milhões de litros de etanol dos Estados Unidos para serem despejados naquela região. Como se não bastasse, essa importação foi autorizada justamente no período da safra da cana-de-açúcar, o que atinge em cheio e de forma desleal a vida dos produtores e trabalhadores do setor canavieiro.

    Essa decisão, Sras. e Srs. Senadores, não é justa nem correta com um setor tão relevante para a economia da nossa região. A indústria da cana-de-açúcar do Nordeste, mesmo diante das dificuldades climáticas e geográficas, se modernizou e é referência hoje em eficiência produtiva.

    Atualmente, são cerca de 60 usinas que empregam diretamente 300 mil trabalhadores e produzem mais de dois bilhões de litros de etanol por ano. É essa produção e são esses empregos que estão agora ameaçados por conta da decisão de privilegiar a importação ao invés de fortalecer a nossa economia.

    Vale lembrar, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, que a Zona da Mata nordestina, que é a região produtora de cana de açúcar, já é socialmente vulnerável, é uma área densamente povoada e onde muitas famílias sobrevivem em função desse cultivo, de modo que uma medida como essa só torna ainda mais difícil a vida desse povo já tão sofrido.

    Desse modo, junto-me, então, aos demais Parlamentares nordestinos, Senadores e Deputados que estão lutando para reverter, aqui, no Congresso Nacional, esse decreto irresponsável do Governo Federal.

    Contamos com a ajuda de todos os que acreditam na força produtiva do nosso povo.

    Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente, Sras. Senadoras e Srs. Senadores.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/09/2019 - Página 19