Comunicação inadiável durante a 183ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Denúncia da má qualidade dos serviços prestados pela empresa aérea Latam.

Solicitação de apoio financeiro do Governo Federal para mitigar a pressão demográfica dos refugiados venezuelanos no Estado de Roraima.

Autor
Chico Rodrigues (DEM - Democratas/RR)
Nome completo: Francisco de Assis Rodrigues
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
TRANSPORTE:
  • Denúncia da má qualidade dos serviços prestados pela empresa aérea Latam.
GOVERNO ESTADUAL:
  • Solicitação de apoio financeiro do Governo Federal para mitigar a pressão demográfica dos refugiados venezuelanos no Estado de Roraima.
Publicação
Publicação no DSF de 02/10/2019 - Página 18
Assuntos
Outros > TRANSPORTE
Outros > GOVERNO ESTADUAL
Indexação
  • DENUNCIA, QUALIDADE, SERVIÇO, EMPRESA DE TRANSPORTE AEREO, AVIAÇÃO CIVIL.
  • SOLICITAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, RECURSOS FINANCEIROS, OBJETIVO, REDUÇÃO, PROBLEMA, CRESCIMENTO DEMOGRAFICO, RESULTADO, IMIGRAÇÃO, REFUGIADO, ORIGEM, PAIS ESTRANGEIRO, VENEZUELA, DESTINO, ESTADO DE RORAIMA (RR).

    O SR. CHICO RODRIGUES (Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - RR. Para comunicação inadiável.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, eu gostaria de fazer dois registros aqui hoje nesta tarde.

    O primeiro é em relação aos serviços prestados pela Latam, que na verdade estão sendo uma vergonha no nosso País. No que diz respeito ao atendimento de passageiros, de bagagens, etc., eles não têm o mínimo de compromisso e respeito com o usuário. Nós estivemos agora recentemente em uma viagem para a China, e, no trecho Brasília-São Paulo, foi extraviada uma bagagem de mão, que fora embarcada nos porões, com medicamentos, com medicamentos de diabetes e outros medicamentos de controle obrigatório.

    E, ao chegar em São Paulo, nenhuma satisfação, nenhuma providência. E, não fosse a presença do Senador Rogério Carvalho, que estava na delegação, para emitir um receituário para a aquisição de todos aqueles medicamentos, você teria ou cancelado a viagem ou teria na verdade que viajar sem esses medicamentos, arriscando a sua vida, Kajuru. Então, isso é um absurdo.

    E, aí, o comentário é mais expressivamente por conta da quantidade de reclamações a que assistimos naquele momento no Aeroporto de Guarulhos e em vários outros aeroportos do Brasil. Portanto, a direção da Latam tem que ter responsabilidade. A sua direção, a sua presidência, os seus gestores têm que ver que as passagens são caríssimas para um serviço muitas vezes de qualidade duvidosa.

    Portanto, fiquem atentos, fiquem alertas. Tomem providências para que a Latam não seja, dentro desse monopólio do transporte aéreo, um serviço prestado de má qualidade à população brasileira. A Latam é realmente a empresa a que me refiro neste exato momento.

    E gostaria de falar, Sr. Presidente, especificamente de um tema que é recorrente e do qual nós já temos falado aqui há meses e há semanas e nas sessões de segunda a sexta, nesta Casa, neste Cenáculo: trata-se da questão que o nosso Estado de Roraima vive em relação aos refugiados da Venezuela.

    Obviamente, a população está chegando no limite de suportar aquela pressão demográfica dos venezuelanos que realmente chegam todos os dias, todas as horas, todos os minutos e que, por problemas políticos internos, do seu país, adentram, de uma forma irrefreada, o Estado de Roraima. Por ali já passaram mais de 300 mil. Deixe-me repetir: mais de 300 mil venezuelanos, que, segundo levantamentos da Polícia Federal, que faz o acompanhamento e o controle, na verdade, atingem números inimagináveis para a população total do Estado de 500 mil habitantes. A sua capital é a que, na verdade, sofre os maiores danos, inclusive também a cidade de fronteira, a cidade de Pacaraima, que é a única porta de entrada dos venezuelanos.

    Aí a população fica e vive sistematicamente sobressaltada com os venezuelanos de todas as origens que ali chegam. Não existe como abrigar a todos.

    Nós temos uma operação...

(Soa a campainha.)

    O SR. CHICO RODRIGUES (Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - RR) – ... que é controlada e acompanhada, de uma forma muito competente, pelo Exército, que é a Operação Acolhida, mas que atende apenas 20% desse contingente. Os demais ficam em abrigos, em outros abrigos, em residências de amigos venezuelanos que lá já estão, e a maioria fica na rua, enfim. Aí vem a criminalidade, a prostituição, o tráfico de drogas, etc, etc, etc.

    Estivemos agora, há poucos minutos, Presidente, com o Ministro Paulo Guedes e mostramos a ele a necessidade de aporte de recursos para que o Governador do Estado, Antônio Denário, possa, de uma forma sistêmica, mitigar o problema dessa presença insustentável, incontrolável e indesejável dos venezuelanos ali no nosso Estado, para que nós possamos, na verdade, utilizar esses recursos para educação, para saúde e também para segurança.

    Eu já disse aqui várias vezes e vou repetir: de 600 partos na maternidade do nosso Estado...

(Soa a campainha.)

    O SR. CHICO RODRIGUES (Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - RR) – ... 300 são de filhos de venezuelanos. Obviamente, o Estado presta, dentro do possível, uma assistência, na verdade, a eles, porque são seres humanos, são refugiados. Agora, o Estado de Roraima não pode pagar o pato sozinho, porque é um problema do Brasil.

    Nós temos conversado com as autoridades, com os Ministros e temos mostrado a necessidade de haver uma ação mais coordenada. E o Ministro Paulo Guedes, com muita sensibilidade, nos pediu para fazer um detalhamento e ver realmente a possibilidade de aportar recursos para mitigar realmente toda essa pressão demográfica de estrangeiros no nosso Estado de Roraima.

    Era essa a comunicação que eu gostaria de fazer, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 02/10/2019 - Página 18