Pela ordem durante a 190ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Homenagem à Irmã Dulce, que será canonizada no Vaticano, no próximo domingo, dia 13 de outubro de 2019.

Autor
Eduardo Girão (PODEMOS - Podemos/CE)
Nome completo: Luis Eduardo Grangeiro Girão
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Homenagem à Irmã Dulce, que será canonizada no Vaticano, no próximo domingo, dia 13 de outubro de 2019.
Publicação
Publicação no DSF de 11/10/2019 - Página 53
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • REGISTRO, IRMÃ DULCE, CANONIZAÇÃO, IGREJA CATOLICA, CERIMONIA, VATICANO.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE. Pela ordem.) - Queria aproveitar para quebrar um pouco o protocolo. Eu poderia estar ali agora para fazer um pronunciamento sobre a cultura de paz, em relação à nossa querida Irmã Dulce, que vai ser canonizada no próximo domingo. Mas, antes, queria passar às mãos de V. Exa. este livro.

    Não sei se a câmera pode aproximar um pouco, uma das duas, a do lado esquerdo ou a do lado direito.

    Este livro foi lançado ontem aqui no Congresso Nacional, no Salão Nobre da Câmara. É de Antônio Rangel Bandeira, um grande idealista, um dos responsáveis por poupar quase 200 mil vidas. Se você puder personificar...

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) - É meu?

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) - É seu.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) - Obrigado!

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) - Sei que há muitos movimentos a favor da paz, contra a violência, de mães, mas, se você puder personificar o resultado de 200 mil vidas poupadas, segundo estatísticas do Mapa da Violência, é neste Sr. Antônio Rangel Bandeira. Acho que devemos muito a ele, temos uma dívida de gratidão - o povo brasileiro - com ele. Esse livro é fantástico, traz mais consistência, um debate atualizado, números novos sobre essa questão que prova que quanto mais armas, mais violência. A gente não pode retardar o processo civilizatório, Senador Paulo Paim, no momento em que a gente vive, porque precisamos cada vez mais de tolerância, de amor, de respeito, de diálogo. A gente não pode retroceder nesse campo.

    Como dizia Mahatma Gandhi... Olhe a frase de Mahatma Gandhi.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) - Sim, sou fã.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) - É o meu líder político, vamos dizer assim. Ele dizia que uma sociedade que prega a lei do talião... Ele dizia que olho por olho, dentre por dente, a sociedade acabará cega e sem dentes. Olhe que sabedoria!

    Então, vou agora subir à tribuna para falar de outro assunto que tem a ver, porque a Irmã Dulce é uma pacifista, uma humanista. Arma de fogo não combina com a história dessa santa brasileira. Queria deixar esse livro do Rangel, do Antônio Rangel Bandeira, que presenteou o senhor, e é uma referência.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) - Obrigado.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) - Inclusive, quero deixar aqui consignado que durante muitos anos trabalhei à frente de empresa de segurança, trabalhei com vigilantes. Sei que a arma de fogo é um potencial destrutivo para eles. Muitos vigilantes perderam a vida porque o objetivo do assaltante era tomar a arma de fogo.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) - A cobiça era a arma.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) - A cobiça era a arma. Tanto é que eu procurei, com toda a força que eu tinha, tentar substituir - e conseguimos em alguns pontos - substituir armas letais, armas de fogo, por armas não letais, as chamadas tasers, que são menos...

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) - Agressivas.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) - ... agressivas, menos trágicas do que as armas de fogo.

    Centenas, milhares de vigilantes no Brasil perderam a vida por causa disso. Inclusive, na reforma da previdência, nesse aspecto, eu concordo com V. Exa., assim como concordamos na questão do abono, de incluí-lo novamente...

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) - O BPC.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) - ..., assim como concordamos com o BPC.

    A reforma da previdência é necessária para o País? É extremamente necessária, mas nós precisamos ter muita responsabilidade para torná-la a mais justa possível. Nós vamos ter outra rodada agora, no segundo turno, e eu acredito que essa questão da periculosidade dos vigilantes tem que ser vista. É preciso encontrar uma solução para ela.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) - Esse é o caminho.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) - O impacto é mínimo, mas a justiça tem que ser feita, porque são pessoas que estão ali para também defender a sociedade.

    Eu vou lá tomar meu lugar ali na tribuna.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) - Enquanto V. Exa. vai à tribuna, eu, com o livro na mão, tenho a alegria de ver que o prefácio é de alguém de quem fui muito amigo, o ex-Ministro da Justiça Raul Jungmann. O grande Raul Jungmann fez o prefácio deste importante livro para a justiça, a liberdade e a não violência. Eu recebi o livro neste momento do Senador Eduardo Girão, a quem concedo a palavra.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE. Para discursar.) - Sr. Presidente, funcionários desta Casa, assessores, ouvintes e telespectadores do sistema de comunicação do Senado Federal, eu não poderia deixar de subir a esta tribuna para fazer uma homenagem a uma grande mulher, uma grande brasileira, que exalou, mas ainda exala, porque sua presença é muito forte, inclusive na espiritualidade, no campo espiritual - eu acredito que a morte não existe e que o amor nos liga eternamente -, que é a Irmã Dulce, que continua mais viva do que nunca, trabalhando pelo bem e pela paz em nossa sociedade.

    A Irmã Dulce vai ser canonizada e o Brasil todo, especialmente a Bahia, está em festa neste momento. Está em festa o Brasil inteiro, inclusive o meu Ceará.

    Encontra-se marcada para o próximo domingo, dia 13 de outubro, na Praça São Pedro, no Vaticano, a cerimônia de canonização do Anjo Bom da Bahia, Irmã Dulce, que passará a ser conhecida como Santa Dulce dos Pobres.

    Nascida em 26 de maio de 1914, em Salvador, na Bahia, Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, nome de batismo da Irmã Dulce, desde muito cedo já demonstrava a vocação para servir aos mais necessitados e o seu desejo de ingressar na vida religiosa, tendo transformado sua residência na capital baiana num centro de atendimento a pessoas necessitadas.

    Em 8 de fevereiro de 1933, repito, 1933 - 33 para mim é um número simbólico, a idade de Cristo - ela, então com 18 anos, Beata Dulce dos Pobres, entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão em Sergipe.

    Em 13 de agosto de 1933, recebeu o hábito de freira das Irmãs Missionárias e adotou, em homenagem à sua mãe, o nome de Irmã Dulce. Um ano depois (1934), voltou a Salvador, tendo como sua primeira missão como religiosa, lecionar em um colégio mantido pela sua congregação, além de também assistir as comunidades pobres da região. Uma mulher extremamente caridosa. E o que é a caridade? A caridade é o amor em ação.

    Em 1935, Irmã Dulce, passou a se dedicar, juntamente com o magistério, ao trabalho social de acolhimento aos pobres e doentes da favela dos Alagados, região conhecida pela extrema pobreza e que foi durante muito tempo símbolo nacional de exclusão e degradação social.

    Em 1936, com 22 anos apenas, Irmã Dulce fundou a União Operária São Francisco juntamente com Frei Hildebrando Kruthaup. Deve-se também à Irmã Dulce a criação do Colégio Santo Antônio, voltado para os operários e suas famílias.

    Importante também foi a sua participação na criação de um albergue para doentes, localizado no convento de Santo Antônio. O espaço depois viria a se transformar no Hospital Santo Antônio.

    Em 1980, durante a primeira visita do Papa João Paulo II no Brasil... Eu me lembro demais, levado pela minha mãe, Senador Paulo Paim, quando o Papa João Paulo II esteve lá em Fortaleza. Foi um momento marcante, porque nós fomos todos ali caminhando, pela rua, ele ia passar numa avenida próxima à minha casa, e eu fiquei muito emocionado com a passagem do Papa João Paulo II. Depois fomos à missa que ele fez lá no estádio Castelão, e a Irmã Dulce foi convidada, lá na Bahia, durante a passagem dele, a subir no altar, e recebeu do Papa um terço. Nessa mesma celebração, João Paulo II proferiu as seguintes palavras - abre aspas. Olhe só que honra, olhe só que homenagem ela recebeu do Papa João Paulo II.

    O Papa João Paulo II disse: "continue, Irmã Dulce, continue!" Reconhecendo o trabalho dela.

    Seguindo o conselho de João Paulo II, até a sua morte em 13 de março de 1992, a nossa querida Irmã Dulce dedicou toda a sua vida aos pobres e necessitados baianos.

    Diante de tanta dedicação e amor ao próximo, ela foi indicada, em 1988, ao Prêmio Nobel da Paz pelo então Presidente do Brasil, José Sarney, com o apoio da Rainha da Suécia. Infelizmente, não foi contemplada com o prêmio, porém tal indicação fez a obra de Irmã Dulce ser reconhecida mundialmente.

     Essa serva de Deus também tinha seus hobbies. Por exemplo, gostava de forró, que é uma música, um estilo muito próprio da nossa terra, e ainda tocava gaita. Também gostava de futebol, tendo escolhido o Esporte Clube Ypiranga, com sede em Salvador, como seu time do coração. E ela relatou, em algumas entrevistas, ir ao estádio com o seu pai.

    Apesar de frágil fisicamente, Irmã Dulce foi um exemplo de força espiritual. Sem medir qualquer esforço, desde que fosse para auxiliar os mais necessitados, essa mulher conseguiu fundar, em 1959, as Obras Sociais Irmã Dulce, cuja missão é - abre aspas: "Amar e servir ao próximo, oferecendo atendimento gratuito na saúde, educação e assistência social."

    Baseado em valores como amor ao próximo, espiritualidade, ética, gratidão, respeito às diversidades, comprometimento e qualidade de serviço, esse complexo de acolhimento é composto de 17 núcleos voltados para a atenção, cuidado com a saúde, cursos profissionalizantes, acesso à arte, educação, inclusão digital, atividades esportivas, assistência odontológica, alimentação, fardamento e material escolar gratuito.

    Estou vendo aqui uma visita de jovens, que estão visitando agora aqui o nosso Senado.

    Vocês são de Brasília?

(Manifestação da galeria.)

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) - De Goiânia! E fazem um coro aqui que são de Goiânia. Sejam muito bem-vindos aqui! Obrigado pela visita! Obrigado aos professores, aos educadores que estão aqui conosco!

    Eu queria ressaltar, Presidente, já me encaminhando aqui para o encerramento, dentro do tempo combinado, que durante essas obras assistenciais desenvolvidas há décadas pela Irmã Dulce, só no ano de 2018, para vocês terem uma ideia, foram catalogados mais de 3,5 milhões de atendimentos ambulatoriais, 11,5 mil atendimentos, por mês, para tratamento de câncer; quase 20 mil cirurgias realizadas; 1.333 leitos hospitalares, e 726 crianças e adolescentes acolhidos no Centro Educacional.

    Portanto, durante anos, graças às iniciativas dessa bem-aventurada, milhões de pessoas tiveram os seus sofrimentos minimizados. Irmã Dulce, ciente da sua responsabilidade em manter suas obras em funcionamento, com toda a humildade do seu coração, transitava muito bem entre todas as classes sociais, inclusive a política.

     Porém, quando questionada sobre a sua preferência nesse campo, ela respondia, de forma muito sábia - abro aspas: "Não entro na área da política, não tenho tempo para me inteirar das implicações partidárias, meu partido..."

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) - Senador Girão, se me permite, eu queria, já que estou presidindo, cumprimentar as crianças, cumprimentar a professora. Sejam todos bem-vindos! Vocês assistem ao Senador Girão, que já fez uma saudação a vocês.

    Bom retorno para Goiás.

(Manifestação da galeria.)

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) - Como é o nome da Escola, Professora?

(Manifestação da galeria.)

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) - Modulus.

    Muito bem. Deus abençoe vocês. Tudo de bom.

(Manifestação da galeria.)

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) - Amém.

    Então, olha só a sabedoria da Irmã Dulce, quando questionada sobre política partidária, porque ela transitava bem em todas as classes, e ela tinha uma participação muito ativa na sociedade. Olhe o que ela dizia, Senador Presidente Paulo Paim: "Não entro na área política, não tenho tempo para me inteirar das implicações partidárias. Meu partido é a pobreza".

    E ainda ela dizia o seguinte: "A minha política é a do amor ao próximo". Então, ela não entrava nessas questões menores, se é de direita, se é de esquerda, se é o partido A ou o partido B. Ela não tomava partido, ela apenas queria ajudar as pessoas, e para isso ela não mediu esforços.

    Já me encaminhando para o final dessa minha fala, cheia de alegria, eu gostaria de citar algumas frases que marcaram a vida da primeira santa brasileira: "O amor supera todos os obstáculos, todos os sacrifícios. Por mais que fizermos, tudo é pouco diante do que Deus faz por nós", uma frase dela.

    Outra frase fantástica: "Habitue-se a ouvir a voz do seu coração, é através dele que Deus fala conosco e nos dá a força que necessitamos para seguirmos em frente, vencendo os obstáculos que surgem na nossa estrada".

    Outra frase dela memorável: "No coração de cada homem, por mais violento que seja, há sempre uma semente de amor prestes a brotar".

    A penúltima frase de Madre Teresa, assim, de tantas, dezenas, centenas de considerações que ela fez, eu vou citar somente mais duas. Olha só essa aqui: "Se Deus viesse à nossa porta, como seria recebido? Aquele que bate à nossa porta, em busca de conforto para sua dor, para o seu sofrimento, é um outro Cristo que nos procura".

    E a última frase que eu quero citar para encerrar: "O importante é fazer a caridade, não falar de caridade. Compreender o trabalho em favor dos necessitados como missão escolhida por Deus".

    Senador Paulo Paim, a Madre Teresa... Olhe, só: Madre Teresa. Olha só a relação próxima, Madre Teresa de Calcutá. Eu agora cometi... Você viu? É a nossa Madre Teresa de Calcutá, a Irmã Dulce.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) - Claro, muito bem lembrado.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) - Tem essa relação muito próxima, a vida das duas.

    A Irmã Dulce tinha 70% do seu pulmão comprometido. Ela tinha muita dificuldade com o sistema respiratório e, até o último dia, se dedicou, trabalhou. Ela minimizava esse tipo de coisa: "Não, vamos falar aqui de trabalho. Vamos trabalhar. Vamos ajudar as pessoas".

    Então, viva Santa Irmã Dulce dos Pobres! Que ela possa nos abençoar! Que ela possa nos guiar! De onde ela esteja - eu sinto que ela está muito próxima de nós -, que ela possa abençoar esta terra que ela tanto amava, que é o Brasil.

    Era isso que eu tinha a dizer, Presidente.

    Muito obrigado pela sua generosidade de me dar um tempo além do que eu tinha direito.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) - Senador Eduardo Girão, meus cumprimentos pela homenagem que fez à nossa querida santa brasileira, Irmã Dulce.

    Quando eu me refiro ao Papa - V. Exa. sabe que eu sou católico e respeito todas as religiões, tenho um carinho enorme por todas; já fizemos ato ecumênico na CDH -, quando eu penso no Papa, ele tem sido uma referência em âmbito internacional, ao mundo, ao Planeta. Eu sempre, estando aqui, digo: "Olha, vai lá visitar o Papa? Dá um abraço no Chico, então". Alguém me perguntou: "Mas quem é o Chico?". "É o Papa Francisco". Olha a minha intimidade com o Papa pelo carinho e pelo o que ele representa hoje em todo o País.

    Eu queria cumprimentar os jovens que estão na galeria neste momento. Ao estilo do Senador Girão, de onde vocês estão vindo?

(Manifestação da galeria.)

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) - Rondônia.

    Sejam todos bem-vindos!

    Vocês assistiram aqui ao Senador Girão, um humanista, um homem atuante no Parlamento. Eu digo um jovem Senador, porque ele veio agora, no ano passado, para cá e fez um belo pronunciamento aqui em homenagem à nossa querida Santa Irmã Dulce.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) - Senador Paulo Paim...

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) - Fale.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) - O senhor sabia que essas visitas que a gente está tendo a oportunidade de receber aqui de Rondônia... É isso? Olha só: Rondônia. Que bênção vocês estarem aqui conosco, nos visitando! Vocês estão fazendo parte de um grupo crescente que tem se interessado pela política. Isso é muito importante. Nunca tivemos, Senador Paulo Paim - eu recebi essa informação curiosamente essa semana -, tantas visitas de delegações, de Estados, os mais longínquos, que estão vindo ao Senado e à Câmara dos Deputados conhecer esta Casa, que é de vocês.

    Então, eu fico feliz porque isso vai despertar - eu estou vendo em muitos jovens aqui -, lá no fundo da alma, uma vocação para trabalhar aqui, para vir servir aqui como um Senador, como um Deputado, quem sabe até um Presidente a gente esteja aqui recebendo hoje através da visita de vocês.

    Como Platão dizia... A senhora é professora? Como é o nome da senhora?

(Manifestação da galeria.)

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) - Dona Edith.

    Platão já dizia, 350 a.C., que "o destino das pessoas boas e justas que não gostam de política é serem governadas por pessoas nem tão boas e nem tão justas que gostam de política".

    Então, é muito bom, gratificante, me dá muita esperança ver, cada vez mais, vocês, delegações vindo aqui ao Senado visitar e conhecer.

    E as pessoas que estão nos assistindo em casa aqui agora, que venham...

(Soa a campainha.)

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) - ... marcar presença aqui quando puderem. Escolas, universidades, grupos, venham conhecer, conversar conosco, porque é muito importante essa presença de vocês. Isso me dá esperança de um País diferente daqui a pouco tempo.

    Parabéns, Profa. Edith, parabéns aos alunos, às pessoas que vieram aqui nos prestigiar hoje.

    Obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/10/2019 - Página 53