Pronunciamento de Confúcio Moura em 23/10/2019
Discurso durante a 203ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal
Elogio ao Senador Paulo Paim pela apresentação do destaque à proposta de reforma da previdência relativo à retirada da expressão “enquadramento por periculosidade”.
Manifestação de otimismo pela aprovação da PEC nº 6/2019, a reforma da previdência.
- Autor
- Confúcio Moura (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
- Nome completo: Confúcio Aires Moura
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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PREVIDENCIA SOCIAL:
- Elogio ao Senador Paulo Paim pela apresentação do destaque à proposta de reforma da previdência relativo à retirada da expressão “enquadramento por periculosidade”.
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PREVIDENCIA SOCIAL:
- Manifestação de otimismo pela aprovação da PEC nº 6/2019, a reforma da previdência.
- Publicação
- Publicação no DSF de 24/10/2019 - Página 18
- Assunto
- Outros > PREVIDENCIA SOCIAL
- Indexação
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- ELOGIO, PAULO PAIM, SENADOR, MOTIVO, APRESENTAÇÃO, DESTAQUE, OBJETIVO, RETIRADA, TEXTO, PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO (PEC), REFORMA, PREVIDENCIA SOCIAL, TERMO, ENQUADRAMENTO, PERICULOSIDADE.
- MANIFESTAÇÃO, APOIO, APROVAÇÃO, PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO (PEC), REFORMA, PREVIDENCIA SOCIAL, MOTIVO, CRIAÇÃO, ECONOMIA, PAIS, BRASIL.
O SR. CONFÚCIO MOURA (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO. Para discursar.) – Sr. Presidente Anastasia, Srs. Senadores e Senadoras, público que está antenado na TV Senado e na Rádio Senado, no Brasil inteiro, todo mundo com muita expectativa, desde ontem foi votado o texto-base da reforma da previdência, sobrando para hoje dois destaques.
Eu quero saudar o Chico Vigilante, que estava até há pouco por aqui circulando, que hoje é Deputado Distrital, aqui de Brasília, e também o Senador Paulo Paim, pelo emocionante pronunciamento que fez ontem aqui no final da noite. E ele e Chico Vigilante, quando nós éramos Deputados na década de 90, desde aquela época eles são realmente ardorosos defensores desses princípios, e até hoje não arredaram pé. São extremamente coerentes, extremamente responsáveis, e eu saúdo todos os dois, que hoje estão em posições políticas diferentes – um é Deputado Distrital, o outro é Senador –, mas, lá nas origens, os dois trabalharam sempre de mãos dadas.
E ontem o que nós vimos aqui foi a força da convicção, a força do discurso solene, a força da luta do ilustre Senador Paulo Paim, que, se fosse contar as horas desde que iniciou, que chegou aqui a proposta de reforma da previdência até ontem, talvez tenha sido o Senador que mais tenha horas de discurso. Todos os dias ele abria a sessão defendendo os seus princípios. Todos os dias.
E é um cidadão, um Senador extremamente comportado, desce da tribuna, vai para a sua bancada, fica ali ouvindo os outros atentamente, não se levanta, não incomoda, não critica a oposição dos outros e não se abate, mesmo com a derrota. Então, isso é algo realmente extraordinário.
Quando o Luís Eduardo Magalhães foi Presidente da Câmara dos Deputados, na época dele, no dia de sua posse, ele exaltou isso, ou seja, que faltava, naquela época, na Câmara, a participação da oposição. A oposição exerce um papel extraordinário no debate, esclarecedor, profundo e necessário para que realmente as pontuações do discurso possam ser mais bem analisadas.
Então, eu quero saudar os dois pela sua coerência e destacar a emoção final, que calou o Plenário absolutamente, do discurso do Senador Paulo Paim, pelo enorme respeito que ele tem de nós todos. Mesmo a gente votando contra as convicções dele, a gente não pode, daqui, deixar de admirá-lo.
Mas eu fico observando, Sr. Presidente, mudando um pouco a conjuntura do meu pronunciamento, a natureza dos discursos, a análise dos discursos e o comportamento das palavras. Nós achamos assim que o discurso é algo jogado ao léu, que as palavras parecem não ter importância quando faladas, mas elas são extraordinárias. As palavras, quando ditas com convicção, têm a força de um vetor no universo. E, quanto mais se fala no mesmo sentido, mais força tem o pensamento. Logicamente, essa força não caminha solitária; há ainda as forças da oposição, há a força do contraditório, que, às vezes, anulam a força do discurso. Isso acontece e é importante. É por isso que, muitas vezes, a gente fala, fala e chega ao ponto de dizer que não falará mais. "Eu estou desiludido com os meus pronunciamentos. Parece que estou batendo, como a água mole em pedra dura, mas aqui a pedra não fura.
Mas certo é que eu exalto a força do pronunciamento, porque foi através da força do pronunciamento que a história e os grandes acontecimentos se realizaram. Vejam Gandhi, Mandela, Churchill, vejam todos os grandes vultos, a força... Até a força do discurso do mal, como é eu posso entre aspas citar, a força do nazismo, que foi feita em cima do discurso.
Então, a gente exalta aqui todos os colegas Parlamentares para que eles possam expressar seus pontos de vista, suas convicções através do discurso, dos seus projetos, das suas leis, das suas proposições e assim vai.
A importância do otimismo. Nós votamos a reforma da previdência ontem. Foram 60 votos a favor e 19 contrários. Isso não foi à toa. Isso representa uma esperança, um otimismo latente, uma perspectiva de o Brasil se arrumar daqui a três, quatro anos. Esse processo é gradual. A economia gerada pelo Ministério da Economia, pelo Paulo Guedes, em 10 anos, é de R$800 bilhões ou R$900 bilhões.
Então, temos uma esperança de reduzir esse déficit, porque esse déficit nos atormenta, esse déficit nos corrói, esse déficit nos faz emitir cheques sem fundos. Aqui, com o Presidente, nós votamos, em junho ou julho, dando ao Presidente da República uma autorização de R$250 bilhões para emissão de papéis, cheques em branco, cheques sem fundo para captar recursos para pagar aposentadorias, para pagar pensões, para pagar benefícios continuados. Então, a coisa é séria, mas nós temos uma esperança. Esses 60 votos não foram em vão, representam uma perspectiva de otimismo lá na frente de podermos ter recursos para investimento em nosso País. Isso é muito fundamental!
Tudo que acontece no mundo, gente, acontece conosco. Agora vocês estão vendo o pipocar de manifestações. Agora cedo na Bolívia, até as passagens da Bolívia para o Brasil estão fechadas; o Equador, o Chile e assim vai. Lá nos Estados Unidos está também havendo confusão. Vai lá na Inglaterra e está havendo confusão. Vai lá na Espanha, Barcelona, está havendo confusão. O mundo está incompreendido, a democracia representativa, o liberalismo está em xeque. Então, nós temos aqui de exercer, e o Brasil precisa disso, modelos novos de pensamento, exercer modelos novos de uma política interessante voltada para a necessidade do povo e voltada para o equilíbrio do Estado. Isso é fundamental!
Então, Sr. Presidente, nesse meu pronunciamento curto, eu venho aqui hoje falar da psicologia do comportamento, da psicologia dos discursos, das ideias, dos debates que devem ser exercidos com um Senado Federal renovado.
Vocês pensem o seguinte: como é que se renova o Senado chegando aqui agora 42 ou 40 Senadores novos? Por quê? Isso não foi de graça. É a população falando: "Vão para lá, Senadores novos, para vocês fazerem o que a gente precisa", foi um recado. Então, nós estamos aqui agora com uma incumbência muito grande de dar respostas, respostas positivas, respostas afirmativas para que o Brasil, de fato, possa prosperar.
Isso tudo que eu digo, os meus discursos, quase 100% são sobre educação. Eu acredito que seja como um princípio maravilhoso do nosso ataque para um Brasil novo...
(Soa a campainha.)
O SR. CONFÚCIO MOURA (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO) – ... justamente estimular e apoiar a educação de qualidade, a educação básica, a educação infantil, porque ali nos primeiros anos de vida é que a gente pode assentar no cérebro da criança um pensamento construtivo.
Assim, Sr. Presidente, eu anotei vários tópicos para discursar, mas eu sei que o tempo urge e que agora o tema é reforma da previdência, é votar os dois destaques que faltam para nós iniciarmos, a partir de hoje em diante, novos temas importantes que venham ajudar e contribuir para o Brasil mais tarde. Depois desse ajuste, desse arrocho fiscal, que a gente possa oferecer à população serviços de qualidade.
Era isso. Muito obrigado.