Discurso durante a 204ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Comemoração pelo 86oaniversário da cidade de Goiânia-GO

Autor
Jorge Kajuru (CIDADANIA - CIDADANIA/GO)
Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Comemoração pelo 86oaniversário da cidade de Goiânia-GO
Aparteantes
Confúcio Moura, Styvenson Valentim, Wellington Fagundes.
Publicação
Publicação no DSF de 25/10/2019 - Página 10
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, GOIANIA (GO).

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO. Para discursar.) – Brasileiros e brasileiras, minhas únicas vossas excelências, meus únicos patrões, seu empregado público, Jorge Kajuru, com prazer nesta quinta-feira, especialmente no dia de hoje, que é 24 de outubro de 2019.

    Estimado e respeitado Senador Presidente da sessão, Izalci Lucas, não sei se conhece a minha querida Goiânia, aqui próximo.

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – Que felicidade saber que V. Exa. conhece Goiânia.

    E como não amar Goiânia?

    Então, eu peço licença aos meus colegas deste Congresso Nacional e à Pátria amada brasileira – e honra-me ser o único Senador dos três de Goiás – para subir à tribuna para esta justa homenagem, ainda mais em se tratando de Jorge Kajuru, pela gratidão eterna que devo à capital de Goiás.

    Quero prestar minhas homenagens a Goiânia, que está completando, hoje, dia 24 de outubro, 86 anos de fundação – ainda jovem.

    Por quaisquer ângulos que olhemos, Goiânia é um dos mais pujantes centros urbanos do País, mas é também, em contraste com o seu acelerado processo de urbanização, a cidade mais arborizada e com mais áreas verdes do Brasil. Basta darmos uma volta pela cidade para nos deleitarmos com os seus bosques e parques.

    Há lugares com vegetação tão concentrada que é possível ver pequenos animais e pássaros de espécies variadas em pleno meio urbano.

    Atualmente, são cerca de dois milhões de árvores plantadas, o que faz de Goiânia a segunda cidade mais arborizada do mundo, Presidente Izalci. A campeã mundial é Edmonton, no Canadá.

    Situada Goiânia no coração verde da Pátria, é um centro estratégico para telecomunicações, indústrias, agronegócio e comércio. Situa-se a 50km de Anápolis, principal centro industrial do Estado e um dos mais estratégicos entroncamentos rodoviários, ferroviários e aeroviários do Brasil. Para orgulho dos goianienses, é considerada uma das melhores cidades brasileiras em qualidade de vida.

    É referência nacional em algumas especialidades médicas como oftalmologia, neurologia, tratamento de queimaduras, além de destacar-se em setores de planejamento e engenharia.

    As suas duas principais universidades, a Federal de Goiás e a Católica, avultam como centros de excelência no Centro-Oeste. Outros cursos superiores se juntaram a elas nas últimas décadas, através de inúmeras faculdades.

    Embora somente em 24 de outubro de 1933 tenha sido lançada a pedra fundamental da construção na nova capital, anteriormente ocorreram várias tentativas de transferência. Um dos primeiros a lançar a ideia da mudança da capital goiana foi Marcos de Noronha, primeiro intendente da Capitania de Goiás.

    Em 1753, ele cogitou transferir a sede administrativa da capitania para a região do Município de Pirenópolis. Décadas depois, em 1830, Miguel Lino de Morais, o segundo presidente da Província de Goiás, idealizou a transferência da capital para a região de Niquelândia. Em 1863, José Vieira Couto de Magalhães, também presidente da província, advogou a tese de transferir a capital para as margens do Rio Araguaia.

    A fundação e os planos de transferência da capital goiana permaneceram, contudo, em latência até a nomeação de Pedro Ludovico Teixeira como interventor federal do Estado de Goiás, após a Revolução de 1930.

    Por sua decisão, criou-se em 20 de dezembro de 1932 uma comissão encarregada de escolher o local em que seria construída a nova capital. O relatório da comissão apontou um sítio nas proximidades do então povoado de Campinas como lugar ideal para a edificação da futura capital goiana.

    A construção de Goiânia foi uma das maiores obras do Brasil na época. Planejada para ser capital, o autor do projeto arquitetônico, Attílio Corrêa Lima, pensou-a muito mais descortinando o futuro, do que presa ao passado.

    Por essa perspectiva futurista a construção de Goiânia significou o primeiro grande impulso para a transformação radical da economia e da geopolítica do Estado e do Centro-Oeste. Goiânia, Presidente Izalci, precedeu Juscelino Kubitschek e foi apoio para o seu projeto visionário de nossa e de sua amada Brasília.

    O Governo, até então preocupado quase unicamente em manter a ordem, promoveu, pela primeira vez em Goiás, uma obra de grande envergadura, que mobilizou as energias latentes.

    A construção de Goiânia impulsionou a abertura de novas estradas, tornando-a centro nevrálgico de interligação do interior brasileiro. Favoreceu a migração e, consequentemente, o povoamento, acelerando a colonização do Estado, predispondo-o a tornar-se a zona de grande riqueza agropecuária que é hoje.

    Concluo.

    Foi o embrião do primeiro grande centro urbano do Centro-Oeste que, se não chegou a constituir-se em centro industrial, tornou-se um centro de expansão comercial e cultural dos mais expressivos do País. Projetada para ter apenas 50 mil habitantes, hoje, de acordo com dados estimados pelo IBGE, em 2017, Goiânia possui aproximadamente 1,5 milhão de habitantes.

    E, Senador Confúcio, que ama Goiânia, pois se formou lá, viveu lá, como eu não vou ser grato a Goiânia? Eu obtive 0,5 milhão de votos em três eleições em Goiânia, não tendo lá nascido. Talvez o senhor tenha vivido lá mais do que eu.

    Situada – para concluir e ouvir o aparte do Senador Confúcio Moura, a voz da educação – no coração do Brasil, Goiânia fica próxima da Capital Federal e praticamente equidistante de todos os outros Estados brasileiros e suas respectivas capitais. A cidade pode ser tomada como marco de uma nova etapa histórica, sim, mas, acima de tudo, política, econômica e cultural para Goiás. É uma urbe, na acepção da palavra, que não se descuidou da qualidade de vida do seu povo. Por isso, é moderna, planejada e com um povo laborioso. O verde está por todas as partes. O goianiense sai de casa e onde quer que pare sempre há uma sombra. Nove meses de sol por ano, centenas de praças floridas, ruas arborizadas, limpas e bem iluminadas, além do povo bonito e acolhedor.

    É fácil chegar a Goiânia e muito mais fácil ainda apaixonar-se por ela.

    Permita-me, de forma rápida, traduzir aqui a letra de uma música que eu solicitei como proprietário, na época, da cassada Rádio K do Brasil, com as Feras do Kajuru. Eu pedi para o mundialmente conhecido músico Ivan Lins, que é meu padrinho de casamento, em Goiânia, gravar a música. Na letra eu ajudei muito pouco – 90% dela, pelo melhor compositor goiano, Tavinho Daher. A letra era para mostrar o que eu vivi em Goiânia. O Ivan e o Tavinho capricharam. Diz assim:

Minha Goiânia querida, cidade plantada no meio da luz.

Minha cidade do mundo, as lutas e lendas teu povo conduz.

Nos teus jardins espalhados, sem tempo marcado, plantei meu amor.

Amor que, crescendo com todo o cuidado, hoje tem frutos que guardo, que guardo feliz!

Minha Goiânia querida, que o sol no poente permite sonhar.

Aqui a Lua é mais cheia, clareia, clareia, do Sol invejar.

E nessas noites de graça, Goiânia me abraça, não deixa eu errar.

Se eu fosse voltar ao começo, ao começo, ah, eu voltava aqui mesmo, no mesmo lugar.

    E eu voltei para Goiânia em 2014, quando deixei os meus 40 anos de carreira nacional na televisão brasileira para optar pela vida pública. Estava cansado de ser afastado da televisão por pedidos políticos, inclusive, aqui de Brasília, de Presidentes da República, de Governadores.

    O último, mais doloroso, quando eu fui, ao vivo, o único jornalista do Brasil demitido. Ao vivo, Senador Wellington! Quando eu defendi os cadeirantes no Mineirão, que não podiam entrar – eles que têm o direito – num jogo Brasil e Argentina, eu fui demitido ao vivo por um sujeito que está do outro lado do quarteirão, que era Senador.

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – Não, não foi o Gilmar Mendes, Capitão Styvenson; não foi, Senador Girão. Foi aquele que virou Deputado Federal, aquele de Minas. O nome dele todo mundo sabe, vossas excelências na galeria. O nome dele é: Aécio Neves.

    Aparte para o goianiense, Senador Confúcio Moura. Lá ele viveu, lá ele se formou, meu Deus! Que prazer!

    O Sr. Confúcio Moura (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO. Para apartear.) – Eu vinha de casa para cá, torcendo para chegar aqui com V. Exa. falando. Justamente hoje, 24 de outubro, é o aniversário da cidade de Goiás. É pouco, pois não tenho condição de acrescentar muita coisa ao seu pronunciamento, a não ser concordar com absolutamente tudo que V. Exa. abordou. O seu discurso é uma poesia, é uma poesia à nossa querida cidade de Goiânia.

    Cheguei lá menino, com 6 anos de idade, em 1954. Ali fui tocando a vida. Goiânia veio passando... Toda a sua estrutura e sua base de desenho urbanístico foram traçados originalmente pelo Ludovico e por seus grupos de assessores. Ele asfaltou a Avenida Goiás, na direção da Praça Cívica, com carro de boi – um rolo de ferro e os bois puxando para ele asfaltar a Praça Cívica e aquelas avenidas, como a Araguaia e as outras avenidas que descem.

    Goiânia é tudo isto que V. Exa. falou: uma cidade apaixonante. Ela vem tocando, tocando... Eu vi uma mudança abrupta nela quando Nion Albernaz...

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – Falecido, infelizmente.

    O Sr. Confúcio Moura (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO) – ... assumiu a Prefeitura. Ele deu o toque magistral, a maquiagem da cidade no urbanismo e no paisagismo. Ela já vinha bonita, mas ele acrescentou... Ele deu flores à cidade, ele deu cores à cidade, ele deu parques, ele trouxe as crianças para a praça, ele criou bosque, ele criou alternativas para a população. Lá na frente... Eu não sei se o Vaca Brava foi ele quem fez ou não.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – Não, foi Darci Accorsi.

    O Sr. Confúcio Moura (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO) – Foi o Accorsi, do PT. Mas certo é que cada Prefeito ali foi extremamente importante.

    Então, eu quero abraçar Goiânia. Eu devo muito a Goiás, devo muito a Goiânia. O meu pai foi um dos primeiros professores, quase analfabeto – professor analfabeto meu pai. Ele mal sabia ler e escrever e foi professor no Setor Pedro Ludovico na época – nomeado não sei como, não havia essas coisas. Ia lá dar aula e ele sabia mal, pouca coisa ele sabia.

    A minha tia, falecida no ano passado, Mouranísia, falou: "Ó, Zeferino [meu pai se chamava Zeferino Moura], você não tem condição de dar aula, não! Não tem condição de dar aula, não! Você é muito violento com os meninos, muito bravo, dá castigo muito forte. Pode deixar que eu dou aula para os meninos". Aí ele se afastou, para a minha tia continuar dando aula lá no Setor Pedro Ludovico, que era muito longe do centro. Hoje é tudo bonito, tudo esplendoroso.

    Então, eu quero acrescentar estas palavras ao seu belíssimo discurso, porque me tocou fortemente. Goiânia emociona.

    Muito obrigado.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – Goiânia é que lhe agradece, Goiânia é que o abraça, Senador Confúcio Moura.

    E que honra para Goiânia saber do seu amor por ela, por ter passado pela nossa querida Goiânia. E belíssimas pessoas, do ponto de vista de honradez, de preparo, passaram por Goiânia. O senhor citou aí o melhor Prefeito dela na minha opinião, Nion Albernaz. Então, um homem da sua envergadura moral falar de Goiânia para Goiânia é motivo de orgulho.

    Presidente Izalci, eu, se tivesse... Eu nunca saio do tempo, o senhor é testemunha; cumpro rigorosamente. Eu não sei se eu tenho mais tempo para rapidamente abordar uma questão que, desde ontem, me cutuca. Mas, se o tempo eu não o tiver, eu agradeço e deixo para falar amanhã. Posso?

    O Sr. Wellington Fagundes (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT) – Senador Kajuru.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – Pois não, querido...

    O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSDB - DF) – O senhor ainda tem mais cinco minutos. Eu dei três, mais dois minutos.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – Querido mato-grossense, Senador Wellington Fagundes, que já foi a Goiânia também.

    O Sr. Wellington Fagundes (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT. Para apartear.) – Antes que V. Exa. adentre a outro assunto, também gostaria, claro, de registrar aqui o que é Goiânia para o Centro-Oeste brasileiro. É uma capital tão jovem. Em Cuiabá, nós estamos nos 300 anos da nossa capital. Goiânia é tão jovem ainda, mas é uma das cidades que mais despontaram no Brasil em qualidade de vida. É uma cidade onde há um custo de vida razoavelmente barato, onde muitos mato-grossenses e brasileiros foram estudar, um ensino de muito boa qualidade; uma cidade receptiva a todos os brasileiros, com seu jeito rural de ser, não é? Carinhoso o povo. A música sertaneja: ali é o grande centro da música sertaneja, mas, claro, com música de outras origens também. E nós de Mato Grosso temos grande parte do nosso território com uma influência total de Goiânia e de Goiás.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – Claro.

    O Sr. Wellington Fagundes (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT) – O Araguaia goiano e mato-grossense.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – O Araguaia.

    O Sr. Wellington Fagundes (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT) – Esse rio que nos une.

    Inclusive eu quero aproveitar o discurso de V. Exa. para cobrar aqui também do Presidente da República, o Presidente Bolsonaro, e do Ministro do Meio Ambiente, que foram a Mato Grosso, que foram a Goiás e a Mato Grosso.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – Aragarças, não é?

    O Sr. Wellington Fagundes (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT) – Estiveram lá em Aragarças, estiveram em Barra do Garças, em Pontal, porque são três cidades ali no encontro das águas, na beleza do Araguaia, na Serra do Roncador, nas águas termais, nas cidades ali que têm um esoterismo muito forte. Barra do Garças é a única capital, a única cidade que nós temos ali... Tivemos o primeiro Senador negro do Brasil, Valdon Varjão, que lançou a fenomenal ideia do discoporto.

    Então, tudo isso, exatamente essa beleza também tem a ver com a questão ambiental. E lá eles foram para lançar o grande programa de revitalização do Rio Araguaia, o projeto que até agora não saiu do papel. Houve uma expectativa muito grande por parte da população. Queremos aproveitar, porque aquele potencial ali pertence ao nosso povo, goiano e mato-grossense, mato-grossense e goiano.

    Nós de Mato Grosso devemos muito a Goiás: a colonização daquela região do Araguaia mato-grossense basicamente é de goianos; tanto é, Senador Confúcio, que aquela região toda lá usa o horário de Goiânia, usa as influências de Goiás, a alimentação toda é baseada na alimentação goiana.

    Por isso, eu quero parabenizar V. Exa., que defende tão bem aqui o Estado de Goiás, as causas sociais do Brasil, é um Senador assíduo, competente, porque também a sua origem como um jornalista o faz eloquente em tudo que fala, em tudo que faz. Mas eu tenho certeza de que, ao abordar o seu amor por Goiânia... Quando eu falo em Goiânia, nós estamos falando da grande capital do Centro-Oeste brasileiro, com todas as suas tradições, com toda a sua cultura, com toda a sua pujança econômica e com toda a sua liderança política também.

    Nós temos que reconhecer todo esse papel de Goiás, que, assim como Mato Grosso, cedeu um grande espaço para criar o Estado do Tocantins – Mato Grosso criou o Mato Grosso do Sul –, então toda essa região se desenvolveu muito também a partir desses Estados, que são irmãos.

    Eu parabenizo V. Exa. e faço aqui uma homenagem a todos os goianos, em nome do Senador e hoje Governador Caiado, assim como a toda a classe política de Goiás, que tem também nos ensinado muito no Mato Grosso.

    Parabéns a Goiânia, parabéns a seu povo, e, claro, parabéns a todo o povo de Goiânia, em especial a V. Exa., que está aqui na tribuna a homenagear essa cidade que todos nós amamos.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – Bom, eu só posso dizer que fico, de forma sincera, emocionado de poder hoje mostrar a minha gratidão, pois quem não tem gratidão não tem caráter, a tudo que eu vivi em Goiânia, mesmo nos momentos difíceis de família, de cassação de rádio, mas nada disso me faz esquecer o mais importante.

    Senador Wellington Fagundes, que também colocou aqui o seu sentimento por Goiânia, por Goiás, como Mato Grosso, V. Exa. tem autoridade para fazer uso dessas palavras. Senador Confúcio, desde seis anos de idade lá. Eu agradeço a esses dois amigos que tenho aqui, Confúcio e Wellington, porque vieram acrescentar ao meu pronunciamento de gratidão, de uma forma irretocável. Então, o meu agradecimento e o meu companheirismo, que, independentemente disso, vocês sabem que vão ter sempre.

    Presidente, eu não vou sair do tempo, porque o senhor me deu cinco minutos e os apartes foram apresentados, mas se 30 segundos eu puder ter – eu vou deixar para amanhã, Senador Styvenson, Senador Reguffe, Senador Girão, Senador Confúcio, Senador Wellington, Senadores, Senadoras e Pátria amada em especial –, quero dizer que eu não fiquei feliz no dia de ontem, naquelas horas vividas aqui pelo Senado Federal. Orgulhoso fiquei de esta Casa reconhecer o homem público, como o Reguffe disse, com "p" maiúsculo, que é Paulo Paim. Isso tudo bem; essa parte eu só fiquei emocionado – ele merece. Agora, a gente aproveitar aquela causa de um destaque da reforma da previdência para ficar o tempo inteiro aqui no Senado dizendo que esta Casa hoje orgulha o Brasil... Não, não, não, me inclua fora dessa! Esta Casa hoje não orgulha o Brasil, e o Brasil não tem orgulho dela. Não me venha com essa, não.

    Eu entro em ferida mesmo, como diz o Senador Wellington, e de forma eloquente, por quê? Porque um Senado que engaveta duas CPIs como a do Judiciário, outra do esporte, que engaveta pedidos de impeachment de Ministros que o Brasil odeia, que engaveta importantes projetos de lei, como o meu do fim da reeleição, como o de tantos outros aqui... Reguffe já reclamou quantas vezes de projetos dele parados, tantos outros Senadores também?

(Soa a campainha.)

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – O meu projeto de cortarmos na própria carne, de reduzirmos para 50% o que nós gastamos. Teríamos uma economia de trilhões, seriam três reformas da previdência, segundo a previsão de lá, da economia. Então, amanhã, eu quero falar mais.

    E não culpo o Presidente Davi, não. Preste atenção, eu sou honesto, sou justo. Ele tem culpa, mas não sozinho, porque ele não está sozinho, com um revólver na cabeça dele, pedindo para agir assim. É o sistema, senhoras e senhores, é o sistema podre, sórdido que é assim, que não aceita uma CPI do esporte, ainda mais do Judiciário; que engaveta projetos, pedidos de impeachment.

    Então, por favor, não sejamos mentirosos para o povo brasileiro, porque ele continua decepcionado com este Senado Federal, que não mudou ainda como prometeu... 

(Soa a campainha.)

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – ... pelo contrário, está é manchado, pela Pátria amada.

    Agradecidíssimo.

    O Sr. Styvenson Valentim (PODEMOS - RN) – Senador Kajuru.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – Pois não. Se o Presidente autorizar, o senhor fala, porque eu já terminei, meu querido amigo Capitão Styvenson.

    O Sr. Styvenson Valentim (PODEMOS - RN) – O senhor autoriza, Sr. Presidente?

    O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSDB - DF) – V. Exa. comanda aqui, pode ficar à vontade.

    O Sr. Styvenson Valentim (PODEMOS - RN) – Muito obrigado por passar esse comando para mim. Se o senhor quiser que eu assuma para o senhor falar...

    O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSDB - DF) – Está convidado. Depois do Senador Kajuru, peço a V. Exa. para assumir, para que eu possa fazer o meu pronunciamento.

    O Sr. Styvenson Valentim (PODEMOS - RN) – Rapaz, eu fui ser gentil... (Risos.)

    Senador Kajuru...

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – Fale, meu amigo.

    O Sr. Styvenson Valentim (PODEMOS - RN. Para apartear.) – Só para deixar alerta para o senhor e para os outros, para os demais, que até então os projetos não estavam andando pelo motivo de não incomodar a votação da previdência.

    Não já foi encerrado? Não já acabou?

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – Sim.

    O Sr. Styvenson Valentim (PODEMOS - RN) – Então, agora está na hora certa de colocar na CCJ, aqui no Plenário, em todas as Comissões realmente os projetos que interessam à população brasileira.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – O senhor acredita que o sistema vai deixar eu colocar aqui no Plenário?

    O Sr. Styvenson Valentim (PODEMOS - RN) – Mas o sistema de que o senhor tanto fala...

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – Para o Plenário votar aqui CPIs, pedidos de impeachment...

(Soa a campainha.)

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – ... fim de reeleição... O senhor acredita nisso, o senhor acredita em Papai Noel, meu irmão querido?

    O Sr. Styvenson Valentim (PODEMOS - RN) – Mas o sistema de que o senhor estava falando, era justamente essa previdência que estava atrapalhando os outros projetos, para não causar esse tumulto na sociedade ou dentro Senado.

    Acho que a combustão que estava precisando... Bom, a previdência saiu. Eu acredito que agora a gente coloque em votação o que é útil ou de clamor popular.

    O senhor tem que acreditar...

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – Amo o seu otimismo. Eu não acredito. Desculpe, agradecidíssimo. Eu não acredito, o sistema vai continuar pressionando o Presidente Davi, e ele vai seguir engavetando e envergonhando o Senado Federal para o Brasil.

    Eu não faço média, gente, não contem comigo nisso. Portanto, ontem eu não fiquei alegre coisa nenhuma, eu fiquei triste pelo dia de ontem. Aquela babação, aquela coisa toda: "Ah, o Senado..." Pera aí, pelo amor de Deus!

    Agradecidíssimo, pelo tempo e pela paciência, Presidente Izalci.

    O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSDB - DF) – Cadê o Styvenson?

    Parabéns a V. Exa. pela parte...

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – De Goiânia...


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/10/2019 - Página 10