Discurso durante a 216ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Elogios ao Senador Paulo Paim.

Comparação entre as posturas da ex-Presidente Dilma e do Presidente Bolsonaro com relação à busca de soluções para as demandas do Estado de Roraima (RR).

Esclarecimentos sobre a conduta de S. Exa. com relação ao Governo Federal.

Autor
Telmário Mota (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/RR)
Nome completo: Telmário Mota de Oliveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Elogios ao Senador Paulo Paim.
GOVERNO ESTADUAL:
  • Comparação entre as posturas da ex-Presidente Dilma e do Presidente Bolsonaro com relação à busca de soluções para as demandas do Estado de Roraima (RR).
GOVERNO FEDERAL:
  • Esclarecimentos sobre a conduta de S. Exa. com relação ao Governo Federal.
Aparteantes
Paulo Paim.
Publicação
Publicação no DSF de 09/11/2019 - Página 6
Assuntos
Outros > HOMENAGEM
Outros > GOVERNO ESTADUAL
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • ELOGIO, PAULO PAIM, SENADOR.
  • REGISTRO, COMPARAÇÃO, DILMA ROUSSEFF, EX PRESIDENTE, JAIR BOLSONARO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, SOLUÇÃO, DEMANDA, ESTADO DE RORAIMA (RR), ENERGIA, SANEAMENTO, GARIMPAGEM.
  • REGISTRO, ESCLARECIMENTOS, ORADOR, GOVERNO FEDERAL, DEFESA, GARIMPEIRO, MINERAÇÃO, MINAS, INDUSTRIA, MADEIRA, AGRICULTURA FAMILIAR.

    O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RR. Para discursar.) – Presidente, Senador Paulo Paim, nosso professor nesta Casa, um homem que trabalha diuturnamente neste Senado, imbatível nas suas ações, convicções, política, como V. Exa. é do PT, eu participei de várias reuniões com V. Exa. no Governo do PT. E naquilo que feria ou fere a razão de V. Exa. ser Senador e defender o povo, principalmente o trabalhador, que é a sua bandeira maior, V. Exa. se posiciona na tribuna e se posiciona nas reuniões.

    V. Exa. não tem duas caras. V. Exa. não tem duas posições. V. Exa. não é baralho. V. Exa. é um exemplo a ser seguido por todos nós que compomos esta Casa maior. V. Exa. é uma pessoa que está tão acima das divergências políticas que o Rio Grande do Sul, numa grande avalanche que o Brasil teve de mudança, teve o cuidado, o zelo, de não deixar essa voz incansável do trabalhador fora desta tribuna.

    Nesta sexta-feira, eu, que componho com V. Exa. a Comissão de Direitos Humanos, cada dia eu assisto a uma aula de V. Exa.: incansável, V. Exa. é incansável; é uma água mole em pedra dura quando é para defender o direito do trabalhador. V. Exa. faz audiências públicas, que é uma coisa exaustiva nesta Casa, uma sobre a outra. Mas, a cada audiência pública, a gente encontra um Paim renovado, um Paim proativo, um Paim ativo, um Paim com amor pela coisa que faz.

    Senador Paulo Paim, o Rio Grande do Sul é sábio quando elege V. Exa.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS. Para apartear.) – Senador Telmário Mota, permita que eu lhe diga só isso: muito, muito obrigado pelas suas considerações em relação ao nosso trabalho, e eu sintetizo nisso e tenho satisfação de dizer que eu sou seu amigo e V. Exa. é meu amigo. Mesmo nos destaques, eu disse que na PEC principal, naturalmente, todos votam de acordo com o momento – o momento é delicado, não é? –, mas V. Exa., no destaque, diz: "Não, Paim, o meu Partido está liberado para te acompanhar".

    Eu agradeço mais uma vez V. Exa. Tem sido um parceiro aqui durante tantos anos, e, com certeza, o seu Estado há de reconhecer.

    O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RR) – Senador Paulo Paim, a luz que foca o seu caminho nesta Casa é a luz que defende os oprimidos, os trabalhadores, os direitos conquistados a duras penas, talvez até a sangue. Por isso que é uma luz que ninguém apaga. Parabéns, Senador Paulo Paim.

    Senador Paulo Paim, Senadores e Senadoras, telespectador e telespectadora da TV Senado, ouvinte da TV Senado. Senador Paulo Paim, eu venho a esta tribuna hoje para fazer um desabafo: todo mundo sabe que Roraima é o Estado que tem a maior riqueza per capita natural do mundo. Logo, Roraima era para ser um dos Estados mais expoentes, o Eldorado brasileiro. No entanto, por falta de compromisso do Governo Federal para com o Estado de Roraima, por força da lamentável corrupção, o meu Estado natal está no fundo do poço, gritando por socorro. É um caos absoluto em todos os serviços públicos: na saúde, na segurança, no transporte, na educação, na habitação, na geração de renda e emprego.

    E aí, eu hoje amanheci para fazer uma grande reflexão: quando eu fui eleito Senador, a Presidente Dilma Rousseff foi eleita junto comigo, no segundo mandato dela, e, ao chegar aqui pelas mãos, até, do MDB, eu fui para a Base dela, porque ela entregou toda a composição política, os acertos ao MDB.

     E aqui eu vi, muitas vezes... Em quase um ano eu vi o que a Dilma fez por Roraima e, em um ano, o que o Presidente Jair Bolsonaro fez.

    Então, eu quero aqui hoje usar esta tribuna para fazer um comparativo de quase um ano de mandato da Presidente Dilma, no meu primeiro mandato, no meu primeiro ano, com quase um ano do Presidente Jair Bolsonaro.

    Vamos lá: nas eleições, a Dilma perdeu em Roraima, perdeu feio para o Aécio Neves. O Presidente Jair Bolsonaro foi o Presidente que teve a maior percentual de votação no Estado de Roraima, foi o Estado que, depois de Santa Catarina, deu a maior votação para ele.

    Promessas: a Dilma prometeu para Roraima zero, não prometeu nada. O Presidente Jair Bolsonaro prometeu levar energia, resolver a questão do garimpo, resolver a questão fundiária e disse mais, que se ele fosse o rei de Roraima, o dono de Roraima, Roraima seria mais rico que o Japão, que ele tinha muito amor por Roraima.

    Então, bora lá, o pacote de bondade da Dilma, que não prometeu nada: ela tirou o Parque do Lavrado, uma Flona, e estava no decreto que passava as terras da União para Roraima. Ela enfrentou o Ibama, enfrentou o ICMBio, e ela tirou do decreto, que estava engessando o setor produtivo; teve coragem de tirar e tirou, por um pedido que eu fiz.

    A febre aftosa estava há 50 anos impedindo a exportação de gado no Estado de Roraima. Ela deu um grande passo junto com a Ministra Kátia Abreu e Roraima hoje está livre com a vacinação, e podemos exportar para o Brasil e para o mundo.

    Em razão da mosca da carambola, estava há oito anos sem poder exportar fruta o Estado de Roraima. Ela nos ajudou muito, e nós conseguimos, dos 15 Municípios do Estado, 11 exportar fruta. Olha só, e a Dilma não prometeu nada e perdeu.

    Energia. Quando eu levei a problemática para a Presidente, ela chamou o Ministro da Justiça e disse: "Você tem 15 dias para resolver isso. Ou você resolve ou eu lhe demito. Telmário está aqui na minha frente".

    Eu falei: "Opa, eu não estou pedindo a demissão do Ministro, não". Fiquei até com medo. Peguei o telefone – o Ministro é meu amigo – e disse: "Ministro, não sou eu, é uma decisão da Presidente". Em 15 dias estava a autorização do Ibama e da Funai, está no Diário Oficial do dia 16 de dezembro de 2015 para passar energia de Tucuruí para o meu Estado. A Dilma caiu, e o PMDB não teve nenhum interesse nisso, está até hoje...

    Vamos mais: O Minha Casa, Minha Vida entregou várias casas populares num ano em que eu estava... Saneamento, patrulha mecanizada para as prefeituras, tudo.

    Garimpo. Olha aí, hein, a Dilma. Garimpo, o Exército ou a Polícia Federal, quando iam fazer uma fiscalização na garimpagem ilegal, ficavam um mês, um mês e pouco. Nunca queimou um boné de ninguém, nunca queimou, Senador, nenhum boné de um garimpeiro, respeitavam o patrimônio das pessoas. Passava um mês e a Polícia ia embora.

    Madeireiros. Para os madeireiros foi a época em que eles mais eles prosperaram, com a Presidente Dilma. Então, o pacote de bondade dela foi grande, foi grande, sem ela prometer nada. E não foi a mais votada.

    Vamos lá. Pacote de bondade do Presidente Jair Bolsonaro, zero. Zero. Zero. Zero. Zero. Zero. Pacote de maldade da Dilma para Roraima, zero. Zero. Zero.

    Pacote de maldade do Presidente Jair Bolsonaro para Roraima. Brigou com a Venezuela, cortaram a energia que vinha de lá. Hoje Roraima tem energia da pior qualidade e a mais cara do País. Fecharam a fronteira Roraima/Venezuela, que é o país que mais exporta, e é de lá que vem o calcário para nós, é de lá que vem a energia, é de lá que vem o ferro, e é para lá que Roraima exporta 86%. E ele fechou, com essa briga.

    Então, vamos aos pacotes de maldade.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Oitenta e seis por cento?

    O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RR) – Por cento das exportações de Roraima são para a Venezuela.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – E agora trancou?

    O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RR) – Trancou. Eu fui abrir, e eles zangaram.

    Muito bem, garimpo. Olha só, garimpo. No Governo da Dilma, a Polícia Militar, a Polícia Federal e o Exército ficaram ali trinta dias e nunca queimaram um boné. O Presidente Jair Bolsonaro, que prometeu abrir os garimpos, colocou, o Exército está há quase um ano lá dentro do garimpo, Senador Paim, quase um ano. E olha o que eles estão fazendo lá, Ibama e Polícia Federal, olha só: queimando tudo dos garimpeiros, queimando equipamentos, roupa, máquina, olha, queimando as máquinas, queimando as casas, queimando helicóptero. Olha só. O Presidente Jair Bolsonaro, que prometeu abrir os garimpos, está com o Exército há quase um ano lá dentro, queimando tudo, tocando fogo, tocando fogo.

    Vamos lá. E os madeireiros? Esses, coitados. Os madeireiros em Roraima são a base de uma economia, porque nós não temos as terras de Roraima, então eles ajudam muito. Nos Municípios de Iracema, Caracaraí, Mucajaí, Rorainópolis, São Luís. Estão sendo fechadas em Roraima 40 empresas madeireiras. Sabe por quê? Porque o Presidente Jair Bolsonaro colocou em Manaus um superintendente ecologista radical, que resolveu falir essas empresas, com decisões autoritárias e arbitrárias. Está fechando. São 15 mil empregos diretos que está tirando dos madeireiros. Os madeireiros estão trabalhando legalmente, não estou defendendo madeireira ilegal, não. Estou defendendo a legalidade. Então, pacote de maldade é nesse sentido.

    E para encerrar e para fazer um comparativo, a acolhida dos venezuelanos. Se a Presidente Dilma fosse Presidenta, a acolhida dos venezuelanos seria dentro da Venezuela, como ela fez no Haiti. Foram 11 anos no Haiti. Gastamos 150 milhões e resolvemos a situação do Haiti, cumprimos com a nossa parte, uma ajuda humanitária. Como é o Presidente Jair Bolsonaro, ele abraçou uma acolhida maldosa, feita pelo PMDB, porque o PMDB fez uma acolhida dentro do nosso Estado, na área urbana, de forma irresponsável, porque um país, Senador Paulo Paim, não cabe dentro de um Estado. Trinta milhões não cabem dentro de um Estado que não tem emprego, não tem nada, que vive, que tem 80% dos seus recursos como recursos públicos.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Só para ficar claro para mim, e eu acho que para milhões de pessoas que estão assistindo: são 30 milhões que estão ali?

    O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RR) – Trinta milhões de venezuelanos.

    Ora, na crise, quando você oferece, como o PMDB ofereceu, casa, salário de R$60,2 mil, avião para interiorizar e alimentação, fez um chamamento – fez um chamamento.

    O PMDB fez essa maldade com Roraima. Por quê? Porque havia um Senador que estava maculado com a candidatura em risco. Então, eles fizeram isso para encher Roraima, jogar Roraima no caos e fazer uma intervenção federal.

    A Governadora, abençoada por Deus, resistiu até as eleições. O Senador ladrão ficou de fora e Roraima ficou no fundo do poço. E o Presidente Jair Bolsonaro abraçou essa acolhida, Senador Girão, abraçou essa acolhida. Uma acolhida que só tem dado resultado negativo.

    O Governo do PMDB deu R$250 milhões para essa acolhida e, agora, o Presidente Jair Bolsonaro colocou mais de R$250 milhões para essa acolhida; ou seja, resumindo, se a Dilma fosse Presidente, com essa acolhida dentro da Venezuela, Roraima não estaria no caos. Como é o Presidente Jair Bolsonaro, ele deu continuidade em tudo que há de errado do PMDB e essa acolhida está destruindo, mais ainda, o Estado de Roraima.

    Eu fiz esse comparativo porque eu acredito ainda que o Presidente Jair Bolsonaro pode mudar nesses três anos que faltam no seu Governo a sua relação com o Estado de Roraima, mas, até agora, só foi pacote de maldade.

    Eu aqui queria dizer uma coisa: "Ah, o Telmário é da esquerda. O Telmário é da direita". Não, o Telmário é Roraima, eu sou Roraima! Entre Roraima e qualquer um, eu sou 200 mil vezes Roraima.

    Eu fui eleito pelo povo de Roraima para representar o meu povo, para cobrar políticas públicas para o meu povo, para representar o meu Estado.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Permita que eu dê um testemunho em razão desta sua declaração.

    Toda vez que tenho um ou outro tema, quando falo com V. Exa., V. Exa. diz: "Senador, eu o acompanho sempre, mas nas questões que eu entendo que vão atender o meu Estado, que é Roraima, eu tenho que encaminhar nesse sentido".

    Estou dando o meu testemunho. Aqui dentro V. Exa. faz um trabalho, eu digo, gigantesco em defesa do seu Estado.

    O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RR) – Obrigado, Senador Paulo Paim.

    A minha eleição, Senador Paulo Paim... Eu sou filho de um vaqueiro com uma empregada doméstica, a minha eleição foi para quebrar paradigmas. Eu fui eleito fora de todos os grupos políticos do meu Estado, em cima de uma pampa, então, quem votou no Telmário não votou para o Telmário roubar, não votou para o Telmário se ajoelhar, votou para o Telmário lutar por Roraima.

    Eu não tenho, Senador Girão e Senador Paulo Paim, um plano B para Roraima. Eu não tenho fora de Roraima uma caneta, uma caneta! Tudo meu é no meu Estado e tudo o que eu tenho no meu Estado eu comprei antes de ser político. Quem entra na política e fica rico está roubando, porque o salário não dá para enricar.

    V. Exa., Girão, é um empresário, sabe disso e aqui tem tido um grande destaque. V. Exa. é um dos destaques desta Legislatura e sabe disso, faz política com amor, com o coração, é importante, nesta Casa tem que ser assim.

    E, olha, eu digo isso com a autoridade de ter votado todos os projetos do Presidente Jair Bolsonaro, mais do que o próprio filho dele – mais do que o próprio filho dele! O nosso querido Senador Flávio não votou todos os projetos do Presidente e eu votei, inclusive os vetos – eu votei. Mas eu não votei para negociar cargos, eu não votei para negociar recursos, porque Roraima é maior do que a Presidência de uma comissão para mim. Roraima para mim é maior do que qualquer indicaçãozinha, Roraima para mim é maior do que recursos pontuais. Eu quero para o meu Estado é tirar os gargalos que travam o Estado que quer crescer. Eu quero para o meu Estado é tirar os gargalos que quer deixar Roraima respirar. Isso é que eu quero para o meu Estado.

    Uma coisa é você ser parceiro, outra coisa é você ser independente.

    Eu era líder do Prefeito Iradilson Sampaio, como Vereador, e eu cheguei a paralisar obra dele, mas aprovei todos os seus projetos, inclusive uma lei delegada, dando amplo poder para ele, com a oposição sendo maioria. Nós conseguimos isso.

    Então, você aqui, eu voto, votei tudo no Presidente Jair Bolsonaro, mas eu não posso me calar, não posso me calar numa hora em que os madeireiros já não têm o que fazer. Eu não posso me calar quando os garimpeiros estão morrendo, não têm o que comer. Eu não posso me calar quando o meu Estado tem hoje o maior índice de violência. Eu não posso me calar quando o agricultor familiar, o pequeno, não pode ser dono das suas terras. Eu não posso me calar quando nós temos mais de 10 mil servidores do ex-território de Roraima que ainda não tiveram, durante 30 anos, a oportunidade de serem enquadrados no Governo Federal. Eu não posso me calar, Senador Paulo Paim, quando Roraima deve 2 bilhões e o Governo Federal não negocia a prorrogação dessa dívida, e negociou com o Rio de Janeiro 63 bilhões por três anos e prorrogáveis por mais três anos. Eu não posso me calar quando muita gente quer investir no meu Estado, mas não pode, porque não há uma energia consolidada. Eu não posso me calar. Eu tenho que cumprir com o meu papel de legislador.

    E quero aqui mandar um recado para o Presidente desta Casa: Presidente Davi, quem muito se abaixa, o fundo aparece. V. Exa. até agora tem que trabalhado com muita maestria, mas V. Exa. tem que entender que o Congresso, que o Senado, tem que ter independência e o Executivo, Presidente Davi, está colocando a digital aqui dentro, ele está determinando quem vai ser Presidente desta ou daquela Comissão.

    Este Senado é plural. Este Senado tem que ter independência. Eu votei em V. Exa. acreditando numa mudança de comportamento e não acredito que V. Exa. vá se ajoelhar para o Executivo e permitir que o Executivo dite as normas aqui dentro, mudando inclusive acordo de V. Exa. para a Presidência das Comissões.

    V. Exa. pode se ajoelhar, é um problema é seu, mas eu jamais. Eu jamais, e V. Exa. sabe do que eu estou falando. Eu honro os meus compromissos, eu não traio os meus companheiros e, mais do que isso, Presidente Davi, eu sou independente.

    Muito obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/11/2019 - Página 6