Pela Liderança durante a 19ª Sessão Conjunta, no Congresso Nacional

Comentário sobre o indiciamento do Ministro do Turismo pela Polícia Federal, em razão de esquema de caixa dois e de candidaturas laranjas. Comentário sobre disparo em série de mensagens informado oficialmente pelo WhatsApp.

Autor
Humberto Costa (PT - Partido dos Trabalhadores/PE)
Nome completo: Humberto Sérgio Costa Lima
Casa
Congresso Nacional
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS:
  • Comentário sobre o indiciamento do Ministro do Turismo pela Polícia Federal, em razão de esquema de caixa dois e de candidaturas laranjas. Comentário sobre disparo em série de mensagens informado oficialmente pelo WhatsApp.
Publicação
Publicação no DCN de 10/10/2019 - Página 97
Assunto
Outros > ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS
Indexação
  • COMENTARIO, INDICIAMENTO, POLICIA FEDERAL, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DO TURISMO, CANDIDATURA, FRAUDE, ELEIÇÕES, POSSIBILIDADE, UTILIZAÇÃO, RECURSOS FINANCEIROS, CANDIDATO, PRESIDENTE DA REPUBLICA.
  • COMENTARIO, INFLUENCIA, COMUNICAÇÃO DE MENSAGENS, ELEIÇÕES, PRESIDENTE DA REPUBLICA.

    O SR. HUMBERTO COSTA (PT - PE. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, primeiramente, quero me associar integralmente ao teor das falas dos nossos companheiros, o Deputado Paulo Pimenta e a Deputada Gleisi Hoffmann, presidente do nosso partido. Nós exigimos respeito. Tudo tem limite, até mesmo a mentira, a calúnia, a desfaçatez e a cara de pau. Por essa razão, associo-me integralmente à decisão do nosso partido no sentido de que aqueles que nos atacarem terão que responder judicialmente por aquilo que fizeram.

    Mas eu sei por que isso está acontecendo. Isso está acontecendo porque esta semana a Polícia Federal indiciou o Ministro do Turismo por conta do esquema de caixa dois e de candidaturas laranjas. Há inclusive a denúncia de que ele teria utilizado dinheiro vivo em caixas de papelão para pagar serviços pelos quais sequer recebeu recibo. Agora também há informação de que esses recursos podem ter irrigado também a candidatura do Presidente da República.

    Trata-se de mais uma comprovação das fraudes acontecidas na eleição do ano passado. Para completar, hoje o WhatsApp oficialmente informou ao Brasil e ao mundo que é verdade que foram feitos disparos em série, pagos ilegalmente por empresas para atacar a candidatura do Partido dos Trabalhadores na eleição passada. Isso foi responsável pela vitória do Sr. Presidente da República. Tudo isso representa um processo corrompido. Uma vitória que se deu em cima das notícias falsas e do laranjal. Há uma sequência de investigações que vão mostrar isso, se não forem manipuladas pelo Ministro Sérgio Moro.

    Moro foi muito rápido em fazer a defesa do Presidente, isentando-o de qualquer responsabilidade. Mas como ele pôde atestar a inocência de Bolsonaro se ele não teve acesso ao inquérito policial? Ou, então, ele está interferindo diretamente no trabalho da Polícia Federal para salvar a pele do seu chefe e do seu entorno enlameado.

    Moro deve se preocupar em responder aos incontáveis crimes de que é acusado juntamente com outros agentes do Estado que agiam nos esgotos da Lava-Jato. A sua atuação ilegal desonrou a magistratura brasileira e escancarou seus projetos políticos pessoais. Eles ficam cada vez mais claros agora, quando o ex-juiz que fez o papel de acusador de Lula virou agora o defensor de Bolsonaro. Ao defender o Presidente, Moro desqualifica o inquérito em que o Presidente da República é citado como beneficiário de um esquema de caixa dois. Ou a delação só vale para condenar o Presidente Lula?

    A cada dia Moro se torna menor do que é, defensor de um Presidente e de um Governo envolvidos com milícias, com caixa dois, com laranjas e com todo tipo de irregularidades. É um fim triste, mesmo para uma figura microscópica como ele é.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DCN de 10/10/2019 - Página 97