Discurso durante a 213ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Lamento pela alta mortalidade infantil e as precárias condições de vida de crianças e jovens no Estado do Amazonas, conforme dados divulgados pelo Unicef.

Expectativa quanto à instalação de CPI para investigar as ONGs na Amazônia.

Autor
Plínio Valério (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Francisco Plínio Valério Tomaz
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DIREITOS HUMANOS E MINORIAS:
  • Lamento pela alta mortalidade infantil e as precárias condições de vida de crianças e jovens no Estado do Amazonas, conforme dados divulgados pelo Unicef.
MEIO AMBIENTE:
  • Expectativa quanto à instalação de CPI para investigar as ONGs na Amazônia.
Aparteantes
Jorge Kajuru, Simone Tebet.
Publicação
Publicação no DSF de 07/11/2019 - Página 25
Assuntos
Outros > DIREITOS HUMANOS E MINORIAS
Outros > MEIO AMBIENTE
Indexação
  • APREENSÃO, QUANTIDADE, MORTALIDADE INFANTIL, ENFASE, REGIÃO AMAZONICA, OBJETO, DIVULGAÇÃO, FUNDO INTERNACIONAL DE EMERGENCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFANCIA (UNICEF).
  • EXPECTATIVA, INSTALAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), OBJETIVO, INVESTIGAÇÃO, ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL (ONG), REGIÃO AMAZONICA, CORRELAÇÃO, MEIO AMBIENTE.

    O SR. PLÍNIO VALÉRIO (Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSDB - AM. Para discursar.) – Presidente Anastasia, Sras. Senadoras, Srs. Senadores, o assunto também é a Amazônia. Sou de um Estado, o Amazonas, que preserva a sua floresta em 97%. O nosso problema lá não é nem o ataque ao verde, o nosso problema maior é lidar com os dados sociais com que nós, todos os dias, convivemos.

    Agora, o Fundo das Nações Unidas para a Infância divulgou um relatório, que, simplesmente, se tivéssemos um pouco de sensibilidade, deixaria todos nós envergonhados, indignados. Os indicadores sociais que o Unicef divulga mostra que as crianças na Amazônia têm o maior risco de morrer antes de completar um ano e que aqueles que sobrevivem têm um risco enorme de não completar o ensino fundamental. Senador Kajuru, se eu estivesse aqui falando que derrubaram a floresta equivalente a cem campos de futebol, ficaria todo mundo horrorizado!

    Eu estou falando de uma região rica, em que as crianças correm um risco enorme de não sobreviver, de morrer até um ano de idade – dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância. São dados internacionais. O Unicef afirma que, de todas as regiões do País, é a Amazônia o pior lugar do Brasil hoje para ser criança, essa mesma criança que os demagogos vivem dizendo ser o futuro, a esperança do País!

    Eu combato aqui aqueles que eu chamo de cretinos, o pessoal de Hollywood, o pessoal de Ipanema, que pensa que a Amazônia – eu digo aqui sempre, Senador Anastasia – é aquele tapete verde com os índios sobrevivendo nas malocas, tomando banho nos igarapés de águas azuis, e não é! Eu venho aqui, desde que cheguei, muitas vezes, correndo o risco de ser chato, embora isso não me importe, a mostrar que, embaixo dessa floresta, existe o ser humano, e todos nós sabemos que vulnerabilidade social é sinônimo de vulnerabilidade ambiental.

    Essas ONGs – e ontem o Presidente Davi leu aqui um requerimento, vai ser instalada, sim, a CPI para investigar as ONGs na Amazônia – só querem falar de uma coisa que lhes interessa: arrecadar dinheiro e querer tornar a Amazônia um santuário, quando, na realidade, não é.

    Eu tenho afirmado aqui sempre, todos os dias... Eu vim para cá, o povo do Amazonas me mandou para cá, e, na campanha, eu dizia isto claramente: "Se você me mandar para lá, saiba que eu vou estar diariamente falando da injustiça, da vulnerabilidade, da demagogia, da cretinice daqueles que se autodenominam defensores de uma região que sequer conhecem".

    Olhem mais alguns dados do Unicef – e eu digo isto com tristeza: ao todo, 9 milhões de crianças vivem na Amazônia Legal, e os indicadores apontam que, nos nove Estados que compõem a região, cerca de 43% das crianças e dos adolescentes vivem em domicílio com renda per capita insuficiente para adquirir uma cesta básica. E não adquirem a cesta básica, sabe por quê, Presidente Anastasia? Porque não têm renda – não têm renda. Essa mesma Alemanha, que quer proteger a nossa floresta, não implanta uma fábrica da Mercedes-Benz, na Amazônia, para dar emprego e gerar renda.

    O caboclo e o índio não têm renda para comprar o açúcar, o óleo e o sal. Não tem renda e ele não pode matar um tracajá para vender e ele não pode arpoar um pirarucu a mais para vender. Ele não pode derrubar uma árvore para fazer o trapiche da sua casa. É cretinice, é demagogia de quem se autodenomina defensor da Amazônia.

    Eu sempre trago alguns dados e fujo deles, porque, graças a Deus, eu fico indignado todas as vezes que eu falo de Amazônia e dos cretinos. Quando eu falo dos ambientalistas da Noruega, da França e da Alemanha.

    Senadora Zenaide, o Canadá consome energia elétrica baseada no petróleo cinco vezes mais do que o Brasil. Canadá não tem 30 milhões, Senador Jean Paul Prates, de pessoas. Nós temos 220. A Noruega, que tem 5 milhões de habitantes, essa que quer sustentar o Fundo da Amazônia, que quer dizer o que a gente deve fazer, consome três vezes mais petróleo do que o Brasil – e é esse pessoal que quer dar lição.

    Graças a Deus! Deus atendeu às minhas preces para que eu pudesse um dia estar aqui, no Senado Federal, podendo mostrar essas mentiras e podendo fazer essas comparações. Já pensou o que é você, sua expectativa de vida de um ano, de um ano de idade. A senhora do setor de saúde, Senadora Zenaide, quem está dizendo é o Unicef, não é mais o Senador Plínio Valério, o amazonense Plínio Valério. Quem está dizendo é o Unicef no relatório divulgado internacionalmente.

    Também é na Amazônia Legal e aí inclui todos nós, Senadora Simone, que os assassinatos de jovens e adolescentes aumenta em ritmo mais acelerado no País. Entre 2007 e 2017, o número de homicídios de jovens cresceu acima da média nacional em quase todos os Estados que compõem a Amazônia Legal, enquanto que o homicídio de jovens de 15 a 19 anos aumentou 35%, no Brasil, na década, avançou muito mais na Região: no Acre, o aumento foi de 312%; no Amapá, 107%; no Amazonas, 117%; Roraima, 112%; Tocantins, 222%.

    Os dados não são do Senador amazonense Plínio Valério, são do Atlas da Violência, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Eu largo isso aqui sempre. Eu largo e me volto. Era muito importante. O Presidente Davi Alcolumbre tinha se comprometido e cumpriu o compromisso ontem, ao ler o relatório, assinado por 33 Senadores, que pede a instalação de uma CPI para investigar essas ONGs.

    Se eu estivesse aqui ao invés de trazer dados, Senador Anastasia, do Unicef, falando das nossas mazelas, falando do nosso abandono, falando do nosso problema e tivesse chegado aqui só: "Acabaram de derrubar um hectare de floresta, Senador Vital do Rêgo, lá no Amazonas" Aí, pronto. A mídia estava em cima de mim para entrevistar ali. "Derrubaram na Amazônia uma área equivalente a dez campos de futebol", estaria na mídia – mas não, não.

    Eu estou falando do abandono, da exploração sexual, da pedofilia, do crime do roubo, do assassinato, da falta de saúde e de saneamento, e a gente não pode tocar na floresta. A gente não pode tirar uma casca de árvore para fazer um chá, porque as ONGs não deixam.

    Lá, no alto Rio Negro, o ISA não deixa brasileiro entrar. E os aviões de carreira são lotados de canadenses, fazendo o quê? Benfeitorias. São altruístas. Por coincidência, lá em São Gabriel, está a maior reserva de nióbio do mundo. Por coincidência, o Canadá é o que mais explora o nióbio no Planeta.

    Então, Senador Presidente Anastasia, Sras. Senadoras e Srs. Senadores, os dados são arrasadores, são humilhantes, são vergonhosos. A gente está falando daquela criança abandonada no Beiradão, na Amazônia.

    Em 2016, 1,225 mil morreram antes de completar um ano no meu Estado, no Amazonas.

    Já lhe concedo o aparte com prazer, Senadora Simone.

    Deixe-me repetir...

(Soa a campainha.)

    O SR. PLÍNIO VALÉRIO (Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSDB - AM) – ... em 2016, 1,225 mil crianças morreram antes de completar um ano no Amazonas. E os dados só pioram. Os dados só pioram.

    Eu ouço, com muito prazer, a nossa estimada Senadora Simone Tebet.

    A Sra. Simone Tebet (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MS. Para apartear.) – Obrigada, Senador Plínio.

    Eu não poderia deixar de fazer um aparte para V. Exa., primeiro, para parabenizá-lo pelo tema que traz, especialmente no dia de hoje, em que saiu o último dado do IBGE. Já foi dito aqui, salvo engano, pelo Senador Humberto Costa, de que o Brasil bateu o recorde de pessoas abaixo da linha da pobreza, portanto, já consideradas miseráveis. São 13 milhões. Nós saltamos de 4,5%, em 2014, para 3,8% em menos de cinco anos, Senador Plínio.

    Alguma coisa está errada, além da crise econômica que nos assolou, dos erros de gestão, sejam de que Governos forem. Eu não quero aqui olhar o passado, apontando o dedo, nem colocando culpa em partido A ou B, porque eu não quero trazer ideologia para o processo. Ao contrário, é a ideologia, é o radicalismo das ideias que está matando o Brasil.

    O que está matando essas crianças do seu Amazonas, o que está matando a floresta lá no meu Pantanal, que é a falta de recursos para investimento, é uma falta de visão mais coerente, mais racional da classe política brasileira, de pensar o Brasil apesar das diferenças, de sentar para dialogar independentemente das diferenças.

    Está na hora de a direita e de a esquerda, de a extrema, de um lado, ou de o extremo, do outro...

(Soa a campainha.)

    A Sra. Simone Tebet (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MS) – .... deixar as divergências de lado e ver o que, de fato, tem convergência. Qual é a convergência, aquilo que nos une? O que une os Deputados da esquerda e da direita e os Senadores? O amor pelo País, a vontade de servir às pessoas, o desejo imensurável que sei que há no coração de cada um dos Deputados e Senadores do Brasil de diminuir essa vergonhosa desigualdade social.

    Ora, se temos isso como referência, vamos aproveitar esse eixo para debater de forma civilizada.

    Vi aqui o desabafo mais do que justo – e tem aqui a minha solidariedade o Senador Randolfe. Em que isso contribui para o País? Aliás, o que isso contribui para a nossa imagem, para que nós tenhamos legitimidade para falarmos o que precisa ser dito e para fazer o que precisa ser feito pelo País e pelas pessoas?

    Como é que eu vou ter credibilidade de dizer algo com que possa até a população não concordar, e as pessoas dizerem "eu não concordo, mas pelo menos ela está sendo sincera", se nós aqui ficamos nos digladiamos em teses e em teorias?

    Eu quero parabenizar V. Exa. pelo pronunciamento e dizer que, agora, votada a reforma da previdência, com esse novo pacto federativo, com esses projetos, nós temos que ter um olhar social em cada um dos votos que dermos aqui.

    Os projetos, eu já tenho dito, não é porque chegaram da forma que chegaram que precisam sair daqui da forma que entraram; ao contrário. Temos que discutir a questão dos fundos, se efetivamente esta economia, entre aspas, ou este retorno a tirar o carimbo dos fundos constitucionais de R$280 bilhões tem que realmente ir para pagar serviço da dívida ou se tem que ir para obras de infraestrutura, como foi muito feliz da fala do Senador Weverton hoje na CCJ ...

(Soa a campainha.)

    A Sra. Simone Tebet (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MS) – ... porque nós sabemos que, aí sim, nós vamos alavancar a construção civil, que é a que mais gera emprego, que é a capaz de tirar o trabalhador da miséria.

    Então, tudo isso tem que ser debatido com a maior urgência para tirarmos suas crianças, que são nossas. As crianças da Amazônia são os nossos filhos, e nós temos que, numa ampla união, agora, ter o olhar social do Brasil como um todo.

    Parabéns a V. Exa.

    Finalizo também comungando com V. Exa., é importante pensar a Floresta Amazônica como fator que fomente o desenvolvimento do seu Estado e dos Estados amazônicos. Preservar, sim, a floresta em pé, o que não significa não a utilizar de forma sustentável, a servir de alimento, de geração de renda para a população dos Estados do Norte.

    Parabéns a V. Exa., mais uma vez.

    Desculpe, Sr. Presidente, acabei me delongando, fiquei empolgada, porque o tema é um tema que toca a todos nós.

    Parabéns.

    O SR. PLÍNIO VALÉRIO (Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSDB - AM) – Obrigado, Senadora Simone. A senhora sempre enriquece todo e qualquer discurso proferido aqui desta tribuna.

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – Senador, amigo Plínio.

    O SR. PLÍNIO VALÉRIO (Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSDB - AM) – Pois não, Senador Kajuru.

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – Posso falar isso?

    O SR. PLÍNIO VALÉRIO (Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSDB - AM) – Sim, a recíproca é verdadeira.

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – Aqui eu tenho um colega e eu tenho um amigo.

    O SR. PLÍNIO VALÉRIO (Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSDB - AM) – Eu sou seu amigo.

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO. Para apartear.) – Eu também sou. Aliás, olhando aqui, graças a Deus, só tem amigos, porque...

(Intervenção fora do microfone.)

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – ... eu olho para não tenho dúvida, porque, Senadora Tebet, Churchill dizia no Parlamento inglês: "Pássaros e porcos, eu já estou voando com alguns".

    Mas, permita-me acompanhar na íntegra a fala rica da Senadora Simone em relação ao seu pronunciamento. Mas, Senador Anastasia, é rapidinho. Eu sei que o senhor tem adoração por ele, e eu tenho – sou amigo dele desde o Clube da Esquina em BH. Eu falo da voz linda de Milton Nascimento, desse brasileiro.

    Há poucos dias ele fez uma declaração...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) – ... sobre o lixo da música brasileira hoje.

    E a Senadora Tebet lembrou-me aqui da falta de amor ao País. Eu quero aqui dizer à Pátria amada e aos músicos brasileiros, às anittas do Brasil, aos luans do Brasil, quando alguém me pergunta, Senador Anastasia, se eu, Kajuru, já fui torturado, eu respondo que eu sou torturado todo dia. Eu tenho que ouvir Zezé Di Camargo, Wanessa Camargo, Anitta, Luan Santana. Isso é uma tortura.

    Então, aproveitando a fala da Senadora Simone, que é mulher e, normalmente a mulher é mais sensível, gosta da música, da poesia, da letra, Senador Plínio, lembramos nós aqui, quando se cantava O Amor ao meu País, música de Ivan Lins e Vítor Martins, "o amor ao meu País", ou seja, se cantava o amor à Pátria amada. Então, se propagava o quê? Propagava-se solidariedade, amor, amizade, respeito, mas esse ódio saturnal, saturnal, de pessoas inclusive aqui do Congresso, como bem lembrou a Senadora Simone...

    Senador Plínio, o senhor fala da Amazônia com amor, tanto que o senhor fala de improviso, o senhor fala de coração.

    Então, parabéns e desculpe sair um pouco aí do tema, da pauta, para falar de música, porque eu sou uma pessoa que vivo de música, literatura e pintura. O resto, já não me tem nenhum interesse.

    O SR. PLÍNIO VALÉRIO (Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSDB - AM) – Obrigado, Senador Kajuru. Já dizia, mas é uma música, mais ou menos, "o mundo inteiro cabe num verso de amor". Então, falar de amor é falar de tudo.

    Um minuto, e eu encerro, Presidente.

(Soa a campainha.)

    O SR. PLÍNIO VALÉRIO (Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSDB - AM) – E eu encerro, Senadora Simone, falando exatamente desse perigo. Eu comecei o discurso falando da vulnerabilidade social, que gera vulnerabilidade ambiental. O relatório do Unicef expõe tudo isso. Demonstra que a Amazônia não é só mato e água doce; demonstra também que o povo da Amazônia, em especial nossas crianças e adolescentes, precisam ser cuidados. Hoje vivem na água, mas sem água, sem saneamento.

    E eu vou estar sempre aqui me contrapondo a essa hipocrisia daqueles que acham que deixando a floresta em pé na Amazônia, suas nódoas ambientais, seus pecados ambientais estão perdoados. Não estão. O Europeu tem pecado ambiental, tem nódoas ambientais e não vai colocar em nós, porque nós sabemos lidar com a floresta.

    E acima de tudo, nós temos que ter a luta, Sr. Presidente, lutar pelos nossos irmãos, pelas crianças, resgatar a dignidade de um povo que vive sempre sendo explorado.

    Obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/11/2019 - Página 25