Pronunciamento de Marcos Rogério em 03/12/2019
Discurso durante a 237ª Sessão de Premiações e Condecorações, no Senado Federal
Sessão de Premiações e Condecorações destinada à entrega da Comenda Dorina de Gouvêa Nowill.
- Autor
- Marcos Rogério (DEM - Democratas/RO)
- Nome completo: Marcos Rogério da Silva Brito
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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HOMENAGEM:
- Sessão de Premiações e Condecorações destinada à entrega da Comenda Dorina de Gouvêa Nowill.
- Publicação
- Publicação no DSF de 04/12/2019 - Página 20
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM
- Indexação
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- SESSÃO ESPECIAL, PREMIO, CONDECORAÇÃO, COMENDA.
O SR. MARCOS ROGÉRIO (Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - RO. Para discursar.) – Presidente desta sessão de condecoração e do Conselho da Comenda Dorina de Gouvêa Nowill, Senadora Daniella Ribeiro, a quem saúdo pela organização, pela coordenação deste momento tão solene, tão especial a todos nós; membros do Conselho da Comenda – Senador Arolde de Oliveira, Senador Flávio Arns, Senador Romário, Senadora Zenaide Maia –, quero saudar a Senadora Soraya Thronicke e a todos os senhores e as senhoras.
Eu queria fazer um registro, Sra. Presidente, em relação à instituição cuja indicação me coube fazer para esta justa homenagem.
O Hospital Santa Marcelina de Rondônia iniciou sua existência em 1954 no então Território Federal do Guaporé, no km 17 da BR-364, no atual Estado de Rondônia, ainda como colônia agrícola, cuja finalidade era abrigar portadores de hanseníase.
Denominada de Colônia Jaime Abem Athar, a instituição passou por períodos de grandes dificuldades financeiras, a ponto de seus pacientes terem de conviver em um ambiente de privações extremas.
Em 1970, no entanto, a colônia passou a ser administrada pelo Pe. Salesiano José Sardo, que, quatro anos mais tarde, convidou a Irmã Marcelina Giuseppina Rainieri para assumir a condução da instituição.
Em 1975, as irmãs marcelinas, sob o comando da Irmã Giuseppina Rainieri, assumem definitivamente a instituição, contando com o apoio, a dedicação e o trabalho das primeiras missionárias: Irmãs Rosa Gambella, Dolores Greco e Libera Tedesco.
Em 1993, a colônia, então, passa a se chamar Comunidade Santa Marcelina, em referência à padroeira da congregação das irmãs, posteriormente transformada no atual Hospital Santa Marcelina de Rondônia.
Localizado em uma área de 300ha, no meio da Floresta Amazônica, próximo a Porto Velho, o hospital floresceu e hoje atende não só a população de Rondônia, mas também habitantes do Sul do Estado do Amazonas e do Estado do Acre, que também podem usufruir dos seus serviços.
Em 2018, o Hospital Santa Marcelina de Rondônia, que hoje conta com 132 leitos, registrou 5.046 internações, realizou 3.546 cirurgias, efetuou 34.714 atendimentos ambulatoriais e acolheu 12.779 pacientes na sua oficina ortopédica, e 64.031 no centro especializado em reabilitação. Na verdade, a antiga colônia de tratamento de hansenianos converteu-se, graças à administração competente e cristã das irmãs marcelinas, em um complexo hospitalar que reúne um ambulatório, um centro médico, com seis salas de cirurgia, um centro oftalmológico, um centro auditivo, um centro de terapia da pele, um centro de reabilitação física e uma oficina ortopédica.
Trata-se de uma conquista espetacular de uma instituição cujos cuidados médicos que provê são indispensáveis para a assistência gratuita de dezenas de milhares de pacientes por ano, em região ainda muito carente da prestação de serviços públicos básicos essenciais pelo Estado.
Hoje o hospital conta com uma equipe médica de notória competência, abrigando médicos especializados em cardiologia, cirurgia geral, cirurgia pediátrica, cirurgia plástica, dermatologia, neurologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, ginecologia, mastologia, nefrologia, urologia, ortopedia, entre outras áreas, perfazendo um total de 24 especialidades. No hospital, cuja competente direção está a cargo da Irmã Lina Ambiel, trabalham 62 médicos e cerca de 300 funcionários. Há que se destacar que o hospital não se preocupa apenas em prover serviços médicos de qualidade, mas também oferecer tratamento humanitário a todos que procuram e necessitam dos cuidados que a instituição disponibiliza.
Nesse sentido, o hospital promove campanhas e realiza oficinas, por exemplo, de arteterapia e de gameterapia, a fim de auxiliar os pacientes a superar os momentos mais difíceis. A oficina ortopédica, por exemplo, possui uma impressora 3D capaz de produzir órteses e próteses a um custo muito baixo, cujos preços do mercado são extremamente elevados – como sabemos.
Por todas essas razões, as mais nobres, conforme destaquei, é que tive a honra de indicar, sem nenhuma hesitação e com plena convicção dos inegáveis méritos da instituição, o Hospital Santa Marcelina de Rondônia para que fosse agraciado com a Comenda Dorina de Gouvêa Nowill.
A comenda que hoje todas as instituições aqui recebem é entregue ao Hospital Santa Marcelina de Rondônia, e eu fiquei extremamente honrado em ter a oportunidade de estar no Senado Federal hoje e prestar uma justa homenagem a uma instituição que Rondônia e os rondonienses aplaudem, porque conhecem o seu trabalho, porque conhecem a sua relevância, porque conhecem a sua seriedade.
O Senado Federal homenageia, através desse prêmio, dessa comenda, o Hospital Santa Marcelina.
Muito obrigado a todos. (Palmas.)