Pronunciamento de Flávio Arns em 10/12/2019
Discurso durante a 245ª Sessão de Premiações e Condecorações, no Senado Federal
Sessão de Premiações e Condecorações destinada à entrega da Comenda Zilda Arns.
- Autor
- Flávio Arns (REDE - Rede Sustentabilidade/PR)
- Nome completo: Flávio José Arns
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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HOMENAGEM:
- Sessão de Premiações e Condecorações destinada à entrega da Comenda Zilda Arns.
- Publicação
- Publicação no DSF de 11/12/2019 - Página 12
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM
- Indexação
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- SESSÃO ESPECIAL, HOMENAGEM, CONDECORAÇÃO, COMENDA, ZILDA ARNS.
O SR. FLÁVIO ARNS (Bloco Parlamentar Senado Independente/REDE - PR. Para discursar.) – Quero cumprimentar o Senador Veneziano, que está presidindo esta sessão tão bonita, os demais Senadores que compõem a Mesa, os agraciados, as agraciadas, as pessoas todas aqui no Plenário e todos os que nos acompanham pelos meios de comunicação do Senado Federal.
Eu acho que tanta coisa bonita já foi lida pelo Senador Veneziano, mas é importante destacar que eu sempre a chamava de Tia Zilda, irmã do meu pai. Eram em 13 irmãos: D. Paulo Evaristo Arns, Cardeal de São Paulo era um deles; um outro franciscano, Frei João Crisóstomo Arns, que o José Álvaro também conheceu bem porque nós fomos colegas de colégio também; e três tias freiras das ordens das Irmãs Escolares de Nossa Senhora.
A Tia Zilda teve a vida dedicada justamente à promoção da vida, e ela sempre dizia: "Vida em abundância!", o quer dizer ter os direitos assegurados, educação, saúde, assistência, casa, comida, organização do povo. E hoje ainda a Pastoral da Criança acompanha quase 1 milhão de crianças no Brasil, com 160 mil voluntários. Imaginem em 36 anos, porque tudo começou lá em 1983, em Florestópolis no Paraná. Hoje, a pastoral está ainda em 4.300 Municípios do Brasil, em cerca de 20 países do mundo. E ela, em 2010, como foi dito, teve a vida – usando a palavra – ceifada pelo terremoto, porém a presença dela, a obra dela continua intensa pelo Brasil. E a nossa caminhada tem que ser no sentido de valorizar, de prestigiar, para que isso continue. Isso é muito importante para a criança, para a organização do povo, medidas simples. Ela usava uma frase bonita em que dizia: "Nunca devemos complicar o que pode ser pode ser feito de maneira simples". Então, era o soro caseiro, cozinha alternativa, farmácia alternativa, farinha multimistura. Isso mudou, salvou crianças e adolescentes aos milhares no Brasil.
Então, eu quero dizer da alegria de estarmos aqui. Quero saudar as pessoas de Santa Catarina também que estão aqui representando a família Kuerten, que tanto tem se dedicado à pessoa com deficiência, porque a gente sempre dizia: a Pastoral da Criança promover a vida e a saúde é um lado da moeda; o outro lado da moeda é prevenir a deficiência. Se você tem vida e saúde, você previne deficiências. O Guga está aqui também.
Mas eu quero dizer do Pequeno Príncipe, que está aqui também sendo homenageado: a tia Zilda ficou 11 anos no Hospital Pequeno Príncipe, como estudante e como médica; 11 anos lá com o Dr. César Pernetta, Raul Carneiro, na época Hospital César Pernetta. E lá ela disse: "Olhe, gente, a gente pode se unir para promover a saúde; não curar a doença, mas promover a saúde, evitar doenças, fazer com que as pessoas tenham mais vida e saúde e vida em abundância". Então, que bom que estamos aqui.
Dias 10, 11 e 12 de janeiro, em Curitiba, haverá o tríduo, como a gente fala, pelos dez anos de falecimento dela. Então, 10, 11 e 12, na sede da Pastoral, Museu da Vida, também com a participação de milhares de pessoas do Brasil, para a gente também homenageá-la. Mas acho que a melhor homenagem – a figura dela está aí estampada também no painel aqui do Senado Federal – é dizer: "Olhe, tia Zilda, Dra. Zilda, Zilda Arns, mãe, pediatra, sanitarista, estamos juntos!".
Vamos em frente porque juntos, com solidariedade, como ela dizia – a chave de tudo é solidariedade, a frase é dela – a gente pode transformar o mundo. Parabéns! Vamos em frente! (Palmas.)