O SR. PRESIDENTE (Weverton. Bloco Parlamentar Senado Independente/PDT - MA) – Eu, mais uma vez, gostaria de agradecer o Presidente Osmar e todos os Vereadores que tiveram oportunidade de fazer aqui o uso da palavra.

    Eu quero dizer aos senhores que nós temos uma missão, óbvio, muito importante. Eu costumo dizer que, nos aniversários, é hora de você, sim, comemorar, porque é hora sempre de lembrar que chegamos até aqui, é hora de tomar um copo de água e se lembrar de onde veio e para onde quer ir. Então, eu não tenho dúvida de que jamais nós iríamos falar que, num aniversário, tudo ficou perfeito e que os problemas, Vereador Genival, não existem. É óbvio que existem em uma cidade como a nossa, São Luís. Nós sabemos o quanto é desafiador fazer uma gestão, como o Prefeito Edivaldo e outros Prefeitos, vários outros que passaram por lá, e o quanto é desafiador perceber que, para resolver os problemas, nós precisamos primeiro mudar as culturas. E a nossa primeira cultura – e eu tenho tentado construir isto já nesta nova Legislatura aqui no Senado Federal – é a de mostrar que não existe salvador da Pátria. Eu não acredito... O único salvador da Pátria, que está acima de todos nós, é Deus, mas, aqui, na Terra, nós precisamos estar sempre em grupo. É um esporte coletivo: cada um precisa ter a sua posição e saber a sua função. Se nós conseguirmos alinhar o Senado Federal, a Câmara dos Deputados, o Poder Federal, o nosso Poder estadual, o Legislativo estadual ao Legislativo municipal, ao Executivo estadual e ao Executivo municipal, nós começaremos, de verdade, a enfrentar os problemas estruturantes que a nossa capital e o nosso Estado enfrentam.

    Eu tenho o maior carinho por São Luís. Vou agora, logo após o Carnaval, receber o título de filho da cidade. Todos sabem que sou de Imperatriz, filho da região tocantina, mas agradeço muito o carinho com que São Luís recebeu a mim, a minha família, todos nós.

    Eu não tenho dúvida de que ali há muito o que fazer, assim como no Estado. Agora mesmo, eu quero agradecer em público o Deputado Pedro Lucas e o Deputado Gastão Vieira, assim como toda a bancada federal, porque nós começamos a dar um passo, que ainda não é o total, mas vamos iniciar a fazer boas práticas. A única bancada do Brasil que está destinando uma parte do seu recurso de bancada federal para começar a enfrentar problemas estruturantes é a do Maranhão. (Palmas.)

    Todas fizeram divisões de seus recursos – não condenando e dizendo que está errado – de acordo com a indicação individual de cada Parlamentar. Agora, nós conseguimos que metade desses recursos fosse para políticas, por exemplo, de saúde pública do Estado. A bancada federal está destinando R$50 milhões para ajudar a manter os nossos hospitais abertos. Nós estamos destinando vários milhões de reais para nossas estradas, que nós sabemos que estão acabadas e que precisam ser recuperadas. Mas o mais importante: são os projetos novos, como, por exemplo, o recurso que vai garantir o projeto da duplicação daquela estrada que liga Caxias a Timon e da estrada que liga Açailândia a Imperatriz. Só para vocês terem uma ideia rápida, nos últimos quatro anos, morreram 503 pessoas nesses dois trechos no nosso Estado. É inadmissível, em pleno século XXI, ainda perdermos vidas por conta de infraestrutura, por conta de logística.

    Aqui poderia falar a tarde toda de desafios, como, por exemplo, o que eu já lancei para a nossa bancada: os projetos. Nós conseguimos agora esse recurso para fazer o projeto dessas duas estradas. O ano de 2020 será para executar esse projeto – quase R$20 milhões em projeto. A partir daí, saberemos quanto custam essas duas aplicações para poder destinar também, ao longo dos próximos anos, essa solução.

    Como eu tenho dito aqui, partindo para o encerramento, isso é o que nós precisamos fazer. A sociedade está... É claro que essa situação é muito culpa nossa, da política. Eu digo "nossa" porque todos que fazem política têm que saber fazer mea-culpa, têm que saber pedir desculpas e têm que saber corrigir o erro. A política precisa reconquistar – assim como num casamento se precisa reconquistar – a sociedade e a população e mostrar que ela é, sim, um instrumento para resolver os problemas. E o único instrumento é a democracia.

    Aqui, nesta Casa, nós temos o Presidente Davi Alcolumbre, que tem, junto com seus pares, no momento de um debate muito acalorado, enfrentado todos esses temas. Nós sabemos o quanto isso é difícil, porque sabemos que muitos ainda não compreenderam a importância que tem o Legislativo, o Parlamento, e nós não podemos fazer o jogo do incentivo, simplesmente com palavras rasas, rasteiras, pequenas, que levam ao ódio, que levam ao fascismo, que levam ao estímulo simplesmente do fechamento da porta da democracia. Então, nós precisamos, juntos, enfrentar esses problemas, e os senhores têm esse desafio enorme.

    São Luís precisa da união de todos. Nós temos problemas nos canais lá, quando começa a chover – os senhores sabem disso –, que precisam ser resolvidos. Nós temos vias ainda muito curtas para as quais precisam ser criadas novas soluções, novas travessias. Nós precisamos melhorar mais ainda vários serviços. Por isso, estamos aqui de mãos dadas com o Prefeito Edivaldo, com todos vocês e com a nossa bancada para continuarmos trabalhando.

    Registro, claro, esta parceria que há hoje, de concreto, do Governador Flávio Dino com o Prefeito de São Luís, com o Presidente da Assembleia Legislativa e toda aquela Casa, com o Deputado Othelino Neto, juntamente com o Presidente Osmar Filho e todos os senhores. Assim, nós começamos a construir este novo momento, que não é ideológico; é o momento prático de dizer que, unidos, nós podemos, de forma mais organizada, enfrentar os problemas.

    Então, cumprindo a finalidade desta sessão, eu agradeço a todas as personalidades que nos honraram com seu comparecimento e declaro encerrada a presente sessão. (Palmas.)