Pronunciamento de Soraya Thronicke em 11/12/2019
Discurso durante a 246ª Sessão de Premiações e Condecorações, no Senado Federal
Sessão de Premiações e Condecorações destinada à entrega da Comenda de Direitos Humanos Dom Helder Câmara.
- Autor
- Soraya Thronicke (PSL - Partido Social Liberal/MS)
- Nome completo: Soraya Vieira Thronicke
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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HOMENAGEM:
- Sessão de Premiações e Condecorações destinada à entrega da Comenda de Direitos Humanos Dom Helder Câmara.
- Publicação
- Publicação no DSF de 12/12/2019 - Página 27
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM
- Indexação
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- SESSÃO ESPECIAL, CONDECORAÇÃO, COMENDA, DIREITOS HUMANOS, DOM HELDER CAMARA.
A SRA. SORAYA THRONICKE (Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSL - MS. Para discursar.) – Bom dia, Sr. Presidente; bom dia a todos os Senadores, a todos os convidados, a todos os homenageados, aos servidores, ao Brasil inteiro.
É emocionante participar deste momento, porque a gente volta os nossos olhos, o nosso coração, a nossa concentração para o ser humano. No dia a dia, nós ficamos atribulados com tantas coisas, com tantos problemas do cotidiano da vida prática, mas a gente não pode isso perder aqui. Porque aqui a gente vê de tudo; como os médicos em hospitais, como vocês mesmos veem e têm de encarar, como a Ministra Damares tem que encarar fatos e situações, e nem chorar a gente pode na frente daquelas pessoas. E lembro que a gente, mesmo depois de tanto ver, não pode perder a sensibilidade jamais.
Eu vou ser breve, para poder ouvir todos. Eu quero parabenizar todos os agraciados. Do meu Estado, nós temos o Sr. Aleixo Paraguassú Netto, que o Senador Nelsinho está homenageando. Quero parabenizar a Comunidade Nova Aliança, o Frei Hans, do Senador Eduardo Gomes; a Nova Aliança, do Senador Styvenson Valentim; o Sr. Marcos Dionísio, que é homenageado pelo Senador Jean Paul Prates; a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília, pela Senadora Leila Barros; a Rosa Geane Nascimento Santos, pelo Senador Alessandro Vieira; e a Ministra Damares. Foi briga para homenagear a Ministra Damares, foi briga: "Eu que quero", "eu que quero", "eu que quero". Então, é uma honra. Sinta-se homenageada por todos. O seu nome acabou sendo indicado pelo Senador Chico Rodrigues, mas a gente vai ter a honra de poder fazer isso, tamanha foi a briga.
E a minha homenageada, a Irmã Silvia, tão famosa em Mato Grosso do Sul, tão conhecida! Irmã Silvia chegou da Itália e desenvolveu um trabalho com pessoas com hanseníase. Irmã Silvia não vai se lembrar de mim, mas a minha mãe é uma frequentadora assídua, ajuda o Hospital São Julião, que a Irmã Silvia administra com tanto amor. É ajudado por evangélicos, por católicos, por espíritas. Todos abraçam a causa lá da Irmã Silvia. Esse hospital virou referência na América Latina. Quando criança, eu o frequentava, porque eu ia com a minha mãe, frequentava mais, ia no Natal, enfim... O seu trabalho, Irmã Silvia, é digno demais, é a sua marca em Mato Grosso do Sul, na América Latina, no mundo. Para cuidar dessas pessoas naquele tempo em que o preconceito era muito maio, muito maior... O seu amor, o fato de abraçar essa causa nos emociona e a senhora merece realmente, como todos aqui, todas as honras, todas essas honras.
E, por fim, só uma questão sobre direitos humanos. Eu vi aqui que a Juíza de Direito Dra. Rosa Geane trabalha tanto nas causas de crianças e adolescentes, como nas da mulher. A Ministra Damares costuma falar da questão dos direitos humanos seletivos. Ficamos um tempo focados apenas no direito das mulheres, só se fala em mulheres... E, dias atrás, nós tivemos aqui um bate-papo, num projeto de lei, que é feito para direcionar, para colocar no ensino fundamental, ensinar às crianças que não se pode tratar mal uma mulher, não se pode violentar uma mulher. E eu questionei o seguinte: muitas vezes aquela criança, que está ali ouvindo, naquela aula, que não se pode violentar a mulher, é violentada. Ela nem sabe, muitas vezes, que até sofre um abuso sexual, porque não entende, muitas vezes, o que é aquilo; nasce naquele meio e aquilo vira normal. Às vezes, ela apanha, mas aí ela tem que ter aquela questão ali de proteger a mãe, que, de repente, apanha também. Então, isso é muito sério! A criança fica confusa. Então, direitos humanos para todos! Na minha opinião, nós temos que ensinar que é para todos: é para o animal, é para o vovô, que está em casa, para a vovó. Nós temos essas pessoas que são mais vulneráveis. Então, não dá para ensinar a uma criança que só não pode cometer isso com a mulher, porque a mulher, graças a Deus, hoje ainda tem acesso a um telefone, pode telefonar; ela sai, ela pode ir para a rua e pode parar numa delegacia. E essa criança que nem o telefone pode pegar?
E que nós consigamos abrir os nossos olhos para todos! Direitos Humanos para todos, absolutamente todos! Essa é uma grande lição da Ministra Damares, que vem focando isso.
Parabéns!
Gente, eu quero ouvi-los, tá?
Que Deus os abençoe e que a gente possa sempre ter os nossos olhos voltados para isto e nos unirmos para isto: para cuidar dos seres humanos e dos seres vivos.
Muito obrigada.