Pela ordem durante a Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Solidariedade com a Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e críticas ao advogado Antônio Carlos de Almeida Castro.

Autor
Eduardo Girão (PODEMOS - Podemos/CE)
Nome completo: Luis Eduardo Grangeiro Girão
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
PODER EXECUTIVO:
  • Solidariedade com a Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e críticas ao advogado Antônio Carlos de Almeida Castro.
Publicação
Publicação no DSF de 05/02/2020 - Página 71
Assunto
Outros > PODER EXECUTIVO
Indexação
  • SOLIDARIEDADE, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA MULHER DA FAMILIA E DOS DIREITOS HUMANOS, CRITICA, DESRESPEITO, ADVOGADO, REU, OPERAÇÃO LAVA JATO.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE. Pela ordem.) – Só enquanto o Senador Elmano Férrer se encaminha para a tribuna, eu queria fazer rapidamente uma questão de ordem de um assunto que tem me preocupado muito – e o senhor sabe disso: o nível de polarização que a gente ainda vive pós-campanha eleitoral é algo preocupante, que chega ao nível do desrespeito, ao nível da agressão. Isso é extremamente preocupante para aqueles que acreditam que a cultura do diálogo e da paz é o melhor caminho.

    Aconteceram aí no final dessa semana – e a gente acompanhou – as agressões que ocorreram, via redes sociais, do artista José de Abreu à Regina Duarte, à nova Secretária da Cultura. Ali já me acendeu o sinal amarelo, neste momento do retorno ao segundo ano de mandato meu.

    Mas algo que me deixou estarrecido foi a agressão do advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, que é muito conhecido no meio jurídico como Kakay, defensor de vários réus da Operação Lava Jato. Ele fez uma agressão a uma mulher, que é uma mulher honrada, uma mulher que, como o senhor conhece, tem um histórico de diálogo, de respeito às pessoas, de tolerância. E não é qualquer mulher também, pois, mesmo sendo uma Ministra de Estado, é uma mulher respeitada, que é a Ministra Damares Alves, Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. O senhor, inclusive, preside a CDH aqui, no Senado Federal...

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Ela já esteve na Comissão por duas vezes. Foi convidada e veio.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) – Isso, exatamente! Eu estava presente, inclusive.

    Então, assim, a partir do momento em que uma pessoa, um advogado – porque ela é advogada também, a Damares – utiliza uma rede social para agredir, de forma grosseira, vulgar, uma mulher e sua família... Porque não foi a Damares apenas, foi a família, os pais dela. Eu não vou citar aqui o que foi falado, porque eu não tenho coragem de falar a palavra que foi dita com relação à Damares, mas eu quero dizer que eu conheço a Damares há muitos anos, estivemos muitas vezes juntos aqui, no Congresso Nacional, há mais de dez anos, em mobilizações pacíficas em favor de causas do Brasil sem Drogas, do Brasil sem Aborto, pela valorização da família, da vida humana, contra a ideologia de gênero. E Damares chegou ao Ministério sem nenhuma articulação – você sabe disso –, nem de partido político, nem de Parlamentares; ela chegou pelo reconhecimento, Senador Elmano Férrer, que também conhece a Ministra Damares, pela sua história de vida, por sua capacidade de gestão e liderança.

    Agora, como Ministra de Estado, tem incomodado alguns setores da sociedade pela sua postura firme, convicção, seus valores, seus princípios, que têm mantido uma coerência com a sua vida. Ela não incomoda porque está participando de esquema de corrupção, desviando dinheiro público da saúde, da educação ou da Petrobras; ela incomoda muito exatamente pela sua coerência no pensar, no falar e no agir, que é isso que ela está fazendo. Eu considero um dos ministérios mais proeminentes, que está fazendo um dos melhores trabalhos aqui, no Governo Federal, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

    O Brasil tem hoje uma Ministra comprometida com a justiça, com a diminuição das desigualdades sociais, com a diminuição da violência, com a prevenção do aborto, com a prevenção do suicídio, com a preservação dos valores da família, que incluem, de maneira muito forte, a responsabilidade com o sexo. Ela lançou, essa semana, uma campanha nacional histórica, inovadora, algo que nunca foi feito no Brasil por nenhum governo, que é para a prevenção à gravidez indesejada. Olha que coisa bonita, um trabalho lá na ponta, de conscientização. Isso, inclusive, evita a consequência do aborto, por exemplo. Inclusive, eu tenho um projeto nesse sentido, que é o projeto a que a gente deu entrada aqui, o 848, de 2019, que a Damares já colocou em prática, por uma ação governamental.

    Então, para concluir, é a primeira vez que o Brasil tem uma Ministra que não esconde seus ideais cristãos por conveniência. Não falo aqui de religião, falo de espiritualidade. Ela, assim como eu, tem o maior respeito por todas as religiões, principalmente pelas pessoas que não professam religião nenhuma. Ela também é advogada, assim como o Sr. Kakay. Penso que, caso ela hoje estivesse advogando, certamente não aceitaria defender qualquer criminoso apenas para ganhar muito dinheiro. Penso que ela jamais abriria mão de seus princípios éticos e morais. Damares não está atrás dos aplausos fáceis do mundo; prefere pagar o preço de receber ataques covardes, mas jamais perder a paz de sua consciência cristã.

    Minha querida irmã Damares, receba aqui minha total solidariedade, que certamente é a mesma de milhões de brasileiros. Você está no caminho certo, pois não se atiram pedras em árvores que não dão bons frutos.

    Não é à toa que ela é a segunda Ministra mais popular do atual Governo. Então, está fazendo um grande trabalho. Siga firme, não ouça esse tipo de barbaridade! Às vezes, o silêncio é a melhor resposta.

    Um grande abraço.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/02/2020 - Página 71