Discurso durante a 21ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Leitura de texto do Prof. Franklin Ferreira sobre a pandemia do coronavírus.

Divulgação de dados sobre o aumento da concentração de renda no mundo e a necessidade de diminuição da desigualdade social para erradicação da miséria em todo o planeta.

Reflexão sobre a necessidade de revisão de valores morais para a superação da pandemia do coronavírus.

Leitura de oração do Dr. Bezerra de Menezes.

Autor
Eduardo Girão (PODEMOS - Podemos/CE)
Nome completo: Luis Eduardo Grangeiro Girão
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SAUDE:
  • Leitura de texto do Prof. Franklin Ferreira sobre a pandemia do coronavírus.
POLITICA SOCIAL:
  • Divulgação de dados sobre o aumento da concentração de renda no mundo e a necessidade de diminuição da desigualdade social para erradicação da miséria em todo o planeta.
SAUDE:
  • Reflexão sobre a necessidade de revisão de valores morais para a superação da pandemia do coronavírus.
RELIGIÃO:
  • Leitura de oração do Dr. Bezerra de Menezes.
Aparteantes
Styvenson Valentim.
Publicação
Publicação no DSF de 14/03/2020 - Página 31
Assuntos
Outros > SAUDE
Outros > POLITICA SOCIAL
Outros > RELIGIÃO
Indexação
  • LEITURA, TEXTO, PROFESSOR, ASSUNTO, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19).
  • DIVULGAÇÃO, DADOS, AUMENTO, CONCENTRAÇÃO DE RENDA, COMENTARIO, RELATORIO, BANCO MUNDIAL, POPULAÇÃO, EXTREMA POBREZA, ENFASE, BRASIL, DESIGUALDADE SOCIAL.
  • REGISTRO, PANDEMIA, VIRUS, ORIGEM, PAIS ESTRANGEIRO, CHINA, COMENTARIO, NECESSIDADE, ALTERAÇÃO, PARADIGMA, CIVILIZAÇÃO, INCORPORAÇÃO, VALORES, RELIGIÃO, SITUAÇÃO, ECONOMIA, FECHAMENTO, COMERCIO.
  • LEITURA, PRECE, ESCRITOR, ESPIRITISMO.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE. Para discursar.) – Muito bom dia, Senador Presidente Izalci Lucas, meu irmão. Muito bom dia a todos os funcionários desta Casa, a todos os assessores e a você, povo brasileiro, que nos assiste neste momento, que nos ouve, através do competente trabalho, dedicado trabalho da equipe da TV Senado e da Rádio Senado, sempre muito prestativa e solícita.

    Eu queria começar este pronunciamento, numa sexta-feira, 13 de março, lendo aqui para vocês o depoimento de quem está no olho do furacão dessa pandemia do coronavírus, que é o Prof. Franklin Ferreira. Ele fez um texto emocionante, que nos dá alento e esperança, diga-se de passagem, falando sobre oito coisas, Senador Styvenson, que o coronavírus deve nos ensinar. Olhem só o texto que ele fez hoje:

Eu acordei nesta manhã em Nápoles, a terceira cidade italiana que foi colocada em quarentena. Aglomerações públicas, incluindo cultos das igrejas, foram proibidos. Casamentos, funerais, e batismos foram cancelados. Escolas e cinemas, museus e academias, estão fechados. Minha esposa e eu acabamos de retornar de uma ida as compras que nos tomou duas horas na fila para o caixa. A Itália, correntemente, tem reportado os maiores números de casos de coronavírus fora da China: 9.172 casos e 463 mortes. Como resultado, 60 milhões de pessoas tem sido orientadas a permanecerem em suas casas, saindo somente em casos absolutamente necessários.

Como cristãos, como respondemos a tal crise? Resposta: com fé e não medo. Nós devemos olhar para o olho da tempestade e perguntar: Senhor, o que o Senhor espera que eu aprenda disso? Como o Senhor quer me mudar?

Aqui estão 8 coisas que todos nós deveríamos realmente aprender, ou reaprender, deste coronavírus.

1. Nossa Fragilidade

Essa crise global está nos ensinando o quão fraco somos como seres humanos.

No momento em que escrevo, 98.429 casos de coronavírus foram reportados mundialmente, causando 3.387 mortes. Nós estamos tentando fazer o nosso melhor para conter propagação. E, na maioria das vezes, eu acho que somo confiantes demais do eventual sucesso.

Agora imagine um vírus ainda mais agressivo e contagioso do que o coronavírus. Encarado como uma ameaça, nós podemos prevenir a nossa extinção como espécie? A resposta é claramente não. É fácil esquecer, mas os seres humanos são fracos e frágeis.

As palavras do salmista são verdade: "Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; pois, soprando nela o vento [...], desaparece; e não conhecerá, daí em diante, o seu lugar" [...].

Como compreenderemos essa lição sobre nossa fragilidade? Talvez lembrando que não devemos tomar vida nesta terra como garantia. "Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio". (Salmo 90.12)

    É um texto que quem depois... Os outros números, ele fala de um a oito, eu queria indicar para quem tiver... É muito profunda a reflexão, nos traz também alento e esperança o texto, que é do Prof. Franklin Ferreira. Para quem quiser segui-lo no Instagram para ver o resto do texto, ele é muito marcante.

    Eu queria, Sr. Presidente, dizer que momentos como este que estamos vivendo em função da pandemia causada pelo coronavírus são momentos muito favoráveis, realmente, para uma reflexão profunda que transcende o debate sobre medidas de controle sanitário, pois a causa desta crise reside num vírus muito mais forte, Senador Styvenson, e muito mais contagioso do que o próprio coronavírus. Sabe qual é? A indiferença, o egoísmo, o orgulho, a vaidade do ser humano.

    Nossa humanidade levou milênios para atingir a marca do primeiro bilhão de habitantes. Isso ocorreu, Senador Izalci Lucas, no ano de 1800. No século XX, pouco mais de 100 anos depois, quando a população ultrapassou os 4 bilhões, muitas teorias econômicas levantaram a tese alarmante do risco da explosão demográfica: não haveria água nem energia e nem comida suficiente para sustentar tanta gente.

    James Tobin foi um grande economista, professor da Universidade de Yale, assessor especial do Presidente Kennedy, laureado com o Prêmio Nobel de Economia em 1981. Ele desencarnou ou faleceu em 2002, aos 84 anos de idade. Em sua última entrevista, depois de participar de uma conferência no México, uma jornalista perguntou-lhe como ele se sentia sendo uma pessoa tão respeitada, tão reconhecida e tendo participado de tantos eventos econômicos ao redor do mundo. Ele respondeu que se sentia frustrado. Ele disse que, há exatamente 30 anos, vinha defendendo que os países criassem uma taxa de apenas 0,1% sobre a movimentação financeira. Ele disse: "Provei, com meus estudos e pesquisas, que esses recursos poderiam constituir um fundo internacional que, bem administrado, seria suficiente para erradicar completamente a miséria em todo o Planeta, ao longo de apenas 20 anos". Ele complementa: "Até hoje, sou aplaudido em todos esses eventos, mas a ideia da taxa nunca foi implantada".

    Desde essa entrevista, com o advento já da internet, a produtividade humana aumentou muito, mais do que a demanda por energia, comida e água, e, com ela, a concentração de riquezas aumentou ainda mais, Zezinho.

    No último Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o Instituto Oxford, em conjunto com o banco Credit Suisse, apresentou o último relatório sobre a distribuição da riqueza do mundo, Senador Styvenson. São número chocantes. As 26 pessoas mais ricas do Planeta detêm um volume de riquezas equivalente à renda de metade da população da Terra, ou seja, quase 4 bilhões de seres humanos, Senador Styvenson. As 26 pessoas mais ricas do mundo equivalem à renda da metade da população do Planeta. Você tem noção do que é isso? Isso é nossa realidade hoje, do nosso egoísmo humano. Apenas 1% possui uma renda equivalente a 99% da humanidade. Jeff Bezos, dono da Amazon, detém a maior fortuna da Terra: são US$112 bilhões. Com apenas 5% de sua renda, ele seria capaz de sustentar sozinho vários países pobres da África. George Soros é outro membro desse seleto clube dos 26 maiores bilionários da terra. Uma de suas prioridades atuais é financiar, através da Instituição Open Society, a legalização da maconha no mundo, para com isso ganhar – sabem o quê? – mais dinheiro, não importando quantas vidas serão destruídas pela droga.

    Estimativas apontam que existem mais de US$7 trilhões depositados nos chamados paraísos fiscais. Boa parte desse dinheiro é proveniente do tráfico de drogas, tráfico de armas, da sonegação e da corrupção em todo o mundo.

    Em seu último relatório anual, o Banco Mundial informa que metade da população da Terra vive em extrema pobreza, com renda inferior a US$5 por dia, ou seja, R$600 por mês. São quase 4 bilhões de pessoas. O nosso Brasil contribui diretamente para esse triste quadro. Há décadas, é uma das dez maiores economias do Planeta e disputa com o pequeno Catar o título de campeão mundial – sabe de quê, Senador Styvenson? Não é de futebol, não: campeão mundial da desigualdade social – o nosso Brasil. São 17 milhões de famílias brasileiras que vivem na extrema pobreza, dependendo de programas como o Bolsa Família e o BPC para a sua sobrevivência.

    Nós, seres humanos, aprendemos muito bem a fazer a multiplicação das riquezas, mas ainda não quisemos aprender a fazer a divisão. Não estamos aqui defendendo nenhuma tese socialista. Estamos falando de capitalismo. Como provou James Tobin, há 50 anos, bastaria distribuir uma fração inferior a 1% das riquezas acumuladas na Terra, para garantir uma vida digna a toda a humanidade. Sim, mas o que isso tem a ver com a pandemia, Izalci, meu querido irmão? Até agora falamos apenas de economia. A partir de agora, trataremos do verdadeiro e terrível vírus que precisa ser enfrentado.

    Nossa humanidade está sendo, mais uma vez, chamada para uma mudança de paradigma civilizatório, está sendo chamada a rever seus valores e finalmente vencer o grande vírus conhecido pelo nome de egoísmo.

    O cientista Huston Smith precisou pesquisar e estudar por mais de 30 anos para então escrever o livro As Religiões do Mundo. Ele descobriu que, em todas as religiões e também na matriz filosófica de Confúcio, na China, Buda, na Índia, e Sócrates, na Grécia, está contida a mesma regra fundamental que deve servir como guia seguro para a evolução humana. Ele a denominou como a Regra de Ouro. Trata-se de um pensamento muito simples e fácil de ser entendido por qualquer indivíduo com qualquer nível educacional e cultural. Jesus Cristo, quando o proferiu, disse que ele continha toda a lei e todos os profetas: "Faça para os outros aquilo que gostaria que os outros fizessem a você". Colocar isso em prática na vida significa aplicar a fórmula da paz e da diversidade.

    "De que adianta ganhar o mundo e perder a si próprio?", asseverou Jesus. Ou seja, para que servem grandes fortunas acumuladas ao longo da vida se para isso foi preciso perder o respeito dos outros, a paz interior? Uma vida é muito curta, mesmo que dure mais de cem anos, pois somos todos espíritos imortais. Dessa vida não levamos nada a não ser nossas conquistas intelectuais, morais e espirituais. Essas, sim, são eternas. E na Terra ficará apenas o resultado das nossas obras, ficarão apenas nossos exemplos.

    Povo brasileiro que está nos ouvindo, nos assistindo, Senadores aqui presentes, funcionários do Senado, assessores: nós estamos vivendo uma grande transição planetária. Se o chamado feito através dessa pandemia não for suficiente para o despertamento daqueles que ainda dormem, certamente virão outros chamados, outras crises ainda maiores. É chegada a hora da mudança, do ciclo evolutivo. Uma nova era vai emergir em breve. E nessa nova era não caberá mais nenhuma violência, nenhuma agressão à natureza, nenhuma forma de corrupção e nenhum tipo de exploração social. Nesse novo mundo que começa a ser construído, caberá apenas o bem, expresso pela paz, pelo respeito ao meio ambiente, pelo culto à honestidade e pela fraternidade entre todos nós.

    Os sinais, Senador Styvenson, estão cada vez mais claros. A grande onda transformadora se aproxima, e resta pouco tempo. Veja, aquele que tem olhos de ver; ouça, aquele que tem ouvidos de ouvir.

    O senhor gostaria de um aparte? Por favor, fique à vontade.

    O Sr. Styvenson Valentim (PODEMOS - RN. Para apartear.) – Vendo o senhor falando sobre esse momento no seu discurso, eu achei interessante lembrar – não sei se é coincidência, não sei se é especulação – o que já gente está passando hoje, mais uma grande virose, uma pandemia. Não faz muito tempo, não – gripe aviária, gripe suína, gripe do pombo. Tudo acontece na China. Se a gente for pesquisar um pouco na história, a peste bubônica, no século XIV, veio de onde? E se proliferou como? Através das rotas comerciais que existiam naquele episódio.

    Mas nesse tema, Senador Girão, eu vi muita gente falando e estou vendo muita histeria na população. A gente tem que ter cuidado mesmo com a saúde, mas é impressionante como aquela população chinesa... Eu acho que a maioria dessas viroses surgem dali. Eu citei uma, a peste bubônica, que afetou a Europa toda. Citei aqui a Sars, em 2003, que foi um vírus potente que se alojava no pulmão das pessoas. Agora, o coronavírus. Se eu começar a dizer aqui quantos surgiram justamente daquele lugar, da China...

    O senhor me diz assim: "Mas por que, Styvenson, você está falando isso?". Olha que coincidência a gente tem: tudo surge dali, devido à população imensa, que tem hábitos alimentares exóticos – não sei se é por conta da fome. Muita gente para se alimentar, mas se alimenta de tudo que vê. Tudo que se mexe estão comendo, desde morcego até escorpião. É a cultura deles, ou a necessidade. Mas até então a gente não discutiu aqui sobre uma responsabilidade maior, porque, se, desde a origem, a gente sabe que surgem grandes viroses daquele país, a gente deveria ter umas precauções. Hoje, com o mundo globalizado em que a gente vive, eu não sei até onde pode ir uma notícia de um vírus como o coronavírus. Ele é agressivo? É. Ele atinge a quem? Hoje já se tem a profilaxia antecipada, que é a simples higiene. A gente consegue enxergar poucas pessoas no nosso convívio lavar as mãos antes de se alimentar ou esse contato também da nossa cultura brasileira, esse afeto exacerbado.

    Então, aonde eu quero chegar dentro do coronavírus é que, desde ontem, quando eu fiz uma live à noite, conversando com o Dr. Januncio...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Styvenson Valentim (PODEMOS - RN) – ... lá do Hospital Giselda Trigueiro – e a gente agora está com um caso lá no Rio Grande do Norte, Senador Girão –, as pessoas não sabem como se comportar, tudo isso. E tudo isso movimenta o quê? Movimenta um mercado financeiro, movimenta uma economia, movimenta até mesmo a política. Movimenta até mesmo a política, por quê? Porque a gente está tento praticamente uma suspensão das atividades. A gente está tendo atividades suspensas em um momento em que nosso País precisa realmente dessa discussão de muitos temas importantes. A gente vê aí os mercados despencando todos os dias – fico até mais tarde vendo. Quando abre o mercado da Ásia, a gente já vê as bolsas caindo. Na verdade, a coincidência que eu vim trazer aqui é que tudo surge naquele país, e providências em esfera global não foram tomadas.

    Mais uma virose com mutação – o coronavírus já existe, e não é de hoje. Mais um tipo de vírus que nasce naquele país ou surge naquele país e se espalha para o mundo todo. Se fosse o vizinho aqui que passasse uma doença, ele teria até a responsabilidade. Se fosse um morador que passasse algo para o vizinho da sua residência, ele teria até uma responsabilidade civil ou até mesmo... O Código Penal até prevê isso no nosso Brasil. Mas eu não vejo os países se responsabilizarem, Senador Girão, pelas doenças que colocam no mundo. Então, se a gente fizer essa viagem na história, não é de hoje que essas doenças surgem naquele país, e nada é feito para contê-las. Era esse o aparte.

    Eu estou vendo o senhor falar sobre o tempo final, sobre o tempo estar acabando, mas é uma história que já vem bem antes dessas viroses.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (PODEMOS - CE) – Eu queria só... É um sentimento muito pessoal, muito pessoal, observando os sinais e vendo a história.

    Todos são irmãos: os chineses são nossos irmãos, os americanos são nossos irmãos, os venezuelanos são nossos irmãos. É claro que nós precisamos fazer a nossa parte na questão sanitária, e eu vejo que o Governo, no meu modo de entender, está fazendo o melhor que ele pode, mas a questão transcende a isso. Para mim, é um despertamento espiritual o que está acontecendo.

    Por exemplo, o senhor falou que, agora, muitas áreas da administração, dos comércios e tudo estão começando a suspender alguns movimentos, aglomerações. Será que este não é o momento para estarmos juntos com a nossa família, olharmos no olho dos nossos filhos, das nossas esposas e dizermos o quanto os amamos, repensarmos o que fazemos no dia a dia, se estamos cumprimentando as pessoas, olhando nos olhos delas, se estamos fazendo o nosso papel, seja como político, seja como médico? Será que a gente está fazendo as coisas com amor ao próximo? Eu acredito que o que está acontecendo é algo para nos despertar, para nos reconduzir para aquilo que está na nossa alma, mas que, às vezes, esquecemos por interesses diversos que nos afastam do que verdadeiramente importa para a nossa vida, que é a família, os amigos.

    Dói no meu coração, Senador Izalci, ver que, como alguns colegas falaram aqui – a gente sente o movimento –, alguns comércios, pequenos comerciantes, pequenos empreendedores, dos pequenos aos grandes, estão sentindo já o baque. A nossa economia do Brasil já está combalida, mas quero levar uma mensagem de fé às pessoas, de esperança às pessoas, porque Deus está no controle. E quem é cristão, quem acredita em Deus – e mesmo quem não é cristão e tem outra religião... Eu lembro aqui que nós somos a nação mais católica do mundo, nós somos a nação mais espírita do mundo, nós somos a nação mais evangélica do mundo. É nessas horas que devemos fazer a nossa parte na área sanitária, como dizem os órgãos oficiais, que devemos tomar precauções, mas, mais importante do que isso, é um momento de união, é um momento de reflexão, é um momento de estarmos com as nossas famílias, é um momento de oração.

    Então, para concluir, Presidente, vai dar tudo certo, vai passar. Acredito que a nossa Nação, de alguma forma, terá turbulências fortes com isso, terá dor, mas tudo vai acontecer de uma forma que nós nos voltemos ao nosso lado bom, para que aprendamos a lição, ajudando uns aos outros, fazendo os nossos trabalhos – depois disso – com mais amor, valorizando a nossa família, valorizando o meio ambiente em que vivemos.

    Como eu sei que nada acontece por acaso, tudo tem uma razão de ser, acredito que este momento é de aflição, de provação da humanidade, que vamos ultrapassar e sair mais fortes de tudo isso, mas pensem profundamente.

    Eu peço autorização para ler uma oraçãozinha pequeninha de uma grande humanista, grande pacifista do Brasil, que já passou para o outro lado, para a nossa verdadeira pátria, que é a pátria espiritual. Ele foi político, Senador Izalci, participou muito da abolição da escravatura do Brasil, foi um dos primeiros ambientalistas da Nação, um médico caridoso, foi Deputado-Geral – naquela época do Império, não existia Deputado Federal; ele foi Deputado-Geral –, tentou ser Senador, mas não conseguiu, o Dr. Bezerra de Menezes. É uma oração a Bezerra de Menezes:

Nós Te rogamos, Pai de Infinita Bondade e Justiça, as graças de Jesus Cristo, através de Bezerra de Menezes e suas legiões de companheiros.

Que eles nos assistam, Senhor, consolando os aflitos, curando aqueles que se tornem merecedores, confortando aqueles que tiverem suas provas e expiações a passar, esclarecendo aos que desejarem conhecer a Verdade e assistindo a todos quantos apelam ao Teu Infinito Amor.

Jesus, Divino Portador da Graça e da Verdade, estende Tuas mãos dadivosas em socorro daqueles que Te reconhecem o Despenseiro Fiel e Prudente; faze-o, Divino Modelo, através de Tuas legiões consoladoras, de Teus Santos Espíritos, a fim de que a Fé se eleve, a Esperança aumente, a Bondade se expanda e o Amor triunfe sobre todas as coisas.

Bezerra de Menezes, Apóstolo do Bem e da Paz, amigo dos humildes e dos enfermos, movimenta as tuas falanges amigas em benefício daqueles que sofrem, sejam males físicos ou espirituais. Santos Espíritos, dignos obreiros do Senhor, derramai as graças e as curas sobre a humanidade sofredora, a fim de que as criaturas se tornem amigas da Paz e do Conhecimento, da Harmonia e do Perdão, semeando pelo mundo os Divinos Exemplos de Jesus Cristo.

    Que Deus nos abençoe hoje e sempre. Muita paz a todos. Vai dar tudo certo, em nome de Jesus.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/03/2020 - Página 31