Pronunciamento de Rogério Carvalho em 29/04/2020
Interpelação a Ministro de Estado durante a 39ª Sessão para Comparecimento de Autoridade, no Senado Federal
Sessão destinada a receber, por meio de videoconferência, o Ministro de Estado da Saúde, Sr. Nelson Teich, para que apresente esclarecimentos sobre as providências a serem tomadas para socorrer Estados e Municípios no combate à Covid-19.
- Autor
- Rogério Carvalho (PT - Partido dos Trabalhadores/SE)
- Nome completo: Rogério Carvalho Santos
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Interpelação a Ministro de Estado
- Resumo por assunto
-
SAUDE:
- Sessão destinada a receber, por meio de videoconferência, o Ministro de Estado da Saúde, Sr. Nelson Teich, para que apresente esclarecimentos sobre as providências a serem tomadas para socorrer Estados e Municípios no combate à Covid-19.
- Publicação
- Publicação no DSF de 30/04/2020 - Página 20
- Assunto
- Outros > SAUDE
- Indexação
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- SESSÃO, COMPARECIMENTO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA SAUDE (MS), ESCLARECIMENTOS, INFORMAÇÕES, PROVIDENCIA, COMBATE, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), SAUDE PUBLICA, ESTADOS, MUNICIPIOS.
O SR. ROGÉRIO CARVALHO (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - SE. Para interpelar Ministro.) – Sr. Presidente, quero cumprimentar V. Exa., cumprimentar o Ministro e desejar boa sorte ao Ministro nessa tarefa.
Vamos direto às perguntas.
Primeiro, relatores da ONU denunciam o Governo Bolsonaro diante do que chamam de políticas irresponsáveis durante a pandemia da Covid-19. No comunicado emitido nesta quarta-feira, eles apontaram que o Brasil deveria abandonar imediatamente políticas de austeridade mal orientadas que estão colocando vidas em risco e aumentar os gastos para combater a desigualdade e a pobreza exacerbada pela pandemia. A nota declara: "As políticas econômicas e sociais irresponsáveis do Brasil colocam milhões de vidas em risco". A crítica ocorre depois de uma série de instituições brasileiras recorrerem às Nações Unidas para denunciar a postura do Presidente Jair Bolsonaro, que optou por ignorar as recomendações da Organização Mundial da Saúde. Ao ser confrontado com o número de mortes no Brasil, ele apenas respondeu: "E daí?". A pergunta é: o que o senhor tem a declarar sobre essa denúncia das Nações Unidas?
Segundo, quais os planos de ação do Ministério da Saúde para conter o avanço dos casos de infecção e morte pelo coronavírus nos Estados do Amapá, do Ceará, do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde o sistema de saúde praticamente colapsou, pois não há garantia à assistência adequada nas regiões, sem leitos de UTI, sem profissionais de saúde, sem EPIs e sem testagem?
Terceiro, quantos leitos de UTI para adultos existem no País? Quantos estão dedicados exclusivamente para a Covid-19? Quantos foram abertos nos Estados e nos Municípios? Qual a previsão de credenciamento e de abertura de novos leitos?
A quarta pergunta é sobre os médicos. Depois do desmonte do Mais Médicos, o que o Governo Federal fará para levar médicos aos locais que mais precisam? Há a promessa dos cinco mil médicos a mais, com a aprovação do Médicos pelo Brasil, mas, até agora, ao menos, nada foi anunciado. Poderia esclarecer V. Exa. essa questão? Foi feito aquele cadastramento de profissionais? O que o senhor pretende com aquele cadastramento de profissionais?
Essas são as minhas perguntas, para ser sucinto e dar oportunidade aos demais Senadores de se manifestarem.
Obrigado, Presidente.