Interpelação a Ministro de Estado durante a 39ª Sessão para Comparecimento de Autoridade, no Senado Federal

Sessão destinada a receber, por meio de videoconferência, o Ministro de Estado da Saúde, Sr. Nelson Teich, para que apresente esclarecimentos sobre as providências a serem tomadas para socorrer Estados e Municípios no combate à Covid-19.

Autor
Soraya Thronicke (PSL - Partido Social Liberal/MS)
Nome completo: Soraya Vieira Thronicke
Casa
Senado Federal
Tipo
Interpelação a Ministro de Estado
Resumo por assunto
SAUDE:
  • Sessão destinada a receber, por meio de videoconferência, o Ministro de Estado da Saúde, Sr. Nelson Teich, para que apresente esclarecimentos sobre as providências a serem tomadas para socorrer Estados e Municípios no combate à Covid-19.
Publicação
Publicação no DSF de 30/04/2020 - Página 74
Assunto
Outros > SAUDE
Indexação
  • SESSÃO, COMPARECIMENTO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA SAUDE (MS), ESCLARECIMENTOS, INFORMAÇÕES, PROVIDENCIA, COMBATE, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), SAUDE PUBLICA, ESTADOS, MUNICIPIOS.

    A SRA. SORAYA THRONICKE (Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSL - MS. Para interpelar Ministro.) – Boa noite, Sr. Presidente.

    Boa noite, Ministro. É um prazer falar com o senhor. Quero dizer que o senhor está nas minhas orações, porque a sua missão não é brincadeira – a nossa também não é! Desejo-lhe sorte e, acima de tudo, muita sabedoria e paciência também, muita paciência, Ministro.

    Eu vou ser também bem objetiva. Nós não sabemos nada sobre esse corona, tanto é que, quando chegou ao Brasil, diziam que o corona não ia sobreviver em ambiente quente; porém, está sendo o contrário. No Amazonas e no Amapá ele proliferou de uma forma bastante diferente. Então, ele se adaptou e está mostrando que gosta do calor também. Gostou do Brasil. Então, mais uma vez, assim, as nossas previsões não deram certo.

    Segundo, as pessoas têm comparado o tempo inteiro que gripe mata mais do que corona; H1N1, dengue, tudo mata mais do que o corona. Eu e minha equipe estamos procurando os dados que vêm desde janeiro porque, em tese, estão dizendo que o nosso primeiro caso foi em 23 de janeiro. O site do Ministério da Saúde não nos fornece; a sua equipe é que acabou fornecendo. Não é claro. Nós tínhamos que ter, para poder comparar... O mais engraçado é que as pessoas falam sem nenhum número. Eu quero saber quantas mortes de H1N1, quantas mortes de dengue, quantas mortes de malária, para a gente poder ter um norte. É a ciência que vai ser nosso norte.

    Os números que o Ministério acabou de passar para a minha equipe dizem o seguinte: de janeiro para cá, de dengue – as duas dengues, a comum e a hemorrágica –, foram 236 mortes; a influenza, 109. Foi o que eu recebi – é oficial – do seu Ministério. E aí nós não podemos dizer que corona mata igual, mata mais ou mata menos. Esses dados precisam ser disponibilizados para que a gente possa raciocinar. Eu sou leiga, eu sou da área jurídica, mas pelo menos para a gente debater ou mudar o discurso, avançar, porque não adianta mais falar na questão do calor e nem nessa questão aqui. Isso não nos foi colocado. Eu gostaria que a sua equipe disponibilizasse isso para mim. Eu preciso dessa informação.

    Outra questão é que nós estamos – eu vou procurar o senhor – trabalhando em hospitais que têm suas instalações subutilizadas ou inutilizadas. Eu acho – é minha humilde opinião – que melhor do que abrir hospitais de campanha é usarmos esses hospitais que estão já prontos. É óbvio! Por isso, eu destinei para a Santa Casa aqui do Mato Grosso do Sul, para conseguirmos 23 leitos, R$950 mil, e para o HU...


Este texto não substitui o publicado no DSF de 30/04/2020 - Página 74