Breve comunicação durante a Sessão Deliberativa Remota (CN), no Congresso Nacional

Solidariedade ao Presidente Davi Alcolumbre em razão de sua mãe estar infectada pelo novo conoravírus (Covid-19).

Autor
Rose de Freitas (PODEMOS - Podemos/ES)
Nome completo: Rosilda de Freitas
Casa
Congresso Nacional
Tipo
Breve comunicação
Resumo por assunto
SENADO:
  • Solidariedade ao Presidente Davi Alcolumbre em razão de sua mãe estar infectada pelo novo conoravírus (Covid-19).
Publicação
Publicação no DCN de 14/05/2020 - Página 118
Assunto
Outros > SENADO
Indexação
  • SOLIDARIEDADE, PRESIDENTE, SENADO, DAVI ALCOLUMBRE, MÃE, DOENÇA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19).

    A SRA. ROSE DE FREITAS (PODEMOS - ES. Para breve comunicação. Sem revisão da oradora.) – Presidente, primeiro, eu imagino os sentimentos controvertidos que se tem nesta hora. Eu já passei por isso com um filho e com a minha mãe. Estava lembrando quantas vezes eu liguei para V. Exa. hoje. Saiba que me deu uma sensação terrível de estar incomodando uma pessoa que, além das tarefas que tem, tem que ainda carregar dentro de si toda a esperança, toda a luta e otimismo para enfrentar esses momentos. Saiba que, embora todos não tenham a oportunidade que eu estou tendo agora também de expressar, eu quero expressar a minha solidariedade, sim, aquilo que eu possa lhe transmitir nesta pequena imagem: força, coragem e fé – sobretudo, fé; sobretudo, a fé! É isso que faz... Encoste na mão dela com fé, abrace com fé. Não é fácil, mas você tem uma força que eu admiro muito.

    E me desculpe por ter importunado tantas vezes hoje, mas eu vou agora tentar resumir a ansiedade com que eu o procurei. Imagine, Presidente Davi, que ganhou uma eleição para presidir o Congresso Nacional, para presidir o Senado nacional... Eu passei por essa posição substituindo o Sarney em 99,9% das sessões. É muita responsabilidade, sobretudo neste momento.

    Neste momento, eu não tenho como expressar, como fala o Major Olimpio, como fala o Amin, como fala a Kátia; eu não tenho como expressar o incômodo para alguém que é um político, que recebe uma delegação tão honrosa quanto esta de estar entre 81 Senadores no Congresso Nacional e se sentir nesta confusão louca que é ter um líder que não é líder! Ele o é apenas de uma facção, de um movimento que chegou à Presidência, mas aqui não tem sofrido ataques, não tem sofrido resistências enormes. Todos têm votado a favor do Brasil, mas há uma hora, Presidente... E é isto que eu quero lhe pedir: que nos lidere numa união nacional com Governadores, com Prefeitos, com Senadores, com Deputados Federais – eu acho que, daqui a pouco, isso vai acabar sendo proposto pela outra Casa – num movimento como falaram Olimpio, Kátia e outros com um protocolo nacional para que a gente possa... Se as notícias que deram na TV hoje estiverem corretas, nós estaremos no pico desta pandemia em agosto – em agosto, Presidente! O que nós – nós eu digo a Nação – vamos sofrer até lá! Precisamos de alguém que organize essa bagunça.

    E a perplexidade do Ministro ao receber a notícia dos estabelecimentos que seriam abertos, sem sequer ter sido consultado?! Isso não beira o desrespeito, isso beira o deboche, o descaso! E, aqui, longe de mim querer tirar Bolsonaro de onde ele está. Ele foi eleito, nós temos que sofrer com ele, mas eu quero sofrer junto com o Presidente Davi, junto com o Paulo Rocha, junto com o Randolfe, junto com o Eduardo Braga... Eu quero sofrer na saída da problemática com que nós estamos convivendo todo dia! Eu tenho a impressão de que não sou a única que vai deitar com a perplexidade do dia que passou, tentando antever o que vamos viver no dia seguinte! Só que eu sou uma Senadora, eu não tenho que reclamar; eu tenho que trabalhar, eu tenho que me organizar, eu tenho que me conciliar, eu tenho que me aliar.

    Entenda, Presidente Davi: não existe à sua volta nenhum – nenhum – adversário! Todos são seus aliados nesta luta – todos! Olhe para todos. Se não atendeu o telefone, se por acaso não puder falar, eu entendo tudo agora – são coisas que a gente não sabia –, mas nos organize, nos lidere nesse encontro de ideias e de esforços. Há gente fazendo melhor que o meu Estado, e o Governador está lutando, mas há alguém fazendo melhor. Por que não orquestrar isso num movimento uníssono para mostrar ao Brasil que nós queremos, sim, na hora mais dramática que ainda não chegou? Ainda não chegou!

    Nós temos, pelo menos, um arrazoado de dez iniciativas, e só o Presidente do Congresso Nacional pode fazer isso, não há ninguém, nessa tela que eu estou vendo aqui, que possa fazer, porque o senhor foi eleito, e em nós deposita confiança e parceria, e nós confiamos em V. Exa. Então, essa é a minha proposta: lidere-nos num movimento. Os Governadores querem isso – eu estou falando, porque conversei com alguns –; os Prefeitos querem isso. Tem que haver algum movimento orquestrado e com força que diga: esse caminho é o nosso calendário de ações para que a gente possa enfrentar juntos o coronavírus.

    Peço desculpas por lhe fazer essa proposta num momento tão difícil. Agradeço por me ouvir e, acredite, é incrível a força que as coisas costumam ter quando elas precisam acontecer. E quem pode fazer com que elas aconteçam agora, neste momento, é o Presidente Davi, que poderia até ser meu filho, mas que é um fenômeno de comunicação. Só de vez em quando escolhe uns fantasmas aí: "O fulano não gosta de mim, fulano está...". Nada disso! O Brasil está no seu coração, está no nosso, e nós queremos caminhar juntos, nesse trabalho que será valioso para o Brasil inteiro.

    Obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DCN de 14/05/2020 - Página 118