Discurso durante a 54ª Sessão Deliberativa Remota, no Senado Federal

Comentário sobre o atuação parlamentar de S. Exa. durante a pandemia.

Autor
Rose de Freitas (PODEMOS - Podemos/ES)
Nome completo: Rosilda de Freitas
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SAUDE:
  • Comentário sobre o atuação parlamentar de S. Exa. durante a pandemia.
Publicação
Publicação no DSF de 10/06/2020 - Página 19
Assunto
Outros > SAUDE
Matérias referenciadas
Indexação
  • COMENTARIO, ATIVIDADE POLITICA, ORADOR, DURAÇÃO, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19).

    A SRA. ROSE DE FREITAS (PODEMOS - ES. Para discursar.) – Presidente, desconta do meu tempo, só um pouquinho.

     Mas não é isso o que acontece. Eu não sei quem tem mão tão rápida quanto o Luis Carlos Heinze, o Veneziano, eu nunca vi uma coisa igual. Eu nunca vi uma coisa igual!

     Quando eu vou lá, fico com o meu dedinho – porque dizem que eles ficam com o dedinho ali –, eu coloco o meu dedinho, a mão acende, eu saio da tela. Quando eu olho, a mão não está lá.

     Faço igualzinho ao que o senhor fala, mas tudo bem. Estou tendo oportunidade de falar. Agradeço muito.

     Por favor, conte o meu tempo a partir de agora.

     Eu queria me dirigir, primeiro, ao Vanderlan. Tenho confiança absoluta de que o relatório que vai fazer vai ser a soma dos lados, num campo de entendimento sobre a matéria, que realmente é complexa e merece muita acuidade.

     Então, estamos aguardando ansiosamente. Acho que temos de votar amanhã.

     Saúdo o Senador Rogério, que já vi aí na tela bem, graças a Deus, junto com sua filha, que parece que esteve ao seu lado. Nós estamos felizes com a sua recuperação, com a recuperação do Marcos do Val.

     Estamos em tempos muito difíceis, muito difíceis. Se me perguntassem o que eu não gostaria de viver e se eu tivesse a capacidade de imaginar alguma coisa, eu diria que não gostaria de viver, nem de longe, isto que nós estamos vivendo agora. Não há nada que faça você se sentir completo a ponto de tomar iniciativas e dizer que as suas iniciativas estão certas. Não há nada em conjunto que pretendamos fazer que nos coloque na situação, muitas vezes – eu já falei com o Eduardo Braga –, de se dizer exercendo o mandato a serviço das dificuldades que estamos enfrentando agora, que não é só esta.

     Há algumas coisas que vemos, e vem a moral da história mais adiante. A moral da história que nos fica, com a questão da pandemia, é, sem dúvida, saber que não cuidamos da ciência, da pesquisa, da saúde, da população brasileira.

     Nós temos que aprender com isso. O final não pode ser contagem de óbitos, de quantas vidas recuperamos. Não é o saldo. Nenhum lado desta história vai nos confortar, a não ser sentir – e eu estou no oitavo mandato – que nós falhamos muito. Falhamos.

     Eu já presidi a Comissão de Orçamento, vi os orçamentos, em todos os oito mandatos que tenho, e vi orçamento prestado em serviço ao País, vi o orçamento ser jogado fora, vi ficção científica, vi tudo. Nós esquecemos de fazer mais e melhor.

     Quando o Paim fala, me vem a história, toda ela, da minha militância política e mais a militância de tantos outros, como ele. Nós fomos Constituintes. E eu já disse para vocês uma vez, para os senhores e para as senhoras, que ninguém com a minha história chegaria ao Senado Federal. Eu disputei uma eleição com o povo. Houve Município em que tive 98,3% de votos. Em nenhum, menos de 70%. Cheguei aí pela vontade da população.

     O que eu posso fazer para que eu não me sinta tão angustiada? É dizer que a gente se esforça para conversar com os colegas, para representar o melhor do pensamento, com Tasso, com Simone, com Vanderlan, com Rogério, com Randolfe, com todos, colocando o melhor de nós nas nossas iniciativas legislativas. Mas o melhor de nós tem que estar com a coragem de fazer o que o povo fez domingo passado.

     Apesar de todo o movimento de infiltração dentro daquela organização popular, o povo venceu, dando um passo de cada vez para chegar onde deve.

     Como eu tenho pressa, eu estou indo devagar, porque não quero errar este caminho, e quero que, daqui a três anos, o povo não optando porque está com raiva de alguém, mas escolhendo o que é melhor para o Brasil.

     É a isso que eu estou voltada dia e noite e, por enquanto, só posso dar a minha dedicação de estar votando, de estar emendando matérias, de estar trabalhando para que a gente saia amanhã com um Brasil muito diferente, mas bem melhor do que foi até agora.

     Eu agradeço, Presidente Weverton.

     Eu digo que estou falando um pouquinho da sua história — viu, Weverton? — porque o conheço e o admiro muito. Portanto é assim: pé firme na caminhada, que este Brasil tem que mudar também através do Senado Federal.

     Obrigado.

     O SR. PRESIDENTE (Weverton. Bloco Parlamentar Senado Independente/PDT - MA) – Eu que agradeço, Senadora Rose de Freitas.

     Ainda sobre o episódio da mão, lembro que sua mão é rápida! Esta lista aqui é a primeira. V. Exa. está sendo a quarta a falar no dia de hoje. O restante foi tudo pela ordem. Então o Senador Oriovisto ali está sorrindo, porque ele viu que a senhora foi mais rápida do que ele hoje. Ele ficou na segunda lista.

     Eu vou passar a palavra ao Senador Carlos Fávaro.

     Sem dúvida nenhuma, eu faço aqui esta consideração à Senadora Rose, que é uma referência aqui na Casa, todos gostam muito. Tive a honra de ser Deputado junto com ela na Legislatura, naquele período de 2012, 2014, quando o Senado requisitou V. Exa. e o povo do Espírito Santo, acertadamente, a enviou para cá para ajudar, não só aquele Estado maravilhoso, mas todo o Brasil.

     Então, parabéns mais uma vez e conte sempre conosco.

     Senador Carlos Fávaro.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/06/2020 - Página 19