Discurso durante a 54ª Sessão Deliberativa Remota, no Senado Federal

Considerações sobre as consequências da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) na população mais pobre.

Defesa da votação do Projeto de Lei de Conversão nº 15, de 2020 (Medida Provisória nº 936, de 2020), que institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e dispõe sobre medidas trabalhistas complementares para enfrentamento do estado de calamidade pública decorrente da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Autor
Zenaide Maia (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/RN)
Nome completo: Zenaide Maia Calado Pereira dos Santos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SAUDE:
  • Considerações sobre as consequências da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) na população mais pobre.
TRABALHO:
  • Defesa da votação do Projeto de Lei de Conversão nº 15, de 2020 (Medida Provisória nº 936, de 2020), que institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e dispõe sobre medidas trabalhistas complementares para enfrentamento do estado de calamidade pública decorrente da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Publicação
Publicação no DSF de 10/06/2020 - Página 22
Assuntos
Outros > SAUDE
Outros > TRABALHO
Matérias referenciadas
Indexação
  • COMENTARIO, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), POPULAÇÃO CARENTE, POBREZA.
  • COMENTARIO, APOIO, VOTAÇÃO, MEDIDA PROVISORIA (MPV), PROGRAMA NACIONAL, EMERGENCIA, MANUTENÇÃO, EMPREGO, RENDA.

    A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RN. Para discursar.) – Sr. Presidente Weverton, colegas Senadores, eu fico imaginando aqui que o Senado Federal, o Congresso Nacional, a gente tem que respeitá-los nesse momento. Eu acho até que alguém falou sobre isso. Por que o Presidente do Congresso Nacional não faz uma fala, em rede nacional, sobre o que o Senado e a Câmara estão aprovando, sobre o que o Congresso está aprovando aqui em defesa das pessoas, dos trabalhadores e em defesa da vida? São mais de 37 mil pessoas, brasileiros e brasileiras, que perderam a vida. E hoje as estatísticas já mostram que são os mais pobres, são os das periferias que estão morrendo mais, porque a gente sabe que, mesmo para aqueles que têm UTI, o índice de mortalidade ainda é de mais de 50%. E para aqueles que morrem, há famílias chorando por um respirador para aquele paciente, e isso está comum demais no Brasil. E eu sinto uma frieza – e isso não é uma questão de partido, eu acho que é hora de a gente dar as mãos –, mas, como Rose falou, é impossível...A gente vê, a gente sabe que antes da pandemia já havia 13,5 milhões na extrema pobreza, o IBGE já mostrava isso.

    E agora eu quero aqui parabenizar o Senador Vanderlan e dizer o seguinte: a 963 tem que ser... A gente tem que votá-la amanhã. E vamos ver se tiram os jabutis da 905. Gente, essa ideia fixa que este Governo tem de o trabalhador, seja ele do serviço público ou do serviço privado, ser o responsável pela queda da economia, do PIB, seja do que for... Não é! Mas eu ainda acho que o Presidente do Congresso, o Presidente Alcolumbre, tem que falar em cadeia de rádio dizendo o que a gente já aprovou, dizendo ao povo brasileiro que conte com a gente, porque vamos estar aqui na defesa, já que temos um chefe de Nação que cruelmente ainda diz que é para contar os mortos.

    O pessoal liga para mim e diz assim: "Dra. Zenaide, será que a minha mãe morreu mesmo? Porque eu não cheguei a vê-la, ela entrou lá no hospital e saiu aquela quantidade de caixões. Será que ela está viva e isso foi contado a mais?" Quando a gente pensa que perdeu a capacidade de se indignar com tanta crueldade e indiferença com o povo brasileiro, que tem dificuldade até de fazer o distanciamento social... Mas fique em casa quem puder. Essa doença não é uma gripezinha. Ela mata, sim!

    Obrigada, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/06/2020 - Página 22