Discurso durante a 87ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Considerações sobre a crise social e econômica que assola o país proveniente da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19).

Defesa da manutenção do auxílio emergencial, cuja prorrogação consta da Medida Provisória nº 1.000, de 2020, que institui o auxílio emergencial residual para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (Covid-19).

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ECONOMIA:
  • Considerações sobre a crise social e econômica que assola o país proveniente da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19).
ECONOMIA:
  • Defesa da manutenção do auxílio emergencial, cuja prorrogação consta da Medida Provisória nº 1.000, de 2020, que institui o auxílio emergencial residual para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (Covid-19).
Publicação
Publicação no DSF de 24/09/2020 - Página 22
Assunto
Outros > ECONOMIA
Matérias referenciadas
Indexação
  • REGISTRO, CRISE, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), NATUREZA SOCIAL, NATUREZA ECONOMICA, PESSOAS, SITUAÇÃO, POBREZA, DESEMPREGO, FECHAMENTO, EMPRESA, RETIRADA, INVESTIMENTO, CAPITAL ESTRANGEIRO, BOLSA DE VALORES, AUMENTO, CUSTO DE VIDA, INFLAÇÃO, CESTA DE ALIMENTOS BASICOS, COMENTARIO, APOSENTADO, PENSIONISTA, RECEBIMENTO, AUXILIO FINANCEIRO.
  • DEFESA, MANUTENÇÃO, AUXILIO, EMERGENCIA, TRABALHADOR, BOLSA FAMILIA, MEDIDA PROVISORIA (MPV), PRORROGAÇÃO.

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS. Para discursar. Por videoconferência.) – Bom dia, Presidente Davi. Falo e me desloco imediatamente para votar em frente ao Senado, nos totens, como fiz ontem.

    Cumprimento todos os Senadores e Relatores no dia de hoje.

    Queria falar rapidamente sobre a crise social e econômica no nosso País, nunca vista antes. Pesquisas apontam mais de 50 milhões de pessoas vivendo na pobreza, 12,5 milhões na extrema pobreza. Os desempregados, os desgarrados podem chegar, até o final do ano, à casa dos 30 milhões, se somarmos os celetistas e os informais que perderam seu emprego.

    Desde o início da pandemia, mais de 700 mil micro e pequenas empresas fecharam. Nos primeiros oito meses deste ano, cerca de US$15 bilhões deixaram o país. Investidores estrangeiros retiraram R$87,5 bilhões da Bolsa brasileira, de janeiro a setembro de 2020. O custo de vida aumentou de forma drástica: em 17 países pesquisados, o Brasil foi o que teve a maior alta. O acumulado no último ano, só em produtos da cesta básica, sai de 23% nos últimos 12 meses e chega até a 100%, e nisso estão incluídos o arroz, o feijão, o óleo, a carne, o açúcar. Os mais pobres e humildes são os mais atingidos.

    Essa crise toda também atingiu os aposentados e pensionistas, por isso apresentamos o auxílio de emergência para eles. A alta dos preços dos alimentos, somada ainda à alta do gás, da luz, da água e do combustível, está levando o orçamento familiar a ficar superdebilitado.

    Com todo esse cenário, fica mais evidente que é um absurdo reduzir pela metade o auxílio emergencial, de R$600 para R$300. O auxílio já chegou a quase 70 milhões de pessoas, mas nós sabemos que é insuficiente. Mais de 100 milhões de pessoas dependem dele, pais, mães, filhos, familiares; enfim, envolve muita gente. Precisamos garantir o valor de R$600 enquanto durar a pandemia e, para a mulher que mantém a família, a chefe de família, que fique como é hoje, como estava no projeto aprovado pelo Congresso, R$600 e R$1,2 mil, seriam duas cotas.

    A questão hoje é salvar vidas, dar o mínimo de dignidade às pessoas. Por isso, fizemos um apelo para que essa medida provisória seja apreciada o mais rápido possível pelo Congresso Nacional e que a gente faça, então, um substitutivo garantindo, em vez de R$300, os R$600 e R$1,2 mil para a mulher chefe de família.

    Na mesma linha, Presidente – agora eu vou concluir já –, eu faço um apelo para que seja chamada o mais rápido possível uma sessão do Congresso para aprovarmos diversos vetos, rejeitarmos ou aprovarmos. Eu naturalmente defendo principalmente o Veto nº 13, que é sobre aquela iniciativa do Senado – e lembro aqui que Randolfe, Esperidião Amin e muitos outros assinaram junto – que ampliou o auxílio emergencial para mais 15 milhões de pessoas, em torno disso.

    Era isso.

    Obrigado, Presidente. Estou indo aí ao Senado para votar na Chapelaria, devido à minha idade. Obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/09/2020 - Página 22