Fala da Presidência durante a 98ª Sessão Especial, no Senado Federal

Abertura da Sessão Especial destinada a homenagear o centenário do nascimento de Nilo de Souza Coelho.

Autor
Antonio Anastasia (PSD - Partido Social Democrático/MG)
Nome completo: Antonio Augusto Junho Anastasia
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Abertura da Sessão Especial destinada a homenagear o centenário do nascimento de Nilo de Souza Coelho.
Publicação
Publicação no DSF de 20/11/2020 - Página 8
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • ABERTURA, SESSÃO ESPECIAL, HOMENAGEM, CENTENARIO, ANIVERSARIO DE NASCIMENTO, NILO COELHO, EX SENADOR.

    O SR. PRESIDENTE (Antonio Anastasia. PSD - MG. Fala da Presidência.) – Declaro aberta a sessão.

    Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

    A presente sessão especial é destinada a comemorar o centenário de nascimento de Nilo de Souza Coelho, nos termos do Requerimento nº 731, de 2020, do Senador Fernando Bezerra Coelho e outros Senadores.

    Convido para a composição desta Mesa o eminente requerente desta sessão, que nela já se encontra, Senador Fernando Bezerra Coelho; o eminente Senador Eduardo Braga, Líder do MDB, que também já se encontra. E convido, representando a família do homenageado, o Sr. Cézar Coutinho, para a gentileza de igualmente compor esta Mesa.

    Na oportunidade, agradeço a presença das seguintes autoridades: Sr. Deputado Federal Fernando Filho; representando o Presidente da Codevasf, o senhor Diretor da empresa, Luiz Napoleão Casado Arnaud Neto; e, dentre os seus familiares, o seu sobrinho, Sr. Caio Coelho; o Sr. Felipe Coelho, sobrinho-neto; e o Sr. Renan Paes Barreto, igualmente, genro.

    Convido a todos para, em posição de respeito, acompanharmos a execução do Hino Nacional.

(Procede-se à execução do Hino Nacional. )

    O SR. PRESIDENTE (Antonio Anastasia. PSD - MG) – Assistiremos agora a um vídeo institucional.

(Procede-se à exibição de vídeo.)

    O SR. PRESIDENTE (Antonio Anastasia. PSD - MG) – Permitam-me, senhoras e senhores, fazer a leitura de uma carta recebida de Sua Excelência o Presidente José Sarney, alusiva a este momento, dirigida ao eminente autor do requerimento, Senador Fernando Bezerra.

Senador Fernando Bezerra, meu ilustre amigo,

Recebi, do Presidente do Senado Federal, o convite para participar da sessão especial destinada a homenagear o Senador Nilo Coelho, a realizar-se em 19 de novembro do corrente mês.

Como você sabe, fui estreito amigo do Nilo Coelho, tínhamos uma relação de amizade muito próxima.

Para mim, seria extremamente agradável estar presente a essa sessão em sua homenagem, mas a situação sanitária do País, em decorrência da Covid-19, está muito precária e, por recomendações médicas, estou há sete meses sem sair de casa, devido à minha idade avançada.

Assim, não poderei estar presente à sessão, como gostaria, mas peço que leve ao Presidente do Senado essa minha manifestação e minhas escusas pela ausência – uma vez que você é o autor do requerimento da referida sessão –, apresentando ao Senador Davi Alcolumbre meus cumprimentos e meus votos de continuado êxito.

Peço-lhe, ainda, que transmita à toda a sua família a minha manifestação do quanto a memória do Nilo Coelho ainda permanece muito viva em todos nós.

Aceite um grande abraço, de coração, do

José Sarney, ex-Presidente da República. (Palmas.)

    Eminente Senador Fernando Bezerra Coelho, Líder do Governo no Senado Federal; eminente Senador Eduardo Braga, Líder do MDB; eminente Senador Ney Suassuna, que aqui também se encontra; Sras. e Srs. Senadores que nos acompanham pela sessão remota; eminente Senador Diego Tavares, que aqui também se encontra, permitam-me a saudação ao Sr. Cézar Coutinho e a todos os familiares do nosso homenageado nesta data, Presidente do Congresso Nilo Coelho; eminente Senador Fernando Bezerra, em nome do Presidente Davi Alcolumbre, que se encontra neste momento com as questões conhecidas no Estado do Amapá, eu gostaria de fazer aqui uma brevíssima saudação também à memória do Senador Nilo Coelho. Eminente Senador Fernando Bezerra, em nome do Presidente Davi Alcolumbre, que se encontra neste momento com as questões conhecidas no Estado do Amapá, eu gostaria de fazer aqui uma brevíssima saudação também à memória do Senador Nilo Coelho.

    Pelo que nós vimos no vídeo, muito bem posto e lançado, o Senador Nilo Coelho ocupou todos os cargos de relevo no seu Estado de Pernambuco, culminando com o Governo no Palácio das Princesas, como também, no âmbito federal, como Deputado Federal, Senador e Presidente do Congresso Nacional. Ademais, como um grande empreendedor, ele, não só com seu conhecimento médico e, portanto, conhecedor da sensibilidade e da capacidade humana, teve uma antevisão do desenvolvimento integrado e realizou em Petrolina, em toda aquela região do interior do Nordeste, anteriormente conhecida por sua aridez, um verdadeiro oásis da fruticultura internacional. E, como pudemos igualmente assistir pelo vídeo, teve a honra e a felicidade de saber que, do fruto do seu trabalho, do seu labor e do seu esforço, hoje Petrolina e todo aquele perímetro irrigado representam, de fato, um marco do nosso desenvolvimento e a comprovação da capacidade produtiva do Brasil, de Pernambuco e de todo o Nordeste brasileiro. Só por isso já seriam mais que justificadas todas as homenagens à memória do Senador Nilo Coelho.

    E muito mais ele fez não só por seu Estado, mas pelo Brasil. No início desta sessão, eu tive a oportunidade de dizer a seu sobrinho, o meu estimado amigo Senador Fernando Bezerra, que me lembro, ainda nos bancos da Faculdade de Direito da minha Universidade Federal de Minas Gerais, do célebre episódio, quando, então Presidente do Senado, toma uma atitude política de força e de altivez no Congresso Nacional, como Presidente do Congresso, em relação à política salarial daquela época, em 1983, ainda sob a égide do regime militar. Aquele fato marcou a todos nós que assistíamos aos estertores do regime militar e à reafirmação da democracia, que veio logo depois, na Constituinte de 1988 e, é claro, com a redemocratização, com o nosso Presidente Tancredo Neves, em 1985.

    Eu gostaria, portanto, de fazer esta brevíssima e singela homenagem do Senado, nas minhas palavras, à memória de um grande Presidente desta Casa, que cumpriu aquilo que é o mais relevante, desde a concepção de Montesquieu da separação dos Poderes, que é exatamente a autonomia, a independência, sobretudo na convergência dos Poderes e do diálogo, mas, quando necessário, demonstrando, de fato, a necessidade de que os Poderes exerçam com altivez e com soberania os seus Poderes e as suas responsabilidades para com o interesse público.

    Portanto, eminente Senador Fernando Bezerra, autor desse feliz requerimento, membro da família, e todas as pessoas que aqui se encontram, que são familiares, e que nos acompanham pela TV Senado em todo o Brasil, os nossos vivos cumprimentos à saudosa memória e à homenagem ao grande estadista que foi Nilo Coelho.

    Muito obrigado. (Palmas.)

    Tenho a honra de conceder a palavra ao autor do requerimento desta homenagem, o Senador Fernando Bezerra Coelho.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/11/2020 - Página 8