Pronunciamento de Dário Berger em 17/12/2020
Interpelação a convidado durante a 108ª Sessão de Debates Temáticos, no Senado Federal
Sessão de Debates Temáticos destinada à discussão sobre a apresentação do Plano de Vacinação do Governo Federal e dos Governos Estaduais contra o novo coronavírus (Covid-19).
- Autor
- Dário Berger (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/SC)
- Nome completo: Dário Elias Berger
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Interpelação a convidado
- Resumo por assunto
-
SAUDE:
- Sessão de Debates Temáticos destinada à discussão sobre a apresentação do Plano de Vacinação do Governo Federal e dos Governos Estaduais contra o novo coronavírus (Covid-19).
- Publicação
- Publicação no DSF de 18/12/2020 - Página 36
- Assunto
- Outros > SAUDE
- Indexação
-
- SESSÃO DE DEBATES TEMATICOS, APRESENTAÇÃO, PLANO, VACINAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, GOVERNO ESTADUAL, COMBATE, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), PANDEMIA.
O SR. DÁRIO BERGER (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - SC. Para interpelar convidado.) – Deu, deu, deu.
Bem, prezada Senadora Leila Barros, meus sinceros cumprimentos a V. Exa.; saudades de você, da nossa Comissão de Educação, Cultura e Esporte. Receba carinhosamente meu abraço!
Quero cumprimentar também o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e me permitam, para poupar tempo, cumprimentar os demais convidados que fazem parte desta importante audiência pública. Permitam-me ainda cumprimentar os nossos convidados, saudá-los, de maneira especial, na pessoa do Dr. Antonio Miranda, infectologista, um dos mais renomados e reconhecidos médicos de Santa Catarina, especialmente da Grande Florianópolis, que nos dá a honra da sua participação e da sua presença; na pessoa dele, eu queria homenagear todos os convidados, todos os amigos que fazem parte desta audiência pública.
Quero cumprimentar os meus colegas Senadores, principalmente o Senador Esperidião Amin; o Senador Marcelo Castro; o Senador Confúcio; o Senador Tasso Jereissati, um dos expoentes também do Senado Federal que participa desta audiência pública; o Senador Wellington Fagundes; o Senador Kajuru, como sempre participando das nossas discussões, principalmente as mais importantes, que têm a ver com a vida da nossa população; e, por fim, cumprimentar ainda o Senador Izalci, meu querido amigo, grande companheiro de lutas, neste ano importante que nós vivemos.
Bem, eu quero rapidamente mencionar e acrescentar que ouvi atentamente os nossos convidados. Foi muito elucidadora esta audiência pública. Os resultados certamente são bastante promissores, mas eu quero dizer que o cenário atual é de desolação e de desesperança, diante da realidade que nos levou a 180 mil mortes, no Brasil, aproximadamente. Portanto, 2020 é um ano como nenhum outro: conflitos, opiniões divergentes, mudanças climáticas e o Covid-19 criaram a maior e mais expressiva crise sanitária dos últimos cem anos; estamos diante da maior crise humanitária nacional e mundial. Eu estou com 64 anos e nunca imaginei que nós pudéssemos passar por isso, que o ser humano pudesse estar tão enfraquecido no mundo, nessa natureza, e que, com as superpotências, inclusive, as altamente desenvolvidas, como o velho continente europeu etc. e tal, não conseguimos nos antecipar a construir um cenário diferente deste que nós estamos vivendo. A demonstração é de que nós somos muito frágeis diante deste Planeta que integramos hoje e de que nos ajoelhamos, que nos curvamos diante de uma crise sem precedentes da história mundial, a qual, lamentavelmente, nos levou a muitas mortes, especialmente no Brasil.
Estamos, então, diante desse cenário que nos levou a uma crise econômica e social jamais vista também nos últimos tempos. Recessão, desemprego, crianças sem escola, pobreza, miséria, fome, morte, desesperança, incerteza, angústia, esse é o cenário que a gente vive hoje, e por isso é que, muitas vezes, nós não nos entendemos – e nós estamos com muitos problemas pela frente, inclusive problema de convivência.
E, diante desse cenário desolador, a única alternativa que nós temos, nós não temos remédio... O Senador Marcelo Castro, que foi Ministro e é um Senador que tem conhecimento amplo dessa questão, mencionou que a única alternativa que nós temos é a vacina. Nós não temos remédio ainda específico para essa doença, e as pessoas continuam morrendo. Chegamos, no dia anterior, agora, com praticamente mil mortes novamente; quer dizer, isso é um absurdo inaceitável! É inadmissível que, em pleno século XXI, com o avanço da tecnologia, com o avanço da medicina, nós tenhamos que conviver com um vírus que nos deixou todos ajoelhados diante de uma pandemia que se estabeleceu e se instalou no mundo inteiro.
A vacina, na minha opinião, não pode ser desacreditada. Nenhuma vacina pode ser desacreditada. Eu quero tomar a primeira vacina que aparecer, seja de qual país for! Então, é preciso ter fé, é preciso acreditar na medicina, é preciso acreditar na ciência, é preciso acreditar na tecnologia. Precisamos agilizar o processo de vacinação, Ministro, porque é uma angústia de todos nós.
Nós representamos aqui os Estados federados e, sobretudo, representamos a população, que não tem voz e que delegou a nós a voz de solicitar, de insistir, de persistir, de exigir que o Governo – em que nós todos juntos estamos inseridos – possa efetivamente encontrar o caminho o mais rapidamente possível, para que a população brasileira possa ser vacinada também o mais rapidamente possível, porque nós temos pressa, nós estamos apreensivos. A vacina é a nossa única esperança. Santa Catarina tem pressa, o Brasil tem pressa.
Portanto, clamo a V. Exa., Ministro, que continue trabalhando, lutando, batalhando para que a gente possa efetivamente, num curto espaço de tempo, o mais rapidamente possível, encontrar a vacina ideal para o Brasil e efetivamente vacinar o povo brasileiro e o povo catarinense, de maneira que a gente possa restabelecer o novo normal, que a normalidade possa se restabelecer, que a gente possa voltar a trabalhar, que a gente possa voltar à vida normal, para que o Brasil possa crescer, se desenvolver e prosperar, e para que a gente possa correr atrás do prejuízo que este momento, este ano, trouxe para nós, como eu falei, de fome, de miséria, de pobreza, de desemprego, de desesperança, de tristeza e de angústia. Novamente, só com a vacina, na minha opinião e com a opinião de todos certamente, nós vamos sair deste cenário desolador que estamos vivendo.
Então, cumprimento o Senador Esperidião Amin pela iniciativa – acho que foi muito elucidativa. Agradeço a participação de todos os debatedores.
Abraço os meus colegas Senadores e a Presidente desta sessão, Senadora Leila Barros, e homenageio, por fim, o meu querido amigo e médico Antonio Miranda, que nos honra com a sua presença.
Esperidião, um abraço. Parabéns!
Um abraço a todos.