Pronunciamento de Rogério Carvalho em 31/03/2021
Pela ordem durante a 21ª Sessão Deliberativa Remota, no Senado Federal
Comentário sobre o impedimento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) da aquisição pelo Brasil da vacina Bharat Biotech utilizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o combate à Covid-19.
- Autor
- Rogério Carvalho (PT - Partido dos Trabalhadores/SE)
- Nome completo: Rogério Carvalho Santos
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Pela ordem
- Resumo por assunto
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SAUDE:
- Comentário sobre o impedimento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) da aquisição pelo Brasil da vacina Bharat Biotech utilizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o combate à Covid-19.
- Publicação
- Publicação no DSF de 01/04/2021 - Página 63
- Assunto
- Outros > SAUDE
- Indexação
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- COMENTARIO, AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SANITARIA (ANVISA), IMPEDIMENTO, BRASIL, AQUISIÇÃO, VACINA, LABORATORIO, PAIS ESTRANGEIRO, INDIA, COMBATE, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19).
O SR. ROGÉRIO CARVALHO (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - SE. Pela ordem.) – Presidente, eu queria primeiro cumprimentar o meu colega e grande Senador Jaques Wagner, pelo relatório, e o Senador Tião Viana, mas eu queria comunicar que existem 20 milhões de doses da Bharat Biotech, que poderiam chegar e complementar, pelo menos para que a gente tivesse vacina, no mês de abril, suficiente para não parar o cronograma de vacinação.
As informações... Essa vacina está sendo utilizada pela OMS, e não faz sentido a Anvisa impedir ou criar óbice, obstáculo, para a compra ou a aquisição dessas vacinas, a não ser por algum outro motivo que não seja técnico, porque o mundo inteiro está-se utilizando dessa vacina, e são 20 milhões de doses que poderiam entrar no Brasil. Acho que é preciso que a gente veja o motivo real dessas vacinas não entrarem, assim como a Sputnik, cuja aprovação a gente não consegue ter. São 38 milhões de doses contratadas pelo Consórcio Nordeste de Governadores, que poderiam começar a chegar a partir de abril. Então, Presidente, é preciso desideologizar o combate à pandemia.
Como disse Bouer, o psicanalista que escreve para a Folha, o vírus age automaticamente, não ideologicamente. Então, todos nós queremos, mas chega uma hora que – como a Rose, como tantos outros aqui, como a Kátia, que é uma pessoa muito equilibrada – a gente perde a paciência, porque a gente está vendo pessoas morrerem, pessoas morrerem sem ter absolutamente nada. Nós perdemos o controle, e essa perda de controle está levando à perda de pessoas que sequer conseguem ter assistência.
Então, é preciso que a gente observe o que acontece e que a ideologia, neste momento, dê lugar à ciência, que a ideologia dê lugar ao bom senso, à serenidade, à agilidade.
Nós vivemos uma emergência sanitária sem precedentes na história do Brasil. Precisamos lidar com a situação como uma emergência. Vinte milhões de doses não podem ser negligenciadas no momento em que o Brasil não tem vacinas para cumprir o seu cronograma.
Obrigado, Sr. Presidente.