Pela ordem durante a 20ª Sessão Deliberativa Remota, no Senado Federal

Exposição dos trabalhos desenvolvidos pela Comissão Temporária destinada a acompanhar as questões de saúde pública relacionadas ao coronavírus. Considerações sobre reunião da Comissão a qual contou com a presença do Ministro de Estado da Saúde, Sr. Marcelo Queiroga. Comentário sobre o colapso no sistema de saúde e o número de mortos em decorrência da Covid-19. Defesa do Plano Nacional de Imunização e do credenciamento, por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de novos laboratórios farmacêuticos, a fim de facilitar a aquisição de vacinas por Estados e Municípios.

Autor
Confúcio Moura (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Confúcio Aires Moura
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
SAUDE:
  • Exposição dos trabalhos desenvolvidos pela Comissão Temporária destinada a acompanhar as questões de saúde pública relacionadas ao coronavírus. Considerações sobre reunião da Comissão a qual contou com a presença do Ministro de Estado da Saúde, Sr. Marcelo Queiroga. Comentário sobre o colapso no sistema de saúde e o número de mortos em decorrência da Covid-19. Defesa do Plano Nacional de Imunização e do credenciamento, por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de novos laboratórios farmacêuticos, a fim de facilitar a aquisição de vacinas por Estados e Municípios.
Publicação
Publicação no DSF de 31/03/2021 - Página 11
Assunto
Outros > SAUDE
Indexação
  • EXPOSIÇÃO, COMISSÃO TEMPORARIA, ACOMPANHAMENTO, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), PANDEMIA, REGISTRO, REUNIÃO, COMPARECIMENTO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA SAUDE (MS), COMENTARIO, SAUDE PUBLICA, NUMERO, MORTE, DEFESA, PLANO NACIONAL, VACINAÇÃO, IMUNIZAÇÃO, POPULAÇÃO, CREDENCIAMENTO, LABORATORIO FARMACEUTICO, AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SANITARIA (ANVISA), FACILITAÇÃO, AQUISIÇÃO, VACINA, ESTADOS, MUNICIPIOS.

    O SR. CONFÚCIO MOURA (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO. Pela ordem.) – Sras. e Srs. Senadores, ontem, o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esteve na Comissão Covid-19. Houve cerca de dez Senadores que se inscreveram para o arguir. Por incrível que pareça, a sua fala, revestida de prudência e humildade, provocou em todos, de imediato, um sentimento de apoio. Até mesmo as perguntas que poderiam ser mais cáusticas não houve.

    Estamos chegando, Sr. Presidente, ao mês de abril. As mortes e o colapso do sistema de saúde deverão continuar, com uma previsão de chegarmos ao final do mês próximos a 400 mil mortos. E ficamos aqui todos com sentimento de impotência diante dessa tragédia.

    A pandemia no Brasil saiu dos controles, e agora chegamos a um vale-tudo de iniciativas variadas porque instalou-se uma crise verdadeira, sistêmica, e, se pensarmos bem, teríamos de atacar todos os pontos ao mesmo tempo, desde o colapso do sistema de saúde à falta de insumos essenciais e até mesmo dos medicamentos.

    Se a crise é sistêmica, Sr. Presidente, a solução também deve ser sistêmica. Está morrendo gente de Covid e morrendo gente também por falta de atendimento a outras doenças que necessitam de procedimentos eletivos e urgentes. É morte sobre morte. O combate à pandemia está agora nas mãos da população. Governos sozinhos não darão conta de estancar tanto sofrimento.

    Eu sei e todos nós sabemos que o plano nacional de imunização é um dos melhores do mundo, mas se tivéssemos vacinas disponíveis para um ataque vacinal em todo o País. Não tendo vacina no curto prazo, depois de a Anvisa credenciar novos laboratórios farmacêuticos, deverão ser abertas possibilidades de os Estados também adquirirem vacinas, Municípios isolados ou em consórcio.

    Da mesma forma, a iniciativa privada, na forma da Lei 14.125, de 10 de março passado, e dos projetos em tramitação dos Senadores Nelsinho Trad e Vanderlan Cardoso. A situação brasileira está fora de controle, por mais que queiramos dizer o contrário. Cabe ao Senado, em boa hora, ser o agente dessa convocação nacional, através dos Prefeitos, dos Governadores e da iniciativa privada. As empresas devem ser estimuladas a buscar no mercado esse insumo tão necessário agora. A pandemia está humilhando a todos.

    Se tivermos, Sr. Presidente, vacinas para imunizar em 30 dias a população acima de 60 anos, os dados mostram que haverá uma redução de 20% na ocupação de UTIs. E, até agora, só podemos contar de verdade com o Butantan e a Fiocruz na liberação, conforme contrato, das vacinas que estão beneficiando os grupos prioritários. As outras compras terão entregas previstas para o final deste ano.

    Este é o comentário de hoje, Sr. Presidente.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 31/03/2021 - Página 11