Pela ordem durante a 28ª Sessão Deliberativa Remota, no Senado Federal

Exposição dos trabalhos desenvolvidos pela Comissão Temporária destinada a acompanhar as questões de saúde pública relacionadas ao coronavírus. Preocupação com o número de mortes em decorrência da Covid-19, a cobertura e a expectativa de fornecimento de vacinas. Destaque para a falta do denominado "kit de intubação". Defesa da realização pelo Governo Federal de campanha nacional sobre medidas sanitárias de combate à pandemia.

Autor
Rose de Freitas (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/ES)
Nome completo: Rosilda de Freitas
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
SAUDE:
  • Exposição dos trabalhos desenvolvidos pela Comissão Temporária destinada a acompanhar as questões de saúde pública relacionadas ao coronavírus. Preocupação com o número de mortes em decorrência da Covid-19, a cobertura e a expectativa de fornecimento de vacinas. Destaque para a falta do denominado "kit de intubação". Defesa da realização pelo Governo Federal de campanha nacional sobre medidas sanitárias de combate à pandemia.
Publicação
Publicação no DSF de 15/04/2021 - Página 46
Assunto
Outros > SAUDE
Indexação
  • EXPOSIÇÃO, TRABALHO, COMISSÃO TEMPORARIA, ACOMPANHAMENTO, SAUDE PUBLICA, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19).
  • PREOCUPAÇÃO, NUMERO, MORTE, COBERTURA, EXPECTATIVA, FORNECIMENTO, VACINA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), DESTAQUE, FALTA, MEDICAMENTOS, UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI), DEFESA, CAMPANHA, INFORMAÇÕES, UTILIZAÇÃO, EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI), AFASTAMENTO, NATUREZA SOCIAL.

    A SRA. ROSE DE FREITAS (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - ES. Pela ordem.) – Sr. Presidente, muito obrigada. Inclusive, quando o senhor fez a pergunta, eu tentava responder, mas o microfone estava fechado.

    Eu perguntaria ao Presidente da Comissão, Senador Confúcio, se eu posso dividir esse tempo com o Senador Izalci, porque ele traz as últimas informações sobre o assunto que mais debatemos ultimamente, que é essa questão do Sindan, que fala sobre a vacina animal.

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - MG) – Perfeitamente, Senadora Rose de Freitas. V. Exa. terá à disposição dois minutos e trinta segundos, e o Senador Izalci igualmente.

    Com a palavra.

    A SRA. ROSE DE FREITAS (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - ES) – Então, Sr. Presidente, eu acho que falar que é redundante uma situação de caos como essa é tratar quase que pejorativamente uma situação dramática, não é? Nós estamos vivendo essa segunda onda, vejo o trabalho intenso que está sendo feito pelo Senado, sobretudo pela Comissão do Covid. Há o prolongamento dessa situação que estamos passando, que vivemos agora, um aumento diário; é substantivo o número de mortes, a média móvel. Não surpreende a ninguém dizer que o último número de óbitos, nos últimos sete dias, até 13 de abril, Sr. Presidente, é preocupante: são 3.051 pessoas. Esse é um número absoluto.

    Em relação às vacinações, estão sendo rebatidas as informações; todos têm conhecimento disso. Nós chegamos a quase 23,8 milhões – acho que é um número quase que exato – de vacinados com, pelo menos, uma dose. Isso corresponde a 11,26% da população total, e nós estamos no final de abril. Penso que, com esses parâmetros, da forma como colocamos, é relevante falarmos de morte por Covid, falarmos da cobertura da vacinação.

    Então, Sr. Presidente, o Governo está anunciando que conseguiu antecipar ao Brasil as doses de vacina farmacêutica da Pfizer contra o Covid. A previsão que nós tínhamos antes era de 14 milhões de doses até junho. Agora o Ministro já anunciou que são 15,5 milhões de doses, somando as remessas que chegarão em abril, maio e junho; e, dessas, 1 milhão de doses devem chegar nos últimos dias de abril. É o ideal, Sr. Presidente? Claro que não. É uma situação em que, a cada vacina que chega, nós encaramos de maneira alvissareira, com muito otimismo, com muito empenho e – como é do povo brasileiro – com muita esperança.

    Mas eu queria aqui falar, Sr. Presidente da Comissão de Covid, Sr. Presidente do Senado, sobre a questão do kit intubação. As notícias que nós vimos na televisão, Presidente Confúcio, é de que está acabando, nos Municípios, nos Estados, o kit intubação. E nós vimos também que hospitais, inclusive em Duque de Caxias e em outros lugares de São Paulo, estão fechando a porta. E a grande perplexidade é o que eles dizem: "Nós abrimos o leito da UTI para colocar paciente sem nenhum medicamento, é só para ele morrer no leito da UTI. Sem medicamentos, sedativos, bloqueadores neuromusculares que têm que ser usados para um paciente ser intubado, para tratar essa doença, e nós estamos chegando ao fim". A Senadora Simone hoje, numa conversa que tivemos, disse: "No meu Estado, estão dizendo que não haverá medicamentos nos próximos 30 dias".

    Então, em razão dessa disparada de casos e internações nos últimos meses, em todo o País, o sistema de saúde dos Estados vem lidando com esses altos níveis de sobrecarga, sobretudo de falta de perspectiva.

    A Bancada Feminina, Sr. Presidente, inclusive, estava numa situação de se organizar para conversar com a Mariângela, da comissão diretora do setor de medicamentos da OMS, para exatamente tentar sensibilizá-la sobre a questão da parte dos medicamentos.

    Nós precisamos que haja medicamentos para tratar aqueles que se contaminaram. Precisamos, Presidente – e aí é um apelo que lhe faço, antes de conceder a metade do tempo ao Senador Izalci –, de uma campanha nacional. O Governo tem obrigação de fazer isso, ele não pode deixar de se comunicar. Nós estamos vendo a Kátia apelar ao Papa para ir ao parapeito e dizer: "Olha, povo brasileiro, se confine, use máscara". E estamos aí falando que ser o País do futebol não é nada, que temos que ser o País das máscaras, mas simplesmente estamos aceitando que os brasileiros morram pela falta de medicamentos básicos.

    Em relação à vacina...

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - MG) – Para concluir, Senadora.

    A SRA. ROSE DE FREITAS (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - ES) – ... não é por falta de leitos, Sr. Presidente, é a falta de medicamentos.

    A informação que o Izalci vai passar tem muita importância em relação ao empenho notório que os membros da Comissão estão fazendo para encontrar saídas, no debate, quanto à questão das vacinas.

    Então, eu vou encerrar. Eu teria dados para dar, exemplos de Municípios que estão fechando hospitais com os leitos vazios porque faltam sedativos e tudo, mas é importante o que o Izalci vai nos comunicar acerca dessa discussão de termos alternativas de usar as plantas da vacina animal para atender à demanda de vacinação neste País.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/04/2021 - Página 46