Pronunciamento de Jorge Kajuru em 28/04/2021
Discussão durante a 34ª Sessão Deliberativa Remota, no Senado Federal
Crítica ao adiamento do Censo Demográfico no País e à elaboração do Orçamento por não destinar os recursos financeiros necessários para o trabalho. Comentário acerca da importância da realização decenal do Censo pelo IBGE para fins eleitorais, adoção de políticas públicas e realização de investimentos públicos e privados.
- Autor
- Jorge Kajuru (PODEMOS - Podemos/GO)
- Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discussão
- Resumo por assunto
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GOVERNO FEDERAL:
- Crítica ao adiamento do Censo Demográfico no País e à elaboração do Orçamento por não destinar os recursos financeiros necessários para o trabalho. Comentário acerca da importância da realização decenal do Censo pelo IBGE para fins eleitorais, adoção de políticas públicas e realização de investimentos públicos e privados.
- Publicação
- Publicação no DSF de 29/04/2021 - Página 30
- Assunto
- Outros > GOVERNO FEDERAL
- Indexação
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- CRITICA, ADIAMENTO, CENSO DEMOGRAFICO, PAIS, ELABORAÇÃO, ORÇAMENTO, AUSENCIA, RECURSOS FINANCEIROS, COMENTARIO, IMPORTANCIA, DADOS, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE), PERIODO, DECENIO, OBJETIVO, ELEIÇÕES, POLITICA PUBLICA, INVESTIMENTO PUBLICO, SETOR PRIVADO.
O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PODEMOS - GO. Para discutir.) – Presidente Rodrigo Pacheco, o meu assunto hoje é o adiamento do Censo Demográfico, segundo o Governo, por causa de dinheiro. Ele custaria 2 bilhões e a verba disponível para o trabalho ficou em R$53 milhões; ou seja, uma vergonha para o Executivo e o Legislativo, corresponsáveis pela elaboração do Orçamento.
O Censo, que é feito de dez em dez anos pelo IBGE, era para ter acontecido em 2020, senhoras e senhores, mas foi adiado por causa da pandemia. Agora sofre um novo adiamento e é bem provável que não aconteça nem em 2022, ano eleitoral.
Esse assunto é gravíssimo!
O Censo Demográfico começou lá atrás, ainda no Império, em 1872. A partir de 1890, já na República, passou a ser decenal, de dez em dez anos. Por definição, o Censo era realizado para contar os habitantes do nosso Território, identificar as características da população e revelar como vivemos.
A partir desse trabalho, são produzidas múltiplas informações estatísticas imprescindíveis à correta elaboração de políticas públicas e tomadas de decisões de investimentos da iniciativa privada ou de qualquer nível de Governo.
Da maneira como se procede na atual administração, ficam o Governo e a sociedade civil sem os parâmetros norteadores resultantes de uma pesquisa atualizada, trabalhando ainda com os dados do Censo de 2010. Como União, Estados e Municípios vão operar com tamanha defasagem? – eu pergunto. Mais grave ainda: como fazer o manejamento para depois da pandemia de Covid-19 se o País abre mão do conhecimento derivado da captação de mudanças demográficas, sociais e econômicas? – nova pergunta.
Concluo: para mim, é realmente difícil, senão impossível, explicar a decisão de adiar o censo demográfico, presentear o País com um apagão estatístico. Ainda bem que, agora à tarde, o STF corrigiu o grave erro e o Ministro Marco Aurélio de Mello decidiu que o Censo tem que ser feito.
Podem anotar: este é um erro do Governo que só fica posterior ao erro do enfrentamento à pandemia, ou seja, o segundo maior erro deste Governo.
Grato, Presidente Rodrigo Pacheco.