Discussão durante a 34ª Sessão Deliberativa Remota, no Senado Federal

Crítica ao adiamento do Censo Demográfico no País e à elaboração do Orçamento por não destinar os recursos financeiros necessários para o trabalho. Comentário acerca da importância da realização decenal do Censo pelo IBGE para fins eleitorais, adoção de políticas públicas e realização de investimentos públicos e privados.

Autor
Jorge Kajuru (PODEMOS - Podemos/GO)
Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
Casa
Senado Federal
Tipo
Discussão
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Crítica ao adiamento do Censo Demográfico no País e à elaboração do Orçamento por não destinar os recursos financeiros necessários para o trabalho. Comentário acerca da importância da realização decenal do Censo pelo IBGE para fins eleitorais, adoção de políticas públicas e realização de investimentos públicos e privados.
Publicação
Publicação no DSF de 29/04/2021 - Página 30
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • CRITICA, ADIAMENTO, CENSO DEMOGRAFICO, PAIS, ELABORAÇÃO, ORÇAMENTO, AUSENCIA, RECURSOS FINANCEIROS, COMENTARIO, IMPORTANCIA, DADOS, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE), PERIODO, DECENIO, OBJETIVO, ELEIÇÕES, POLITICA PUBLICA, INVESTIMENTO PUBLICO, SETOR PRIVADO.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PODEMOS - GO. Para discutir.) – Presidente Rodrigo Pacheco, o meu assunto hoje é o adiamento do Censo Demográfico, segundo o Governo, por causa de dinheiro. Ele custaria 2 bilhões e a verba disponível para o trabalho ficou em R$53 milhões; ou seja, uma vergonha para o Executivo e o Legislativo, corresponsáveis pela elaboração do Orçamento.

    O Censo, que é feito de dez em dez anos pelo IBGE, era para ter acontecido em 2020, senhoras e senhores, mas foi adiado por causa da pandemia. Agora sofre um novo adiamento e é bem provável que não aconteça nem em 2022, ano eleitoral.

    Esse assunto é gravíssimo!

    O Censo Demográfico começou lá atrás, ainda no Império, em 1872. A partir de 1890, já na República, passou a ser decenal, de dez em dez anos. Por definição, o Censo era realizado para contar os habitantes do nosso Território, identificar as características da população e revelar como vivemos.

    A partir desse trabalho, são produzidas múltiplas informações estatísticas imprescindíveis à correta elaboração de políticas públicas e tomadas de decisões de investimentos da iniciativa privada ou de qualquer nível de Governo.

    Da maneira como se procede na atual administração, ficam o Governo e a sociedade civil sem os parâmetros norteadores resultantes de uma pesquisa atualizada, trabalhando ainda com os dados do Censo de 2010. Como União, Estados e Municípios vão operar com tamanha defasagem? – eu pergunto. Mais grave ainda: como fazer o manejamento para depois da pandemia de Covid-19 se o País abre mão do conhecimento derivado da captação de mudanças demográficas, sociais e econômicas? – nova pergunta.

    Concluo: para mim, é realmente difícil, senão impossível, explicar a decisão de adiar o censo demográfico, presentear o País com um apagão estatístico. Ainda bem que, agora à tarde, o STF corrigiu o grave erro e o Ministro Marco Aurélio de Mello decidiu que o Censo tem que ser feito.

    Podem anotar: este é um erro do Governo que só fica posterior ao erro do enfrentamento à pandemia, ou seja, o segundo maior erro deste Governo.

    Grato, Presidente Rodrigo Pacheco.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/04/2021 - Página 30