Discurso durante a 39ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão Especial destinada a comemorar os 70 Anos da criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Autor
Zenaide Maia (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/RN)
Nome completo: Zenaide Maia Calado Pereira dos Santos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão Especial destinada a comemorar os 70 Anos da criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Publicação
Publicação no DSF de 08/05/2021 - Página 22
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, DESTINAÇÃO, COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, CRIAÇÃO, CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO E TECNOLOGICO (CNPQ).

    A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RN. Para discursar.) – Boa tarde a todos e a todas.

    Eu quero aqui parabenizar o meu colega Senador Izalci Lucas, Presidente desta sessão especial em homenagem aos 70 anos do CNPq – eu não poderia deixar de estar aqui, Izalci.

    Eu quero cumprimentar aqui o Ministro Marcos Pontes e já começar dizendo o seguinte: eu ouvi o Sr. Glaucius dizer: "Os ministérios precisam, todos os ministérios, precisam da ciência e da tecnologia". Eu digo: todo o povo brasileiro precisa, sim, de educação, ciência e tecnologia. E aqui eu tenho que dar um depoimento: o Senador Izalci, meu colega, tem uma luta incansável pela educação, pela ciência e pela tecnologia. E eu digo mais: sem ciência e tecnologia, sem educação, a gente não vai a lugar nenhum.

    Eu costumo dizer que nem democracia se tem, Izalci, porque normalmente o ditador se autointitula o sabedor – ele é a verdade! –, e é a ciência que vem lá e mostra que não é assim.

    Agora, a Sra. Helena falou algo aí que me chamou a atenção: o corte de gastos na educação, na ciência e na tecnologia. Isso, infelizmente, é o que a gente vem vendo e contra que o Izalci, nós e outros Senadores lutamos para não se fazer.

    Mas me chama a atenção, senhores, a Emenda 95, aquela do famoso teto, e me lembro de que o Izalci também e a gente tentou tirar saúde, educação, ciência e tecnologia desse teto. Sem investir em ciência, tecnologia e educação, nós não vamos sair do lugar. Nós vamos continuar com desigualdade social cada dia maior, com concentração de renda.

    Aqui no meu Estado, o Rio Grande do Norte, nós conseguimos ficar com 23 campi do Instituto Federal, e todos eles ligados às universidades, com toda a academia, é quem estão desenvolvendo na área de energias limpas, de energias eólicas. Nós temos, na cidade de João Câmara, no Instituto Federal, o ensino técnico em energias renováveis e o ensino superior e pós-graduação. E por isso, como eu digo, é a indústria, é a empresa, são as universidades e o Estado.

    Se olharem o orçamento do Brasil – eu sempre gosto de olhar a partir de 2017, porque foi quando se congelou, Izalci. Se você olhar o orçamento, ele tem 50% para juros e para o serviço de uma dívida bancária que, mesmo a Constituição dizendo, nunca foi auditada. Não estou aqui defendendo calote, mas não é possível que um país pegue mais de 50% do que os seus cidadãos pagam de imposto e coloque para pagar juros e serviços de uma dívida. Eu digo mais, senhores: as maiores dívidas públicas do mundo são a do Japão e a dos Estados Unidos, e nem por isso eles deixam de investir em educação, ciência e em tecnologia.

    Estou feliz, porque são 70 anos, gente! E hoje eu, como médica de formação, sou um adulto jovem – não sou terceira idade ainda não –, e esse adulto jovem vai dizer à Helena e a todos vocês que estão aí: não tenham dúvida de que Izalci, Zenaide e outros, nós estamos tentando mostrar para o Governo, mostrar para o Ministério da Economia que, sem ciência e tecnologia, sem educação, nós não vamos ter uma saúde, porque até povo educado é povo mais saudável, a não ser quando vem uma pandemia dessas, que supera tudo. Mas, mesmo assim, o educado tem as medidas protetivas, porque ele aceita. Povo educado é povo mais saudável, e é disso que precisamos.

    E a gente sabe que educação, ciência e tecnologia é o que evita, o que reduz a violência. Gente, nós não estamos inventando a roda! O país que quis crescer com igualdade social, com cidadania para o seu povo investiu em educação, em ciência e em tecnologia.

    Parabéns CNPq!

    Parabéns, Izalci, meu colega, de quem sinto o maior orgulho, porque pensa como a gente.

    E aqui, no Rio Grande do Norte, tiraram agora recursos de R$3,9 bilhões da educação, nesse Orçamento cortado, mas a gente, quando pode, bota até as emendas impositivas, não é, não, Izalci? Aqui, a minha emenda impositiva de bancada do ano anterior eu botei para os Institutos Federais de Ciência e Tecnologia para completarem os seus laboratórios, para que os jovens possam ter cidadania e um futuro.

    Obrigada, Izalci, por poder participar de uma sessão especial tão importante para o País neste momento.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/05/2021 - Página 22