Discussão durante a 40ª Sessão Deliberativa Remota, no Senado Federal

Crítica ao Presidente da República, Jair Bolsonaro, por declarações sobre a Amazônia e a Antártida. Considerações sobre a existência de um gabinete para divulgação de informações, ligado a Jair Bolsonaro. Comentário sobre matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo, segundo a qual Bolsonaro criou um orçamento secreto de R$ 3 bilhões em troca de apoio no Congresso Nacional

Autor
Jorge Kajuru (PODEMOS - Podemos/GO)
Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
Casa
Senado Federal
Tipo
Discussão
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Crítica ao Presidente da República, Jair Bolsonaro, por declarações sobre a Amazônia e a Antártida. Considerações sobre a existência de um gabinete para divulgação de informações, ligado a Jair Bolsonaro. Comentário sobre matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo, segundo a qual Bolsonaro criou um orçamento secreto de R$ 3 bilhões em troca de apoio no Congresso Nacional
Publicação
Publicação no DSF de 12/05/2021 - Página 30
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • CRITICA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, DECLARAÇÃO, REGIÃO AMAZONICA, ANTARTIDA, COMENTARIO, GABINETE, DIVULGAÇÃO, INFORMAÇÕES, REGISTRO, ARTIGO, O ESTADO DE S.PAULO, CORRUPÇÃO, DESVIO, RECURSOS FINANCEIROS, ORÇAMENTO, JAIR BOLSONARO.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PODEMOS - GO. Para discutir.) – Um abraço, Presidente Rodrigo Pacheco!

    Deus, saúde e ótima semana para todos nós e, evidentemente, em especial, para a Pátria amada!

    Permita-me, aqui, em relação aos últimos dias, dois pontos em função do tempo, que eu sempre cumpro.

    Uma correção cultural ao Presidente Jair Bolsonaro, que disparou, em uma declaração, que o Brasil precisa ter mais amor aos seus patrimônios culturais. E aí ele citou a Amazônia e a Antártida. Eu creio que ele deve ter pensado em Antártica, porque a Antártida não é patrimônio cultural do Brasil.

    Ainda sobre o Presidente Jair Bolsonaro, que, do ponto de vista de cultura, nunca leu nem O Pequeno Príncipe, na semana passada, durante evento sobre a tecnologia 5G no Palácio do Planalto, ele deixou claro – e eu duvido que algum colega agora tenha dúvida – que o seu filho Vereador Carlos é seu marqueteiro com direito a um gabinete para divulgação de informações.

    Tal gabinete, cuja existência o Chefe do Executivo reconheceu pela primeira vez, é chamado por adversários do Presidente e por ex-aliados de gabinete do ódio. Lá, são produzidos relatórios com análises de fatos políticos e econômicos, orientações de medidas para adoção pelo Governo e indicações de inimigos a serem combatidos com ataques sórdidos nas redes sociais, do nível de xingar a sua mãe, por exemplo. Aqui muitos já viveram esse momento. Eu vivo todo dia e, para mim, isso é um atestado de idoneidade.

    Todavia, segundo declarações do Presidente da República, o grupo que atua sob a chefia do filho Carluxo é responsável por defender a liberdade e a seriedade. Então, está aí um novo nome ao gabinete do ódio, o gabinete da liberdade e da seriedade.

    Tinha mais para falar. Durante a semana, se puder, falarei. E rapidamente, Presidente, V. Sa. não tem nada a ver com isso. Eu conheço a sua honra desde Belo Horizonte. Agora, eu creio que todos os Senadores aqui deveriam fazer um pronunciamento sobre a matéria de ontem, investigativa, com provas cabais, com planilhas, do jornal O Estado de S. Paulo.

    Trata-se de um dos maiores escândalos da história do Senado, com um Senador de Estado pequeno que já enviou este ano em verbas R$277 milhões. Pasmem. Então, se calar o Senado Federal diante de uma reportagem dessas é lembrar de vovó: quem cala consente.

    Obrigado, Presidente Pacheco.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/05/2021 - Página 30