Fala da Presidência durante a 45ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão Especial destinada a comemorar o Dia da Defensoria Pública.

Autor
Fabiano Contarato (REDE - Rede Sustentabilidade/ES)
Nome completo: Fabiano Contarato
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão Especial destinada a comemorar o Dia da Defensoria Pública.
Publicação
Publicação no DSF de 18/05/2021 - Página 23
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, DESTINAÇÃO, COMEMORAÇÃO, DIA NACIONAL, DEFENSORIA PUBLICA.

    O SR. PRESIDENTE (Fabiano Contarato. Bloco Parlamentar Senado Independente/REDE - ES) – Obrigado, minha querida Aline.

    Eu lembro, sim, muitas vezes, nos corredores da faculdade, nas salas de professores, sempre a gente ali trocando ideias para despertar no aluno de Direito aquilo que motiva. É tão bom o professor entrar em uma sala de aula e ver o brilho nos olhos dele, acreditando que ele pode ser transformador e que ele, sim, faz parte disso. A consequência de títulos e salários, isso tudo é um mero exaurimento em relação àquilo que ele efetivamente vai fazer quando colocar sua digital na defesa, volto a falar, intransigente dos hipossuficientes. Eu acho que é para isso que nós estamos aqui.

    Eu acho que, se me perguntassem "qual o seu sonho como Senador?", eu responderia, não teria dúvida: é o de diminuir esse abismo existente entre os milhões de pobres e a concentração de riqueza na mão de tão poucos; é o de dar efetividade à garantia constitucional que está no art. 6º, a de que todos têm direito à saúde pública – as pessoas, mesmo antes da pandemia, estavam morrendo nos corredores dos hospitais públicos –; é o de dar efetividade para que os filhos dos pobres entrem pela porta da frente em um curso de Medicina, porque, se não for o sistema de cotas, os pobres não entram nas universidades federais; é o de dar efetividade a um salário mínimo digno capaz de suprir as necessidades do cidadão e as de sua família, com saúde, educação, habitação, moradia, lazer, vestuário, higiene, conforme determina o art. 7º, inciso IV, da Constituição Federal; é o de reduzir a carga tributária; é o de tributar as grandes fortunas; é o de taxar juros e dividendos – quem ganha mais deve contribuir mais –; é o de sabermos quem são as pessoas que vivem em situação de rua; é o de não permitirmos a arquitetura hostil; é o de lutar efetivamente para que a cidade seja inclusiva, e não exclusiva, seja acolhedora e difunda mais o amor. Esse é o meu sonho. É o sonho que eu quero diuturnamente tentar exercitar no meu mandato para construir isso melhor.

    E aí – eu não me furto a falar – eu sempre olho para o meu querido Senador Paulo Paim e falo: meu Deus, eu quero ser um milésimo do que esse grande homem, esse grande político sempre faz por todos nós, por todos os pobres!

    Perdão, mais uma vez, pela minha intervenção e por este desabafo, mas não há como não se emocionar quando se trata da Defensoria Pública. Não há como não se emocionar! Só quem não tem empatia nenhuma é que não consegue se tocar com a Defensoria Pública.

    Eu pediria perdão aqui por inverter a ordem de inscrição. Antes de conceder a palavra ao Sr. Francisco, vou concedê-la à Sra. Ilza Natália Becher, assistida pela Defensoria Pública e médica do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde, para em cinco minutos se manifestar. Peço perdão aqui por ter feito uma alternância na ordem dos oradores.

    Com a palavra a Sra. Ilza Natália Becher, para, em cinco minutos, se manifestar.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/05/2021 - Página 23