Discurso durante a 52ª Sessão de Debates Temáticos, no Senado Federal

Sessão de Debates Temáticos destinada a debater o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos - Perse, Lei nº 14148, de 2021, e os desafios para a recuperação dos eventos no Brasil.

Autor
Daniella Ribeiro (PP - Progressistas/PB)
Nome completo: Daniella Velloso Borges Ribeiro
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ECONOMIA:
  • Sessão de Debates Temáticos destinada a debater o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos - Perse, Lei nº 14148, de 2021, e os desafios para a recuperação dos eventos no Brasil.
Publicação
Publicação no DSF de 25/05/2021 - Página 9
Assunto
Outros > ECONOMIA
Matérias referenciadas
Indexação
  • SESSÃO DE DEBATES TEMATICOS, DESTINAÇÃO, DISCUSSÃO, PROGRAMA, EMERGENCIA, RETOMADA, RECUPERAÇÃO, SETOR, EVENTO, BRASIL.

    A SRA. DANIELLA RIBEIRO (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/PP - PB. Para discursar.) – Primeiro, bom dia a todos!

    Eu gostaria de agradecer ao meu colega Líder Izalci Lucas pela grandeza e pela presteza de, direto do bunker do Senado Federal, me acudir diante da impossibilidade de eu estar aí presente, por força de uma cirurgia que meu filho mais novo teve que fazer. Eu, como mãe, não tive condição de sair. Ontem, tentei, fiquei uma hora assim pensando: vou ou não vou? Vou ou não vou? Eu disse: não vou conseguir. E, graças a Deus, nós temos amigos aqui no Senado Federal! Nós somos amigos aqui. Somos Senadores, mas somos apoiadores uns dos outros.

    Então, eu quero muito agradecer, Izalci, Senador Izalci, por esse gesto de grandeza, por essa parceria, pelo tema também. Tenho certeza de que você fez questão de vir aqui também pelo tema.

    Quero também agradecer a todos os Senadores que aqui estão conosco, o Senador Carlos Portinho, o Senador Amin, o Senador Wellington Fagundes, o Senador Lasier Martins, que aqui vejo, a Senadora Rose de Freitas. E outros Senadores que porventura eu não esteja vendo, sintam-se abraçados.

    Quero cumprimentar, pela Abrape, o amigo Doreni Caramori e cumprimentar, através dele, todos os segmentos de eventos aqui representados, segmentos esses em que estamos na luta faz um bom tempo já. Estamos na luta defendendo o direito não só... O retorno a gente não pode defender por causa da aglomeração. São setores que vivem da aglomeração, mas são setores que têm dado muito de si justamente pela compreensão de pararem suas atividades por força da aglomeração. Eles, por si só, têm essa compreensão, mas, ao mesmo tempo, simplesmente têm um único pedido, o de que o Governo... Aqui está o seu representante, o Sr. Carlos Costa, e outros aqui representam o Governo Federal, o Ministério da Economia, no qual estive presente em reuniões junto com o próprio Ministro da Economia.

    A nossa equipe também, junto com o Doreni e com outros, esteve presente o tempo inteiro nas tratativas com relação a esta questão do que se podia fazer diante do projeto que nós tínhamos apresentado, que, aliás, veio da Câmara, que é de autoria do Deputado Felipe Carreras, para ver aonde a gente poderia chegar, o que a gente poderia alcançar, para não ser mais do mesmo. No caso do Perse, o Perse tinha uma especificidade muito grande, que é justamente a de a gente ter um olhar diferenciado para aqueles que fecharam primeiro e vão abrir por último.

    Ontem, eu vi o Instagram, Senador Izalci, Senador Carlos Portinho, de um amigo meu que fez a festa do casamento do meu filho. E ele fez uma postagem que, meu Deus do céu, doeu meu coração totalmente. Ele fazia a montagem de uma estrutura de 40 por 11. Ele estava desmontando essa estrutura e escreveu dizendo que não sabia mais o que fazer, não sabia o quanto mais ia aguentar até que os nossos governantes pudessem compreender, de uma vez por todas, que a última pá de cal ele estava botando naquele momento.

    Então, é neste sentido que vai aqui esta audiência, esta sessão temática: de a gente poder chegar a um denominador comum e aqui usar a nossa sensibilidade mais do que a nossa racionalidade. Sim, usar a nossa sensibilidade mais do que a nossa racionalidade no sentido dessa matemática. E aqui eu não estou dizendo para ser irracional; eu estou dizendo para a gente usar um pouco mais... Porque há projetos que a gente olha logo e diz: "Pronto, aqui é assim, assim, assado. Não pode. É desse jeito, etc.". Há outros projetos que a gente diz assim: "Pronto, a gente vai olhar aqui...", como, por exemplo – vou dar um exemplo para vocês aqui, ao pessoal do Governo. Eu queria muito dizer isto.

    Presidente Izalci, que preside esta sessão aí no bunker, presidimos juntos, nós passamos 14 anos em Campina Grande querendo uma agência da Caixa Econômica, uma superintendência da Caixa Econômica. O Ministro Occhi, naquela época, que foi Ministro e foi Presidente da Caixa, havia sido uma indicação do Progressistas. E ele sucedeu meu irmão como Ministro das Cidades. Este pedido chegou lá várias vezes: para que ele levasse a superintendência. E ele dizia que não tinha como. O Presidente Pedro Guimarães – primeiro dia em que conheci o Presidente Pedro Guimarães –, sem perguntar nada, em absoluto, sobre questão política, mas só em ele olhar o Nordeste, só em ele ver qual era a necessidade – Paraíba tinha superintendência só em João Pessoa –, fez uma matemática. Qual foi a matemática? São Paulo tem superintendências demais, Paraíba tem uma superintendência. Ele fechou uma que não havia necessidade em São Paulo e abriu uma em Campina Grande, após 14 anos e todos os políticos que passaram pedirem, pedirem, pedirem, pedirem... E esta foi a matemática: matemática da sensibilidade.

    Então, o que eu quero pedir aqui ao Governo, já iniciando minhas palavras, é a matemática da sensibilidade. É aquela que faz com que as pessoas possam ser vistas. Não só os números, mas as pessoas, porque a superintendência em Campina Grande fez com que as cidades do Sertão da Paraíba não precisassem vir até a capital, num gasto de sete horas, oito horas de carro, colocando a vida em perigo, tendo gastos – pessoas humildes tendo gastos além disso –, só para assinar um documento, uma assinatura de um documento.

    Então, aqui nesse cenário, finalizando minha palavra, para que vocês possam iniciar a de vocês, quero dizer que eu já tenho visto muito, estou dentro desse processo todo, vocês têm em mim uma parceira, mas eu queria muito, muito, muito... Ainda faltam coisas, ainda falta a gente atravessar obstáculos.

    E eu queria muito encontrar um parceiro aqui no Governo, através do Ministério da Economia, assim como foi na Caixa Econômica, para que possa olhar junto com todos vocês, todos aqueles que representam o setor de eventos, para que possamos fazer juntos essa matemática da sensibilidade e, assim, possamos ganhar todos nós, sem que nós precisemos passar por vetos, ou discussões de derrubadas de vetos, ou discussões maiores.

    Era só isso que eu queria dizer.

    Por fim, quero agradecer a todo o pessoal também do Ministério da Economia que está aqui conosco, através, como eu já disse, do Secretário Carlos Costa, na pessoa de quem eu quero agradecer a todo o pessoal da Economia que está aqui conosco, está nos ouvindo e vai também ter sua palavra assegurada pelo Líder, querido amigo Izalci Lucas.

    Obrigada, gente, e até já.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/05/2021 - Página 9