Pela ordem durante a 56ª Sessão Deliberativa Remota, no Senado Federal

Exposição dos trabalhos desenvolvidos pela Comissão Temporária destinada a acompanhar as questões de saúde pública relacionadas ao coronavírus. Preocupação com o aumento de ocupação dos leitos de UTI, a decretação de “lockdown” em decorrência do aumento da doença e a possibilidade da terceira onda de contaminação em razão das variantes do vírus. Elogio às centrais de favelas, às associações de comunidades pobres, a exemplo do trabalho desenvolvido em Paraisópolis, São Paulo (SP), e às empresas brasileiras em razão da contribuição no enfrentamento da pandemia.

Autor
Confúcio Moura (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Confúcio Aires Moura
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
SAUDE:
  • Exposição dos trabalhos desenvolvidos pela Comissão Temporária destinada a acompanhar as questões de saúde pública relacionadas ao coronavírus. Preocupação com o aumento de ocupação dos leitos de UTI, a decretação de “lockdown” em decorrência do aumento da doença e a possibilidade da terceira onda de contaminação em razão das variantes do vírus. Elogio às centrais de favelas, às associações de comunidades pobres, a exemplo do trabalho desenvolvido em Paraisópolis, São Paulo (SP), e às empresas brasileiras em razão da contribuição no enfrentamento da pandemia.
Publicação
Publicação no DSF de 28/05/2021 - Página 11
Assunto
Outros > SAUDE
Indexação
  • EXPOSIÇÃO, TRABALHO, COMISSÃO TEMPORARIA, ACOMPANHAMENTO, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), PREOCUPAÇÃO, AUMENTO, OCUPAÇÃO, LEITO HOSPITALAR, UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI), CONTAMINAÇÃO, VARIANTE, ELOGIO, ATUAÇÃO, COMUNIDADE, FAVELA, EMPRESA NACIONAL.

    O SR. CONFÚCIO MOURA (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO. Pela ordem.) – Sr. Presidente, Senadores, Senadoras, hoje tivemos uma audiência administrativa fechada com diretores da Anvisa para tratarmos da vacina Sputnik e Covaxin. O Senador Styvenson Valentim esteve presente e ele ficou de trazer esse assunto bem estudado, ele fez todas as anotações para a sessão de terça-feira próxima, quando já deve trazer boas notícias para o Brasil e para o Senado Federal.

    Do outro lado, Sr. Presidente, nós estamos vendo o aumento de ocupação dos leitos de UTI em várias cidades brasileiras. Estamos observando o que aconteceu de ontem para hoje, agora, nesta semana, na região de Ribeirão Preto, Franca e outros Municípios de São Paulo, que estão decretando lockdown em suas regiões pelo aumento da doença.

    A possibilidade da terceira onda é real. Então, nós passamos o ano de 2020, parece, aprendendo a conviver com a doença e neste ano a doença está nos dando um baile. A doença vem com as suas variantes, suas mutantes, cada uma delas com maior agressividade e transmissibilidade, e assim a população brasileira, os hospitais, os profissionais de saúde, já estafados e cansados, não sabem mais de onde tirar forças para encarar a doença consequentemente.

    E nós estamos observando, Sr. Presidente, que essa pandemia não é só um problema de governo não; ela é um problema da sociedade também. A gente tem que concluir que o trabalho, o enfrentamento da doença deve ser de muitas mãos e de muitas participações.

    Estamos vendo as centrais de favelas, as associações de comunidades pobres, procurando resolver os seus problemas localmente, inventando participar com os outros, que estão passando por uma fase pior de pobreza e até de fome. Nós temos que aprender com eles. Por exemplo, a favela de Paraisópolis, em São Paulo, tem dado um show de governo local, popular independente, sem necessitar de Prefeito de São Paulo, sem necessitar de Governo de São Paulo ou, se necessita, não está sendo explicitado, mas buscando doações para a distribuição de alimentos, contratando ambulâncias, contratando profissionais de saúde, pagando a duras penas, mostrando que as soluções têm que vir de muitos locais.

    E também as empresas brasileiras, que já começaram a mostrar alguma vitalidade na sua participação, a importância das grandes empresas também em doações, como a Vale, que liderou um movimento para as drogas de intubação no Brasil, que vieram por eles, e outras tantas participações empresariais. Mas precisa-se de mais e de muito. E devemos estar unidos, prevenidos, prevenidos, Sr. Presidente, para possíveis agravamentos da situação brasileira.

    E o Senado Federal não pode, de maneira nenhuma, se omitir. A nossa Comissão se encerra no dia 30 de junho, o seu prazo de validade. Então, aí V. Exa. analisa se é conveniente prorrogar ou fazer o seu encerramento. Eu até passei uma mensagem para V. Exa., hoje ou ontem cedo, dizendo que a nossa Comissão, embora trabalhando bastante – hoje mesmo já trabalhamos, fizemos contatos com a Anvisa, lutando pela Covaxin e pela Sputnik –, o interesse hoje maior está sendo a CPI. Enquanto nós estamos encarando as soluções, buscando os laboratórios, fortalecendo a indústria nacional, estimulando o Ministério da Ciência e Tecnologia a financiar as pesquisas das universidades brasileiras, para nós sermos independentes da produção de vacina, enquanto tudo isso acontece, a gente verifica que o quórum da nossa Comissão está diminuindo pelo interesse investigativo, já havendo uma Comissão já determinada; e, enquanto isso, nós não podemos, de jeito nenhum, diminuir a força da Comissão na busca de soluções para o enfrentamento de uma doença duvidosa, imprevisível, que é a pandemia pelo Coronavírus.

    Assim, Sr. Presidente, é uma premonição, uma advertência: nós não vencemos a pandemia. Estamos convivendo com ela e sendo surpreendidos a cada semana por um baile, por uma novidade grave, com que ela se apresenta para nós todos.

    Era isso, Sr. Presidente.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/05/2021 - Página 11