Pela ordem durante a 60ª Sessão Deliberativa Remota, no Senado Federal

Exposição dos trabalhos desenvolvidos pela Comissão Temporária destinada a acompanhar as questões de saúde pública relacionadas ao coronavírus. Considerações sobre o acompanhamento por S. Exa. e pelo Senador Styvenson Valentim, junto à Anvisa, da análise das vacinas Sputnik V e Covaxin. Defesa do desenvolvimento de vacina nacional, a exemplo da ButanVac, do Instituto Butantan.

Autor
Confúcio Moura (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Confúcio Aires Moura
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
SAUDE:
  • Exposição dos trabalhos desenvolvidos pela Comissão Temporária destinada a acompanhar as questões de saúde pública relacionadas ao coronavírus. Considerações sobre o acompanhamento por S. Exa. e pelo Senador Styvenson Valentim, junto à Anvisa, da análise das vacinas Sputnik V e Covaxin. Defesa do desenvolvimento de vacina nacional, a exemplo da ButanVac, do Instituto Butantan.
Publicação
Publicação no DSF de 09/06/2021 - Página 14
Assunto
Outros > SAUDE
Indexação
  • EXPOSIÇÃO, TRABALHO, COMISSÃO TEMPORARIA, ACOMPANHAMENTO, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19).
  • COMENTARIO, ACOMPANHAMENTO, ANALISE, VACINA, AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SANITARIA (ANVISA).
  • DEFESA, DESENVOLVIMENTO, VACINA, BRASIL, INSTITUIÇÃO DE PESQUISA.

    O SR. CONFÚCIO MOURA (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO. Pela ordem.) – Sr. Presidente, esse trabalho que o Styvenson e eu fizemos na semana passada junto à Anvisa foi muito importante, justamente o acompanhamento que fizemos durante o trabalho dos diretores da Anvisa com o objetivo de analisar profundamente a vacina Sputnik V e a Covaxin.

    Até que, por fim, só com um voto contrário, as duas vacinas foram excepcionalmente, extraordinariamente, aprovadas, com restrições – com restrições. Normalmente os Governadores, os Prefeitos queriam realmente que as vacinas fossem amplamente compradas e aplicadas na população, mas, por medida prudencial, os diretores da Anvisa ofereceram um quantitativo, um percentual de 1% da população para a aplicação inicial, e observar as reações, observar os resultados das duas vacinas.

    E foi um avanço. Foi um avanço importante e, logo, logo, com certeza, esse percentual irá aumentar. Isso é muito importante para o Brasil sem vacinas, como está hoje, ter duas vacinas novas entrando no mercado nacional.

    Mas, Sr. Presidente, isso é um refresco para a gente. Nós precisamos mesmo é da vacina nacional. Realmente a ButanVac está aí, batendo às portas. Também a de Ribeirão Preto, a de Minas Gerais, em pesquisa. E o mais importante – e que o Senador Wellington tem insistentemente falado, e parece que, de tanto falar, me dá a impressão de que ninguém está dando bola – é a utilização dos laboratórios produtores de vacinas para animais, dentre elas, a aftosa. São grandes laboratórios do Brasil, grandes laboratórios que produzem mais de 400 milhões de doses de vacina. É uma experiência extraordinária.

    O senhor sabe que muitos Estados brasileiros estão livres de aftosa por vacinação. Daqui a pouco, esses laboratórios estão fechando, porque a febre aftosa está quase erradicada no país inteiro: Rondônia, Acre... Santa Catarina foi o primeiro Estado a ser livre de aftosa sem vacinação. Então, nós poderíamos trabalhar, Sr. Presidente, no comitê de que V. Exa. faz parte, no sentido de que o Butantan ou a Fiocruz, inicialmente, façam parcerias com esses laboratórios, até que eles possam buscar no mercado internacional as amostras, a semente, o counter da vacina, para eles produzirem o IFA nacional. E é IFA nacional! Você já imaginou ter laboratórios prontos – a Anvisa já fez as análises e está fazendo as análises, falta pouca coisa de investimento – para a gente produzir, em território nacional, vacina nossa? Essa é a vacina certa, Sr. Presidente.

    Agora mesmo, na CPI, o Ministro está falando que tem 600 milhões de doses. Sr. Presidente, isso é uma encomenda. Lá na frente, a pressão internacional pela vacina vai ser crescente. Daí a pouco, não tem a vacina que a gente espera. E, se nós trabalharmos duro, Sr. Presidente, nós vamos conseguir a vacina nacional, a vacina nossa, o pão nosso de cada dia, importantíssimo para garantir realmente a imunização brasileira.

    Nós estamos aí com 470 mil mortos hoje, aproximadamente. E, se a gente não cuidar, Sr. Presidente, infelizmente, como até agora mesmo o menino do PT estava falando na Comissão, podemos chegar a 700 mil mortos, o que é um absurdo.

    Então, essas eram as minhas palavras. Eu quero agradecer à Anvisa. Eu quero que ninguém fique achando que é preciosismo da Anvisa. Não é não: é prudência, é cuidado que a Anvisa tem e os diretores, os eficientes diretores de carreira que brilhantemente analisaram os processos, relataram e votaram livremente, num trabalho bem feito. Então, realmente, nós temos que tirar o chapéu para a Anvisa, pelo trabalho devoto que ela faz na proteção da saúde humana e animal aqui do Brasil.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.

    Aliás, é a vacina humana, os medicamentos humanos. Animal é lá no Ministério da Agricultura.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/06/2021 - Página 14