Pronunciamento de Leila Barros em 29/06/2021
Discussão durante a 70ª Sessão Deliberativa Remota, no Senado Federal
Comentário sobre a redução de casos graves de vítimas da Covid-19 à medida em que avança a vacinação no País. Elogio aos exemplos praticados em Botucatu (SP) e nos Estados Unidos da América (EUA). Crítica à escassez de vacinas e à escolha de pessoas por determinado fabricante.
- Autor
- Leila Barros (PSB - Partido Socialista Brasileiro/DF)
- Nome completo: Leila Gomes de Barros Rêgo
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discussão
- Resumo por assunto
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SAUDE:
- Comentário sobre a redução de casos graves de vítimas da Covid-19 à medida em que avança a vacinação no País. Elogio aos exemplos praticados em Botucatu (SP) e nos Estados Unidos da América (EUA). Crítica à escassez de vacinas e à escolha de pessoas por determinado fabricante.
- Publicação
- Publicação no DSF de 30/06/2021 - Página 29
- Assunto
- Outros > SAUDE
- Indexação
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- COMENTARIO, REDUÇÃO, GRAVIDADE, OCORRENCIA, VITIMA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), AUMENTO, VACINAÇÃO, PAIS, ELOGIO, PROCEDIMENTO, TRATAMENTO DE SAUDE, BOTUCATU (SP), PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), CRITICA, INSUFICIENCIA, VACINA, ESCOLHA, FABRICANTE, DEFESA, MEDICAMENTOS, PROTEÇÃO, POPULAÇÃO.
A SRA. LEILA BARROS (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - DF. Para discutir.) – Obrigada, Sr. Presidente.
Eu cumprimento o senhor, todas as Senadoras e Senadores na tarde de hoje e todos os brasileiros e brasileiras que acompanham os nossos trabalhos acessando os veículos de comunicação e as mídias sociais do Senado Federal.
Sr. Presidente, à medida que a vacinação avança em nosso País, diminuem os casos graves de Covid-19, e é esta a boa notícia que gostaria de compartilhar hoje com todos vocês.
Quero falar sobre a importância da vacina e reafirmar que todas elas têm a capacidade de salvar muitas vidas, e estão salvando. Um bom exemplo é o que está acontecendo no Município de Botucatu, no interior de São Paulo.
Ontem, a imprensa noticiou que a vacinação em massa realizada naquela cidade paulista foi responsável por uma queda de 71,3% no número de novos casos de Covid-19. A prefeitura local informou que a média móvel registrada na semana de 20 a 26 de junho ficou em 283 casos diários. Na semana epidemiológica encerrada em 6 de junho, 14 dias antes da campanha de vacinação, que atingiu mais 65 mil moradores com idade de 18 a 60 anos, a quantidade de casos havia chegado a 988 casos diários. A realidade constatada em Botucatu é um reflexo do que já vem sendo observado em todo o mundo. As estatísticas comprovam que onde a vacinação está avançada há uma significativa redução no número de casos e, principalmente, de mortes.
Os Estados Unidos, que já vacinaram mais de 53% da população acima de 12 anos de idade, são um bom exemplo. Dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças norte-americano revelam que, das 18 mil mortes por Covid registradas em maio, apenas 150 foram de pessoas que tomaram as duas doses da vacina. Ou seja, mais de 99% dos óbitos em decorrência da doença se concentraram em pessoas não imunizadas.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, brasileiros e brasileiras, lamentavelmente, o Brasil ainda está bastante longe de alcançar a cobertura vacinal registrada nos Estados Unidos. Mesmo assim, a pandemia já dá sinais de desaceleração aqui, no nosso País. Ontem, de acordo com o balanço do Consórcio de Veículos de Imprensa, que utiliza dados das secretarias estaduais de saúde, o Brasil registrou a menor média móvel de mortes por Covid desde março. Melhor ainda: nenhum Estado apresentou alta na quantidade de óbitos. No Distrito Federal, como exemplo, a média móvel de óbitos caiu em 38%. A redução ocorreu mesmo que apenas 12,9% da população brasileira tenham tomado as duas doses da vacina contra a Covid ou a dose única. A primeira dose já foi aplicada em 33% dos brasileiros.
O Brasil ainda está muito distante do patamar ideal da vacinação. O principal fator, claro, todos nós sabemos, é a escassez de vacinas. Porém, mesmo com essa carência, lamentavelmente, há registros de pessoas que estão se recusando a receber o imunizante e outras que procuram escolher a vacina de um fabricante X ou Y. O fenômeno tem como um dos motivos a difusão de fake news em grupos de WhatsApp e em redes sociais.
As autoridades sanitárias esclarecem que não é possível escolher qual vacina receber.
Eu, inclusive, na semana passada, tomei minha primeira dose, me imunizei, fui lá super feliz, não escolhi vacina, porque não temos que escolher, e foi um momento muito especial para mim, Sr. Presidente.
Recusar-se a ser imunizado com a vacina disponível é assumir o risco de permanecer vulnerável e de se infectar pelo novo coronavírus. Além disso, a vacinação não é apenas uma proteção individual, mas uma questão de saúde pública. Quem recebe o imunizante se protege e, ao mesmo tempo, protege as pessoas próximas. Quanto mais vacinas forem aplicadas, independentemente da marca do fabricante, menor o risco de contaminação. Do ponto de vista pessoal, não faz diferença se vacinar com um ou outro imunizante, mesmo que eles tenham eficácias diferentes. O importante é ampliar o mais rapidamente possível a quantidade de pessoas vacinadas para controlar de vez a pandemia.
Por isso, eu gostaria de recomendar para todos que nos ouvem neste momento que não faltem ao chamado da saúde pública quando chegar a sua vez de receber o imunizante. Você estará fazendo um bem a si próprio, à sua família, às pessoas a quem ama e a toda a coletividade. Participar desse grande esforço de vacinação, Sr. Presidente, é um ato de amor a si próprio e ao próximo.
Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.
Muito obrigada.
Vacina para todos!