Pronunciamento de Zenaide Maia em 01/07/2021
Discussão durante a 72ª Sessão Deliberativa Remota, no Senado Federal
Comentário acerca do Projeto de Lei nº 741, de 2021, que dispõe sobre a violência doméstica contra a mulher. Preocupação com o elevado número de desempregados no País, em especial mulheres. Comentário sobre a inexistência de ações do Governo Federal para a geração de emprego e renda.
- Autor
- Zenaide Maia (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/RN)
- Nome completo: Zenaide Maia Calado Pereira dos Santos
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discussão
- Resumo por assunto
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DIREITOS HUMANOS E MINORIAS:
- Comentário acerca do Projeto de Lei nº 741, de 2021, que dispõe sobre a violência doméstica contra a mulher. Preocupação com o elevado número de desempregados no País, em especial mulheres. Comentário sobre a inexistência de ações do Governo Federal para a geração de emprego e renda.
- Publicação
- Publicação no DSF de 02/07/2021 - Página 26
- Assunto
- Outros > DIREITOS HUMANOS E MINORIAS
- Indexação
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- COMENTARIO, PROJETO DE LEI, LEGISLAÇÃO PENAL, VIOLENCIA DOMESTICA, VIOLENCIA PSICOLOGICA, MULHER, PREOCUPAÇÃO, DESEMPREGO, AUSENCIA, EXISTENCIA, PLANO, GOVERNO FEDERAL, MINISTERIO DA ECONOMIA, CRIAÇÃO, EMPREGO, RENDA.
A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RN. Para discutir.) – Sr. Presidente, colegas Senadoras e Senadores, quero aqui, mais uma vez, dizer da importância da aprovação desse projeto da Deputada Federal Margarete Coelho, relatado por nossa Senadora Rose de Freitas.
E quero dizer o seguinte, Presidente: nós da Bancada Feminina do Senado temos uma preocupação com todos os setores – econômico, tributário, todos –, porque, como somos mais de 50% da população brasileira, a gente sabe que, por qualquer dano que esteja sendo causado à população, as mulheres são quem paga o maior preço.
Eu estava vendo hoje, nós estamos com 14,8 milhões de desempregados no Brasil. Rose, tem ideia de quantos são mulheres? E a grande maioria é quem cuida... A gente sabe que em mais de 60% das famílias hoje são as mulheres que as administram.
Então, por isso que eu queria chamar a atenção aqui da Bancada Feminina como um todo para essa questão da geração de emprego e renda. A gente sabe que precisa dessas leis, de se botar no programa educacional a Lei Maria da Penha para as crianças crescerem tendo conhecimento de que os direitos são iguais. A gente sente essa dificuldade.
Aqui o Senado aprovou salários iguais para atividades iguais e está parado lá na Câmara. Mas, quero dizer o seguinte: nós não estamos vendo um sinal verde do Governo Federal, do Ministro da Economia, na geração de emprego e renda.
Então, ficamos tristes em ver famílias inteiras, Rose e Simone, crianças que amanhecem o dia sem terem o que comer. E a grande maioria dos desempregados desse País são mulheres, mulheres que são quem corre atrás do alimento dos filhos. E o Estado brasileiro não pode se omitir. Isso é uma omissão. Essas trabalhadoras e trabalhadores estão oferecendo o que eles têm de mais nobre, que é a sua força de trabalho. O Estado tem que se mexer!
Eu acho que o Senado tem de assumir esse pioneirismo em lutar pela geração de emprego e renda. O Estado é responsável pelo bem-estar do seu povo, e esse povo não está trabalhando porque é vagabundo, não; eles não estão trabalhando porque o Estado até hoje não fez um gesto neste Governo para a geração de emprego e de renda, gente.
Por favor! São mulheres e filhos e crianças famintas neste Brasil e que têm uma força de trabalho, que deveriam estar trabalhando – não é, Izalci? Eles não estão pedindo privilégios; eles estão pedindo um trabalho para dar uma vida digna à sua família.
Obrigada, Sr. Presidente.