Discussão durante a 15ª Sessão Deliberativa Remota (CN), no Congresso Nacional

Comentário sobre a necessidade de a Comissão Mista de Planos, Orçamento Públicos e Fiscalização (CMO) discutir a dívida pública do País.

Autor
Zenaide Maia (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/RN)
Nome completo: Zenaide Maia Calado Pereira dos Santos
Casa
Congresso Nacional
Tipo
Discussão
Resumo por assunto
ECONOMIA:
  • Comentário sobre a necessidade de a Comissão Mista de Planos, Orçamento Públicos e Fiscalização (CMO) discutir a dívida pública do País.
Publicação
Publicação no DCN de 16/07/2021 - Página 80
Assunto
Outros > ECONOMIA
Indexação
  • COMENTARIO, NECESSIDADE, DEBATE, DIVIDA PUBLICA, COMISSÃO MISTA DE ORÇAMENTO (CMO), ORÇAMENTO.

    A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco/PROS - RN. Para discutir. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, colegas Senadores, hoje, em que se está falando aqui de Orçamento... Eu sempre pensei o seguinte: quando o Congresso Nacional vai ter um olhar diferenciado, quando for falar em Orçamento, para a dívida pública? Prestem atenção, Zenaide não está aqui falando em calote. Toda dívida que se contraiu legitimamente tem que ser paga, mas o preço que este País está pagando... Mais de 50% do Orçamento sempre fica para pagar juros e serviços de uma dívida, que, na verdade, nunca foi auditada.

    A gente sabe que nunca se pensou em chamar os bancos, o setor financeiro e dizer que, neste ano, por exemplo, em que não se pode cortar recurso da saúde, da educação, da assistência social, teriam que respeitar isso. Anos seguidos em que esse setor financeiro fica com mais de 50% do Orçamento deste País. É algo que eu acho que... Minha esperança é que a gente, Presidente, venha um dia a discutir isso aí. Não é passar calote. As maiores dívidas públicas do mundo são a americana e a japonesa, mas isso não impede que os países cresçam, porque tem que chamar os bancos e negociar: "Vamos reduzir o que a gente está dando para vocês todo ano". Os bancos têm mais de 50% do Orçamento da décima economia do mundo, enquanto isso, nós temos mais de 15,8 milhões de brasileiros desempregados, 20 milhões na extrema pobreza.

    Nada! Não estou querendo aqui calote, mas tem que usar a razoabilidade. Vamos reduzir a percentagem que se paga ao sistema financeiro, aos bancos para poder investir em geração de emprego e renda, gente.

    Minha esperança é que um dia essa Comissão Mista de Orçamento se sente e avalie isso. Não pode ser sempre, e, neste momento de muita dor, de muita fome, em que quem não está morrendo pela Covid, por não se comprar a vacina antes, está morrendo de fome; quem agora vai ficar no escuro; quem já não cozinha, porque não tem um botijão de gás por um erro dessa política de transformar o preço de combustível e botijão de gás dolarizado... O trabalhador que ganha em real como é que pode pagar o combustível em dólar e o gás de cozinha?

    Então, é uma sugestão para que a próxima Comissão, quando se reunir, pense em rever essa questão de colocar mais de 50% do Orçamento para o setor financeiro, para os bancos, com lucros exorbitantes, deixando os brasileiros e as brasileiras desempregados.

    Obrigada, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DCN de 16/07/2021 - Página 80