Pronunciamento de Jorge Kajuru em 04/08/2021
Discussão durante a 84ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Considerações sobre a diversidade da cultura brasileira, com destaque para a língua nacional. Comentário sobre a reinauguração do Museu da Língua Portuguesa, e crítica à ausência de representante do Governo Federal no evento.
- Autor
- Jorge Kajuru (PODEMOS - Podemos/GO)
- Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discussão
- Resumo por assunto
-
Cultura,
Governo Federal:
- Considerações sobre a diversidade da cultura brasileira, com destaque para a língua nacional. Comentário sobre a reinauguração do Museu da Língua Portuguesa, e crítica à ausência de representante do Governo Federal no evento.
- Publicação
- Publicação no DSF de 05/08/2021 - Página 55
- Assuntos
- Política Social > Cultura
- Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
- Indexação
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- COMENTARIO, DIVERSIDADE, CULTURA, DESTAQUE, LINGUA PORTUGUESA, INAUGURAÇÃO, MUSEU, CRITICA, AUSENCIA, REPRESENTANTE, GOVERNO FEDERAL.
O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PODEMOS - GO. Para discutir. Por videoconferência.) – O meu pronunciamento de hoje é sobre a cultura brasileira, tão rica em diversidade, que resulta da miscigenação de etnias, crenças, celebrações e valores.
Mais precisamente, quero falar, Presidente Rodrigo Pacheco, senhoras e senhores, da nossa língua, o principal fator de unidade do gigante caldeirão cultural chamado Brasil, quinto maior território e sexta maior população do Planeta.
"Minha Pátria é minha língua", proclamou Caetano Veloso na sua bela composição em homenagem ao nosso melódico português, língua que ganhou, em 2006, o primeiro museu do mundo dedicado a um idioma, situado na Praça da Luz, na cosmopolita São Paulo.
O museu foi reinaugurado no último dia 31 de julho, sábado, de 2021, depois de seis anos fechado por causa de um incêndio. Da solenidade, participaram autoridades locais, é claro, Prefeito, Governador, ex-Presidentes de três países que falam língua portuguesa – essa foi a solenidade –, o Ministro da Cultura de Angola e os Chefes de Estado de Portugal e de Cabo Verde também.
Mas pasmem! Pasme, Brasil: O Governo Federal não enviou nenhum representante.
Tudo bem que o Presidente da República prefira estar com os seus motoqueiros ao invés de ir a um ambiente de cultura, até porque lhe falta cultura, sua cultura é de latrina, mas o Governo do Brasil não poderia ignorar um evento de alcance internacional, realizado em nossa principal cidade, para celebrar o nosso mais importante bem cultural. A que ponto chegou o desprezo pelos brasileiros por parte de quem foi eleito para dirigir o País? O mandatário subiu mais um degrau na escalada de afrontas, cada vez mais reveladoras. Para mim, o atual Chefe de Governo, prefiro não nominar, tem apenas um objetivo: destruir. Quer porque quer acabar com as instituições e com qualquer valor civilizatório, além de tentar provocar nos outros aquilo que sempre dissemina: o ódio.
Difícil dar uma resposta dotada de racionalidade, talvez para se autoproclamar rei ou imperador e, no auge da insânia, tentar queimar tudo enquanto gargalha histericamente. Cabe a todos nós impedir...
Agradeço pelo espaço. E cumpri, Presidente.