Pronunciamento de Paulo Rocha em 10/08/2021
Pela Liderança durante a 87ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Responsabilização do Governo Bolsonaro pelos supostos retrocessos do País.
Registro da atuação do Partido dos Trabalhadores (PT) na construção da democracia no País. Convocação dos partidos democráticos e de setores organizados da sociedade civil em defesa da democracia e da Constituição brasileira.
- Autor
- Paulo Rocha (PT - Partido dos Trabalhadores/PA)
- Nome completo: Paulo Roberto Galvão da Rocha
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Pela Liderança
- Resumo por assunto
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Economia e Desenvolvimento:
- Responsabilização do Governo Bolsonaro pelos supostos retrocessos do País.
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Constituição,
Defesa do Estado e das Instituições Democráticas,
Eleições e Partidos Políticos:
- Registro da atuação do Partido dos Trabalhadores (PT) na construção da democracia no País. Convocação dos partidos democráticos e de setores organizados da sociedade civil em defesa da democracia e da Constituição brasileira.
- Publicação
- Publicação no DSF de 11/08/2021 - Página 18
- Assuntos
- Economia e Desenvolvimento
- Outros > Constituição
- Soberania, Defesa Nacional e Ordem Pública > Defesa do Estado e das Instituições Democráticas
- Outros > Eleições e Partidos Políticos
- Indexação
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- REGISTRO, CRISE, ECONOMIA, INFLAÇÃO, DESEMPREGO, CRITICA, GOVERNO FEDERAL, PRESIDENTE DA REPUBLICA, JAIR BOLSONARO.
- REGISTRO, ATUAÇÃO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), CONSTRUÇÃO, DEMOCRACIA, CONVOCAÇÃO, PARTIDO POLITICO, ORGANIZAÇÃO CIVIL, DEFESA, ESTADO DEMOCRATICO, CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
O SR. PAULO ROCHA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PA. Pela Liderança.) – Sr. Presidente, caros colegas Parlamentares, Senadores de todos os partidos: eu queria chamar a atenção, na verdade, da sociedade brasileira.
Todo mundo está percebendo o processo que nós estamos vivendo no nosso País, de um retrocesso. Um retrocesso na economia, um retrocesso nas dificuldades que enfrenta o País, um retrocesso na questão social, um retrocesso nas questões econômicas... Vide aí os resultados. Vide aí os resultados: o preço do gás, o preço da gasolina, o desemprego, as políticas que estão sendo implementadas ou não estão sendo implementadas.
A responsabilidade é do Governo que foi eleito, porque, na verdade, ao longo do tempo, se transformou num desgoverno.
Qual é a responsabilidade que tem o Presidente Bolsonaro com o País? Ao longo do tempo, ele vem demonstrando isso. É a visão negacionista, como ele fez, desde a questão da ciência, no combate à covid, no combate à pandemia... E vai negando o papel das instituições. Nega o papel do Supremo Tribunal Federal e, agora, está negando o papel do Congresso Nacional. E usa, lógico, a força do Governo para entrar numa política de confronto com os Poderes do nosso País.
(Soa a campainha.)
O SR. PAULO ROCHA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PA) – Presidente, eu faço parte de uma geração – e estou falando pelo meu partido, pela Liderança da minha bancada... Nós participamos de um processo.
Ainda há pouco eu vi o Líder do MDB, um partido muito importante na construção da democracia do nosso País, como vários partidos aqui, inclusive, o partido de V. Exa., Sr. Presidente. Fomos nós que conquistamos e construímos a democracia do nosso País. O PT faz parte desse processo, porque nós entramos com a nossa base, com a força da mobilização social, com a força da mobilização dos setores organizados da sociedade, porque nos cabia fazer isso. Foi aí que nós conquistamos o direito de o País eleger seus governantes, com uma briga pelas eleições diretas. Foi aí que nós, na mobilização pela Constituinte, construímos uma Constituição que tem todos esses parâmetros de uma sociedade democrática, em que estão lá, nos principais conceitos da Constituição, o Estado de direito, o Estado democrático, o Estado social, a possibilidade de construir uma sociedade, com toda essa riqueza que há no nosso País... Tem as condições de criar um Estado democrático, que possa dar oportunidade para todos, dar condições de se viver com dignidade e com felicidade.
Este Governo que está aí está fazendo o contrário, está fazendo o contrário. E mais: ele avança num processo de se aproveitar das instituições democráticas para implementar o seu projeto.
Quem não conhece o Bolsonaro? Quem não conhece a sua visão? Eu, por exemplo, convivi com ele 20 anos como Deputado Federal. Aliás, o meu gabinete era vizinho ao dele. Ele só pregava isto: golpe militar, o ódio, a política de enfrentamento antidemocrático, preconceituoso... Só quem votou nele não sabia disso.
Por isso, eu quero responsabilizar aqui e dizer que nós temos que agir, todos os partidos democráticos, inclusive estes que há aqui, a maioria no Senado: PT, MDB, Podemos, PSD, PSDB, PSB, todos os partidos, mas, principalmente, aqueles que têm maioria aqui no Congresso Nacional. Nós temos que enfrentar essa atitude autoritária que Bolsonaro está tendo em nosso País.
E quero chamar a atenção dos setores organizados da sociedade, desde as centrais sindicais, desde as federações patronais, desde os grandes grupos de comunicação... Nós somos responsáveis pela democracia do nosso País. E, se a gente não se juntar para enfrentar essa escalada autoritária, provocativa, que coloca inclusive em cheque o papel das Forças Armadas...
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - MG) – Para concluir, Líder.
O SR. PAULO ROCHA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PA) – Para concluir, Presidente, mas é fundamental a gente agir.
E, Presidente, a minha última palavra é que nós temos que nos unir em torno da sua Presidência deste Senado...
(Soa a campainha.)
O SR. PAULO ROCHA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PA) – ... que tem um papel fundamental, não só na conformidade entre os Poderes, mas nós, como representantes da Federação – dos Estados e Municípios – e, para não dizer que temos representação também do povo brasileiro, nós estamos solidários a V. Exa., para que tome a posição firme na defesa da democracia da nossa Constituição e contra essa escalada de provocação do autoritarismo do nosso País.